Opiliofauna (Arachnida, Opiliones) de Floresta Decidual, Parque Estadual da Mata Seca, Minas Gerais, Brasil

Luis Gustavo Talarico Rubim1, Thiago Henrique dos Reis Pádua1*,

Maria Julia da Costa1, Gabriel de Castro Jacques2 e Marcos Magalhães de Souza1

Recebido em 20/03/2023 – Aceito em 16/09/2023

1 Instituto Federal do Sul de Minas: Inconfidentes, Minas Gerais, Brasil. <gustavorubim507@gmail.com, thiagopadua133@gmail.com, mariia.riccii@gmail.com, marcos.souza@ifsuldeminas.edu.br>.

* Contato principal.

2 Instituto Federal de Minas: Bambuí, Minas Gerais, Brasil. <gabriel.jacques@ifmg.edu.br>.

RESUMO A floresta estacional decidual, também conhecida por Mata Seca no Brasil, é uma formação florestal Neotropical de distribuição disjunta, prioritária para conservação em função de sua redução por atividades humanas, o que torna emergencial estudos para conhecer sua biodiversidade. Entretanto, não existem registros de espécies de opiliões nessa formação florestal. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo inventariar a fauna de opiliões no Parque Estadual da Mata Seca, norte do estado de Minas Gerais, uma das mais importantes áreas de Mata Seca do Brasil. Foram realizadas coletas entre fevereiro e novembro de 2021, com 20 dias de campo, totalizando 60 horas de esforço amostral por pesquisador. Foram registradas três espécies de opiliões de duas famílias, Gryne coccinelloides (Mello-Leitão, 1935), Cosmetidae, representando 89,49% dos espécimes coletados, Metavononoides guttulosus (Mello-Leitão, 1935), Cosmetidae, e Parapachyloides uncinatus (Sørensen, 1879), Gonyleptidae. Este é o primeiro registro da diversidade de opiliões para a Mata Seca no Brasil, sendo que duas espécies não ocorrem em outras unidades de conservação no estado de Minas Gerais, o que reforça a importância dessa área para proteção da biota local.

Palavras-chave: Biodiversidade; Caatinga; unidade de conservação.

Opiliofauna (Arachnida, Opiliones) from Deciduous Forest, Mata Seca State Park, Minas Gerais State, Brazil

ABSTRACT – The deciduous forest, also known as Mata Seca in Brazil, is a Neotropical forest formation with disjunct distribution, a priority for conservation due to its reduction due to human activities, which makes studies emerging to understand its biodiversity. However, there are no records of harvestman species in this forest formation. Therefore, the present study aimed to inventory the harvestman fauna in the Mata Seca State Park, in the north of the state of Minas Gerais one of the most important areas of the Mata Seca in Brazil. Collections were carried out between February and November 2021, with 20 days in the field, totaling 60 hours of sampling effort per researcher. Three species of harvestmen from two families were recorded, Gryne coccinelloides (Mello-Leitão, 1935), Cosmetidae, representing 89.49% of the specimens found, Metavononoides guttulosus (Mello-Leitão, 1935), Cosmetidae, and Parapachyloides uncinatus (Sørensen, 1879), Gonyleptidae. This is the first record of harvestman diversity for the Mata Seca in Brazil, with two species not occurring in other conservation units in the state of Minas Gerais, which reinforces the importance of this area for protecting the local biota.

Keywords: Biodiversity; Caatinga; conservation unit.

Opiliofauna (Arachnida, Opiliones) del Bosque Caducifolio, Parque Estatal Mata Seca, Estado de Minas Gerais, Brasil

RESUMEN – El bosque caducifolio, también conocido como Mata Seca en Brasil, es una formación forestal neotropical con distribución disjunta, prioritaria para la conservación debido a su reducción debido a las actividades humanas, lo que hace que surjan estudios para comprender su biodiversidad. Sin embargo, no existen registros de especies recolectoras en esta formación forestal. Por lo tanto, el presente estudio tuvo como objetivo inventariar la fauna recolectora en el Parque Estadual da Mata Seca, en el norte del estado de Minas Gerais, una de las áreas más importantes de Mata Seca en Brasil. Las colectas se realizaron entre febrero y noviembre de 2021, con 20 días en campo, totalizando 60 horas de esfuerzo de muestreo por investigador. Se registraron tres especies de recolectores de dos familias, Gryne coccinelloides (Mello-Leitão, 1935), Cosmetidae, que representan el 89,49% de los ejemplares encontrados, Metavononoides guttulosus (Mello-Leitão, 1935), Cosmetidae y Parapachyloides uncinatus (Sørensen, 1879), Gonyleptidae. Este es el primer registro de diversidad de recolectores de Mata Seca en Brasil, con dos especies que no se encuentran en otras unidades de conservación en el estado de Minas Gerais, lo que refuerza la importancia de esta área para proteger la biota local.

Palabras clave: Biodiversidad; Caatinga; unidad de conservación.

Introdução

A floresta decidual é uma formação florestal Neotropical de distribuição disjunta (Werneck et al., 2011), encontrada na América do Sul, que se estende até o México e Caribe (Linares-Palomino et al., 2011). No Brasil, são encontradas no Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Piauí, Bahia e Goiás (Salis et al., 2004; Hack et al., 2005; Tabarelli et al., 2006; Siqueira et al., 2009; Brito Neto et al., 2018; Guimarães et al., 2019). No norte do estado de Minas Gerais é conhecida como Mata Seca, considerada uma fitofisionomia da Caatinga (Prado, 2005). Nessas áreas ocorrem longos períodos de estiagem, de cinco a oito meses, com precipitação sazonal inferior a 1600 mm (Mooney et al., 1995), vegetação rica, e predomínio de espécies arbóreas caducifólias (Pennington et al., 2006), com dispersão altamente limitada (Santos et al., 2012).

Inventários de biodiversidade nesse ecos-sistema são emergenciais, pois as taxas de desmatamento, principalmente pela atividade da pecuária, colocam em risco iminente a biodiversidade dessa formação florestal no Brasil, como as manchas que ocorrem no norte do estado de Minas Gerais (Rocha et al., 2020). A redução da Mata Seca também se verifica em toda a faixa neotropical, por isso é considerada área prioritária para conservação (Miles et al., 2006).

Há poucas informações sobre muitos táxons na Mata Seca brasileira, como os opiliões, da classe Arachnida, com cerca de 6.676 espécies (Kury, 2023). Destas, 1.005 ocorrem no Brasil (Kury, 2023), sendo a Mata Atlântica o bioma que abriga a maior diversidade do grupo no mundo (Pinto-da-Rocha, 1999). Assim, estudos de inventário realizados nessas regiões registram uma riqueza de até 64 espécies por localidade (Bragagnolo e Pinto-Da-Rocha, 2003), o que difere de outros biomas, com menor pluviosidade, como a Caatinga e o Cerrado, que são comumente registradas menos de 10 espécies por inventário (Pinto-Da-Rocha et al., 2005; Ferreira et al., 2020).

No estado de Minas Gerais, há inventários em diferentes fitofisionomias (Ferreira et al., 2019; Costa et al., 2020; Ferreira et al., 2020; Pádua et al., 2022; Lima et al., 2022), mas não há informações para área de Mata Seca, mesmo em unidades de conservação (UCs), como o Parque Estadual da Mata Seca, considerado um dos mais importantes para proteção dessa formação florestal (Belém e Carvalho, 2013). Nessa perspectiva, o objetivo do estudo foi inventariar a fauna de opiliões no Parque Estadual da Mata Seca, MG.

Material e Métodos

O presente trabalho foi desenvolvido em 2021 no Parque Estadual da Mata Seca (PEMS), norte de Minas Gerais, Brasil (14°52’00’S 43°59’57’W) com área de 15.360,07 ha, pertencente ao bioma Caatinga (Prado, 2005).

Foram realizadas quatro campanhas de campo, em fevereiro (coleta de verão), maio (outono), agosto (inverno) e novembro (primavera) as coletas foram realizadas em diferentes áreas do parque (Figura 1) como afloramentos rochosos (Figura 1A e1B), estradas (Figura 1C), cavernas e nas margens das lagoas (Figura 1D), procurando ativamente na serapilheira, em cavidades de troncos, rochas e árvores caídas em decompo-sição. A coleta manual foi a técnica utilizada para coleta, pois é considerada a mais eficiente para opiliões (Resende et al. 2012), o esforço amostral foi realizado por quatro pesquisadores, das 18h às 21h, horário de maior atividade desses artrópodes (Resende et al., 2012), totalizando 60h de esforço amostral por pesquisador. Os espécimes foram coletados e armazenados em álcool 70%, posteriormente encaminhados para identificação ao taxonomista Dr. Ricardo Pinto da Rocha (Universidade de São Paulo – USP), onde também foram depositados e incorporados à coleção. Para tanto, foi obtida a licença Sisbio n. 76140-1 e IEF-MG 038/2020.

Resultados

Foram coletados 98 Opiliones adultos, distribuídos em três espécies e duas famílias (Tabela 1), sendo Gryne coccinelloides (Mello-Leitão 1935) (Figura 4) a mais abundante, representando 89,49% dos espécimes coletados.

Em comparação aos estudos realizados em outras UCs do estado de Minas Gerais, como Parque Nacional Sempre Vivas (PARNA Sempre Vivas), Área de Proteção Ambiental (APA) da Bacia do Rio Machado e Parque Estadual do Papagaio (PESP), o Parque Estadual da Mata Seca (PEMS) abriga duas espécies exclusivas que não ocorrem em outras UCs em Minas Gerais: G. coccinelloides (Figura 2) e P.uncinatus.

Discussão

A baixa riqueza registrada no PEMS era esperada, pois sabe-se que áreas de Caatinga e Cerrado, comumente, são registradas menos de 10 espécies por localidade (Pinto-da-Rocha et al., 2005; Ferreira et al., 2020), como observado no PARNA Sempre Vivas, bioma Cerrado, onde foram listadas sete espécies (Ferreira et al., 2020). Essa condição é distinta do que se observa em UCs inseridas no Bioma Mata Atlântica, como o PESP, com 17 espécies (Ferreira et al., 2019), e a APA da Bacia do Rio Machado, 11 espécies.

A fitofisionomia do PEMS, Floresta Decidual de domínio da Caatinga, se caracteriza pelo predomínio de espécies caducifólias (Ivanauskas e Rodrigues, 2000), que, durante o período de seca, sofre com a redução da cobertura foliar arbórea e aumento da abertura do dossel (Nascimento, 2007). Consequentemente, eleva-se a incidência de raios solares no solo, alterando o microclima local (Gotardo et al., 2019), acarretando na diminuição da umidade (Siqueira et al., 2009), afetando negativamente a riqueza dos opiliões (Resende et al., 2012). Isso se justifica uma vez que esses artrópodes são propensos à desidra-tação corporal e apresentam baixa tolerância a variação de temperatura e umidade (Curtis e Machado, 2007; Resende et al., 2012), razão pela qual são mais comumente encontrados em habitat florestais úmidos e mais preservados na Mata Atlântica (Bragagnolo et al., 2007; Andrade et al., 2022).

A abundância e frequência de G. coccinelloides em floresta decídua ao longo de todo o ano podem indicar uma adaptação fisiológica a esse ambiente, visto que espécies do mesmo gênero já foram registradas em biomas com condições similares de estresse hídrico como Caatinga e Cerrado (Pinto-da-Rocha e Carvalho, 2009; Ferreira et al., 2010; De Souza et al., 2017), mas são necessários mais estudos para avaliar essa hipótese. Existem poucas informações na literatura sobre a distribuição geográfica da espécie G. coccinelloides, que possui registros de ocorrência nos estados de São Paulo, associada às áreas sinantrópicas do bioma Mata Atlântica (Fernandes e Willemart, 2014), Goiás (Mello-Leitão, 1937) e Minas Gerais (Mello-Leitão, 1935), sem ocorrência, até então, na Caatinga (De Souza et al., 2017).

A presença de P. uncinatus e M. guttulosus, na área de estudo pode ser reflexo de sua capacidade de explorar ecossistemas distintos e ampla distribuição geográfica, pois a espécie P. uncinatus tem registros de ocorrência nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, (Kury, 2003) Minas Gerais, (Ázara e Ferreira, 2018) Ceará, (Azevedo et al., 2016) e Paraná (Gomes et al., 2021), em Mata Atlântica e Caatinga (De Souza et al., 2017; Gomes et al., 2021). Já a espécie M. guttulosus tem registros no estado de Goiás (Mello-Leitão, 1935) e em áreas de Cerrado (Kury e Medrano, 2018; Ferreira et al., 2020) de Minas Gerais.

Conclusão

O presente estudo constitui o primeiro registro de opiliões em Floresta Decidual (Mata Seca) no Brasil. O PEMS abriga Gryne coccinelloides e Parapachyloides uncinatus, que não ocorrem em outras UCs do estado de Minas Gerais, o que reforça a importância dessa UC para proteção da biota.

Agradecimentos

Ao Dr. Ricardo Pinto da Rocha (Universi-dade de São Paulo), pelas identificações dos opiliões. Ao IFMG, Campus Bambuí e ao IFSULDEMINAS, Campus Inconfidentes, pela logística. Ao Gerente José Luiz e aos monitores do Parque Estadual da Mata Seca/MG, pelo suporte em campo. Aos estagiários integrantes da equipe de campo que auxiliaram nas coletas de dados; ao Taiguara Pereira de Gouvêa, pela elaboração dos mapas. Ao ICMBio e IEF-MG, pela concessão das licenças de coleta.

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Figura 1 – Áreas do Parque Estadual da Mata Seca amostradas para coleta de opiliões; A e B: afloramentos rochosos, C: estradas; D: margens das lagoas. Fonte: Os autores.

Tabela 1 – Família, espécies, abundância e riqueza de Opiliones (Aracnhida) coletadas durante as quatro estações do ano no Parque Estadual da Mata Seca, Minas Gerais.

Família

Espécies

Verão

Outono

Inverno

Primavera

Total

Cosmetidae

Gryne coccinelloides (Mello-Leitão, 1935)

21

32

19

16

88

Cosmetidae

Metavononoides guttulosus (Mello-Leitão, 1935)

00

00

06

00

06

Gonyleptidae

Parapachyloides uncinatus (Sørensen, 1879).

02

00

02

00

04

Abundância

23

32

27

16

98

Riqueza

02

01

03

01

03

Figura 2 – Espécie de opilião Gryne coccinelloides (Mello-Leitão, 1935) registrada no Parque Estadual da Mata Seca, município de Manga, Minas Gerais. Fonte: Os autores.

Biodiversidade Brasileira – BioBrasil.

Fluxo Contínuo e Seção Temática:

Planos de Ação Nacional para Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção

n.4, 2023

http://www.icmbio.gov.br/revistaeletronica/index.php/BioBR

Biodiversidade Brasileira é uma publicação eletrônica científica do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) que tem como objetivo fomentar a discussão e a disseminação de experiências em conservação e manejo, com foco em unidades de conservação e espécies ameaçadas.

ISSN: 2236-2886