Editorial

Fluxo Contínuo e Seção Temática Planos de Ação Nacional para Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção

Fabricio Escarlate Tavares, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio

Caren Cristina Dalmolin, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio

Carla Natacha Marcolino Polaz, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio

Danilo do Prado Perina, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio

Onildo João Marini Filho, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio

Fernanda Oliveto, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio

Os planos de ação para conservação de espécies ameaçadas (PANs) são ferramentas de gestão, supervisionadas pelo ICMBio, para priorização de medidas para melhoria do estado de conservação das espécies e seus ambientes. Seu propósito é promover a mobilização de esforços e recursos em parceria com diferentes representantes da sociedade e, desta forma, permitir o desenvolvimento socioeconômico do país e ao mesmo tempo promover a manutenção de sua megabiodiversidade.

Os primeiros planos de ação foram elaborados e publicados no início dos anos ٢٠٠٠, pelo IBAMA e antes da criação do ICMBio, tendo como base o modelo instituído pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN). Desde então, a ferramenta passou por diversos ajustes, aprimoramentos, revisões, avaliações, críticas, visando não apenas melhorar a proposição das estratégias de conservação, como também, a capacidade de execução das ações e, consequentemente, seu impacto sobre as espécies e seus ambientes.

O processo de aprimoramento da ferramenta é constante e, a cada novo PAN, inovações são incorporadas. Este volume da Revista Biodiversidade Brasileira tem como propósito demonstrar a maturidade alcançada ao longo de mais de duas décadas de implementação de Planos de Ação, bem como compartilhar com a sociedade os avanços e resultados obtidos por diferentes PANs.

Os artigos aqui publicados, assim como os próprios PANs, trazem em si a principal premissa que sustenta a ferramenta: a participação com ampla representatividade social. O reconhecimento e a legitimidade da ferramenta só foram possíveis dado a extensa rede de parceiros dos PANs. Contribuem como autores e coautores pesquisadores dos Centros Nacionais de Pesquisa e Conservação do ICMBio e da academia, pesquisadores e servidores de diferentes unidades e setores do ICMBio e outros colaboradores como ONGs, que ativamente participam e apoiam as ações dos PANs. São apresentados resultados e reflexões oriundas da execução de ações em diferentes PANs, além de estudos referentes à metodologia e elaboração, gestão e implementação dos objetivos dos PANs.

Como perspectiva da ferramenta PAN para o futuro, esperamos que as experiências e os “modos de fazer” relatados nos artigos inspirem não só a implementação dos Planos hoje vigentes, mas também dos PANs vindouros, uma vez que o número de espécies ameaçadas de extinção continua aumentando. Por outro lado, há resultados promissores trazidos pelos PANs no sentido de reverter as principais ameaças e de ampliar a consciência e a participação social acerca dos problemas que acometem a nossa sociobiodiversidade. Sem que nos aproximemos cada vez mais da sociedade, há pouca esperança de que as medidas propostas nos PANs sejam efetivas.

Agradecemos a todo o corpo editorial da revista e a todos os revisores anônimos que, voluntariamente, contribuíram com críticas e sugestões. Agradecemos em especial à editora assistente da BioBrasil, a querida Fernanda Oliveto, que deu pleno suporte à equipe editorial. Sem seu apoio esta publicação não teria acontecido.

Os Editores