https://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/issue/feed Biodiversidade Brasileira 2024-05-15T00:00:00-03:00 Revista Biodiversidade Brasileira biodiversidade.brasileira@icmbio.gov.br Open Journal Systems <p><strong>Biodiversidade Brasileira </strong>é uma publicação eletrônica científica do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) que tem como objetivo fomentar a discussão e a disseminação de experiências em conservação e manejo, com foco em unidades de conservação e espécies ameaçadas. Trata de questões contemporâneas complexas, relacionadas a um amplo espectro de situações e contextos, cuja compreensão requer o envolvimento de diversas áreas do conhecimento. ISSN 2236-2886. Qualis B4 <a href="https://www.gov.br/icmbio/pt-br/assuntos/pesquisa/copy_of_Normasparacitacaoereferencias.pdf" target="_blank" rel="noopener"><strong>ATENÇÃO: a partir de 2024 os manuscritos deverão seguir rigorosamente a norma de Vancouver para citações e referências. Consulte aqui.</strong></a></p> <p><strong>INFORME: </strong><strong>DEVIDO À MOBILIZAÇÃO DOS SERVIDORES DA CARREIRA ESPECIALIZADA EM MEIO AMBIENTE, A REVISTA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA SUSPENDEU O RECEBIMENTO DE NOVAS SUBMISSÕES POR TEMPO INDETERMINADO. </strong></p> https://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/2311 Aspectos ecológicos de Geoffroea spinosa Jacq.: uma espécie neotropical 2024-05-06T09:53:59-03:00 Kyvia Pontes Teixeira das Chagas kyviapontes@gmail.com Ageu da Silva Monteiro Freire ageufreire@hotmail.com Fernanda Moura Fonseca Lucas fernanda-fonseca@hotmail.com Gean Carlos da Silva Santos ageufreire@hotmail.com Anna Luiza Araújo Medeiros annarauujo@hotmail.com José Augusto da Silva Santana augusto@ufrnet.br Fábio de Almeida Vieira vieirafa@gmail.com <p>Geoffroea spinosa é uma espécie amplamente distribuída em florestas tropicais sazonalmente secas (FTSS), com elevado potencial alimentício e medicinal, mas há poucos estudos voltados para o manejo e conservação da espécie. Desse modo, o estudo teve como objetivo compreender aspectos ecológicos da espécie que determinam a dinâmica populacional e foi desenvolvido em uma população natural inserida num fragmento de FTSS. Foram realizadas a biometria das sementes e a análise da emergência de plântulas em cinco tratamentos de superação da dormência tegumentar, bem como testado o efeito alelopático em quatro concentrações de extrato das folhas da espécie. Além disso, foram amostrados indivíduos para o estudo alométrico e testes de hipóteses do padrão de distribuição espacial. Os frutos apresentam formato elíptico, com mais de 60% do peso dos frutos referente a polpa. A emergência das plântulas evidenciou que as sementes não apresentaram dormência e o teste de alelopatia indicou influência negativa das folhas na germinação das sementes. As amostras obtidas na alometria apresentaram boa precisão, permitindo a observação de relações morfométricas da árvore. Ao todo, foram identificados 157 indivíduos na população, com altura média de 4,20 m e DAP médio de 17,30 cm. O padrão espacial obtido indica níveis de agregação até o raio de 25 m, seguido pelo padrão aleatório até a distância de 45 m e, a partir da classe de 90 m, o padrão é segregado. Os resultados sobre o comportamento ecológico da espécie possibilitam tomadas de decisão da coleta de sementes no gradiente espacial, colaborando para o manejo e a conservação.</p> 2024-07-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Os autores mantêm os direitos autorais de seus artigos sem restrições, concedendo ao editor direitos de publicação não exclusivos. https://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/2379 Prevalência da Coccidiose em Molossus molossus (Pallas, 1766) (Chiroptera; Molossidae) no estado de São Paulo 2024-04-08T11:26:40-03:00 Ana Carolina Souza Pallante pallantecarolina@gmail.com Adriana Ruckert da Rosa arosa@prefeitura.sp.gov.br Irineu Norberto Cunha irineu.cunha81@gmail.com Gabriel Henrique Araújo Zacaria gabriel_zacaria@hotmail.com Debora Cardoso de Oliveira dcoliveira@prefeitura.sp.gov.br Shirley Seixas Pereira da Silva batshirley@gmail.com <p>Os quirópteros são animais de suma importância para o meio ambiente, porém possuem uma convivência sinantrópica relevante para a saúde pública. Devido a sua grande adaptabilidade ao meio urbano, certas patologias podem ser desencadeadas em larga escala em consequência desse convívio. Foram enviados ao laboratório de diagnóstico de raiva da Divisão de Vigilância de Zoonoses de São Paulo (DVZ/SP) todos os morcegos recebidos de outros municípios, bem como os coletados pelo setor de quirópteros da DVZ, no período de 22 de setembro de 2021 a três de fevereiro de 2022, com suas respectivas fichas individuais. Após a identificação de granulações incomuns nas estruturas e vísceras de <em>Molossus molossus</em>, iniciou-se um estudo para a analisar o enteroparasita causador da patologia encontrada, o processo de contaminação e como ele impacta a saúde desses animais. O estudo baseou-se em metodologia ativa de pesquisas utilizando base de dados nacionais e internacionais, além da análise macro e microscópica das estruturas afetadas. Identificou-se o parasita como <em>Eimeria</em> sp. em 87 morcegos examinados. Devido ao hábito alimentar insetívoro de <em>Molossus molossus</em>, esta espécie tem alto índice de parasitagem. É possível que a forma de transmissão seja através da ingestão de oocistos esporulados presentes em insetos. O ciclo do parasita se desenvolve dentro do hospedeiro, acometendo principalmente a região gastrointestinal. Após a análise dos animais, verificou-se que a região gastrointestinal apresentou cerca de 97 a 98% de contaminação. Os resultados obtidos através deste trabalho demonstram a necessidade de estudos a longo prazo para determinar a espécie de<em> Eimeria</em> que mais acomete os morcegos hospedeiros e como os parasitas impactam a saúde deles.</p> 2024-07-15T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Os autores mantêm os direitos autorais de seus artigos sem restrições, concedendo ao editor direitos de publicação não exclusivos. https://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/2437 Levantamento das áreas de ocorrência de peixe-boi-marinho (Trichechus manatus manatus) no interior da Reserva Extrativista Marinha de Cururupu/MA e região de entorno 2024-01-31T11:14:14-03:00 Paloma Pinheiro Reis palomapinheiropaloma@hotmail.com Fernanda Loffer Niemeyer Attademo attademo.fln@gmail.com Salvatore Siciliano gemmlagos@gmail.com Filipe de Oliveira Chaves filipe.chaves@uerj.br Natália Costa Silva natalia.silva@icmbio.gov.br Fábia de Oliveira Luna fabia.luna@icmbio.gov.br Louiziane Gabriele Souza Soeiro gabrielle.soeiro@icmbio.gov.br Keila Rego Mendes keilastm@hotmail.com Laura Moreira de Andrade-Reis laura.reis@icmbio.gov.br <p>No Brasil existem duas espécies de sirênios pertencentes <span lang="ar-SA">à</span> família Trichechidae: o peixe-boi-marinho-das-Antilhas (<em><span class="CharOverride-1">Trichechus manatus manatus</span></em>) e o peixe-boi-amazônico <em>(<span class="CharOverride-1">Trichechus inunguis</span></em>). Ambas estão ameaçadas de extinção, classificadas como “Em perigo” (EN), no caso do peixe-boi-marinho, e “Vulnerável” (VU), para a espécie amazônica. O peixe-boi-marinho foi extinto nos estados do Espírito Santo, Bahia e Sergipe e, portanto, sua distribuição atual se estende ao longo do Nordeste, no estado de Alagoas, até a região Norte, no estado do Amapá. No Maranhão, há registros frequentes da presença desse mamífero nas Reentrâncias Maranhenses, e dessa forma a região é considerada um importante refúgio para a espécie. Visando confirmar esse pressuposto, o objetivo desta pesquisa foi realizar o levantamento das áreas de registros de peixes-boi-marinhos no interior da Reserva Extrativista (RESEX) Cururupu e região de entorno e os atributos ecológicos que permitem a presença da espécie. No presente estudo, foram verificados três registros de encalhes de peixe-boi marinho no interior da RESEX Cururupu e realizadas 100 entrevistas em 5 comunidades do entorno. Identificou-se que a ocorrência do peixe-boi está associada a toda extensão do rio Uru, sendo que apenas o curso baixo do rio está localizado no interior da unidade de conservação. Análises bacteriológicas e físico-químicas indicaram parâmetros dentro da normalidade e propícios ao bom desenvolvimento da espécie. Foi realizado o etnomapeamento com caracterização ambiental da área de influência do rio Uru, indicando os principais pontos de avistagem do animal, como presença de bancos de macrófitas aquáticas, locais de ocorrência de água doce e o possível percurso utilizado pelo peixe-boi-marinho.</p> 2024-07-18T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Os autores mantêm os direitos autorais de seus artigos sem restrições, concedendo ao editor direitos de publicação não exclusivos. https://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/2424 Participação social no contexto do Conselho Gestor do Parque Nacional da Serra da Bocaina (RJ/SP) pela perspectiva local 2024-04-26T11:21:51-03:00 Thaiane Oliveira Arruda oliverthai@hotmail.com Marta de Azevedo Irving martairving@mls.com Edilaine Albertino de Moraes edilaine.moraes@ufjf.br <p>Desde a Constituição Federal de 1988, o discurso sobre participação social vem sendo incorporado, gradativamente, nas narrativas oficiais da gestão pública e, com esse direcionamento, espaços formais vêm sendo estabelecidos, como é o caso dos conselhos de unidades de conservação. Tendo como foco os parques nacionais, o artigo objetiva analisar, preliminarmente, como se efetiva o processo participativo na gestão do Parque Nacional da Serra da Bocaina e qual o significado atribuído à participação no âmbito do conselho consultivo dessa área protegida. A pesquisa teve enfoque qualitativo, envolvendo: pesquisa bibliográfica e documental, complementada por observação direta nas reuniões do conselho e pela realização de uma oficina com os atores locais. Os resultados da pesquisa indicam que os canais de comunicação são os principais meios facilitadores de participação na gestão. No entanto, ainda é necessário o aprimoramento desses canais para que seja possível um diálogo efetivo e sistemático entre a gestão do parque e os atores envolvidos e para que se possa avançar no sentido de um processo qualificado de participação social. Ademais, a principal estratégia identificada para estimular o processo participativo foi a apresentação de exemplos tangíveis de iniciativas da gestão do parque com a inclusão das populações locais no processo de tomada de decisão, visando à cogestão com as populações locais e também por meio de parcerias entre o poder público e a sociedade civil. Isso porque, no âmbito do conselho consultivo, participação significa, sobretudo, estar presente e ser paciente para dialogar e contribuir com propostas no processo de gestão.</p> 2024-06-26T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Os autores mantêm os direitos autorais de seus artigos sem restrições, concedendo ao editor direitos de publicação não exclusivos. https://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/2446 Uma visão comparativa de unidades de conservação de proteção integral no estado de Minas Gerais, Brasil: conflitos locais e alternativas econômicas 2023-10-25T10:47:24-03:00 Amanda da Silva Ferreira amanda.ferreira@ifsuldeminas.edu.br Alisson Diego Batista Moraes alissondiegobatista@yahoo.com.br Taiguara Pereira Gouvêa taiguaragouvea.bio@gmail.com Kaleem Saleem klmsaleem@gmail.com Marcos Magalhães de Souza marcos.souza@ifsuldeminas.edu.br <p>As unidades de conservação brasileiras, inseridas no contexto do Sistema Nacional de Unidades de Conservação, compreendem uma política pública que busca efetivar a proteção da biodiversidade e dos recursos naturais. A despeito dessa importância, muito se tem discutido sobre a implantação de unidades de conservação e conflitos com comunidades locais. Nessa perspectiva, apresentamos uma reflexão sobre pressões socioambientais sofridas por algumas unidades de conservação de proteção integral no estado de Minas Gerais (Parque Nacional das Sempre-Vivas e pelos Parques Estaduais de Ibitipoca, Mata Seca e Serra do Papagaio), bem como sobre alguns conflitos gerados pela criação e implementação dessas unidades de conservação e possíveis alternativas econômicas com potencial de conciliar a conservação da biota com a geração de renda. Realizamos este estudo de janeiro de 2021 a março de 2023, a partir de relatos de experiências dos autores, registros de campo para a produção da publicação “Parques de Minas, Olhares Gerais” e revisão de literatura.<br />Constatamos que comunidades locais, comumente, pressionam essas unidades de conservação, reivindicando o uso das terras para fins econômicos, uma vez que a criação dos parques restringiria, em tese, seu acesso a recursos naturais, que<br />antes eram importantes fontes de renda. Consideramos imprescindível que esses conflitos recebam mais atenção, para redução das tensões existentes entre as áreas protegidas e as comunidades locais. Modelos de conservação exitosos indicam o ecoturismo aliado à preservação como uma importante alternativa, capaz de beneficiar o conjunto da comunidade ao invés de grupos econômicos específicos.</p> 2024-05-27T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Os autores mantêm os direitos autorais de seus artigos sem restrições, concedendo ao editor direitos de publicação não exclusivos.