COMPOSIÇÃO, RIQUEZA E DIVERSIDADE DE INVERTEBRADOS EM CAVERNAS DE DIANÓPOLIS (TO)

Autores

  • Rodrigo Lopes Ferreira Universidade Federal de Lavras
  • Rafael Costa Cardoso Universidade Federal de São João del Rei
  • Marconi Souza Silva Universidade Federal de Lavras

Palavras-chave:

Comunidades, Conservação, Tocantins, Ecologia

Resumo

O presente estudo buscou avaliar a estrutura das comunidades de invertebrados terrestres em quatro cavernas calcárias no município de Dianópolis, estado do Tocantins. Além da composição da fauna, riqueza, diversidade e similaridade temporal e espacial entre as cavernas, foram qualificados os recursos orgânicos macroscópicos e as alterações de origem antrópica no interior e entorno das cavidades (250m). Em coletas nos períodos de seca e chuva realizadas em junho e novembro de 2012 foram observados 431 espécies de invertebrados pertencentes a pelo menos 97 famílias. Os táxons Hexapoda (281 spp), Arachnida (112 spp) e Myriapoda (23 spp) apresentaram as maiores riquezas, sendo as ordens Coleoptera (70 spp), Araneae (62 spp), Diptera (54 spp), Hymenoptera (49 spp) e Acari (30 spp) as mais ricas. Dentre as espécies de invertebrados encontradas, um Isopoda (Styloniscidae), um Coleoptera (Scydmaeninae), duas espécies de aranhas (Nesticidae e Symphytognathidae – Anapistula sp.), uma espécie de Hymenoptera (Formicidae: Amblyopone sp.) e um Diplopoda (Polydesmida) apresentaram características troglomórficas. A riqueza média observada para as cavernas foi de 53,5±14 espécies, a diversidade média foi de 3,7±0,46 e a equitabilidade média correspondeu a 0,93±0,085. As quatro cavernas apresentaram, tanto entre os períodos amostrais, quanto entre as próprias cavernas, uma alta substituição de espécies. De forma geral, cavernas apresentaram-se em excelente estado de conservação, porém alguns impactos foram observados no ambiente externo, que provavelmente causaram modificações físicas e biológicas na paisagem.

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Publicado

21/12/2016

Edição

Seção

Artigos