Biologia e pesca do camarão sete-barbas (Xiphopenaeus kroyeri, Heller 1862) no Balneário Barra do Sul, SC

Autores

  • Luiz Fernando Rodrigues Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Sudeste e Sul - CEPSUL/ICMBio
  • Harry Boos Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Sudeste e Sul - CEPSUL/ICMBio
  • Joaquim Olinto Branco Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar (CTTMar), Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)

DOI:

https://doi.org/10.37002/revistacepsul.vol4.55746-57

Palavras-chave:

Peneidae, pesca artesanal, crescimento, maturidade sexual, período reprodutivo.

Resumo

A produção desembarcada do camarão sete-barbas no Brasil mostrou uma redução considerável nos últimos anos quando comparada a produção anteriormente descrita. Na avaliação do risco de extinção, a espécie foi categorizada com “Dados Insuficientes - DD”, neste sentido, este trabalho preenche algumas das lacunas no conhecimento do camarão sete-barbas em uma tradicional área de pesca do Estado de Santa Catarina. Foram realizadas, entre fevereiro de 1993 a novembro de 1994, 41 amostragens sendo observados 14.873 indivíduos. As fêmeas predominaram na maioria dos meses, com diferença significativa na proporção de machos e fêmeas.  Nos machos o comprimento do cefalotórax variou entre 6 e 28 mm. Já as fêmeas, independente do estádio de maturação gonadal, apresentaram comprimento do cefalotórax entre 6 e 35 mm. O crescimento do camarão sete-barbas, foi descrito pelas equações para os machos Lc = 26,9(1-e-0,7797t) e para as fêmeas Lc= 37,6(1-e-0,6328t). Já o crescimento em peso foi descrito pelas seguintes expressões: para machos Wt=11,7(1-e-0,7797t)2,7905 e para as fêmeas Wt=25,0(1-e-0,6328t)2,5621. Durante o período do estudo observou-se a ocorrência de fêmeas em todos os estádios gonadais. Os picos de desova ficaram evidenciados no período primavera/verão, enquanto que no outono/inverno observaram-se as maiores concentrações de fêmeas imaturas. O tamanho da primeira maturação das fêmeas foi estimado em 19,5 mm de comprimento do cefalotórax. Foi verificado que a atividade pesqueira está capturando na maior parte do ano fêmeas que não atingiram a maturidade sexual, situação que compromete a sustentabilidade da atividade.

Biografia do Autor

Harry Boos, Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Sudeste e Sul - CEPSUL/ICMBio

Licenciado e Bacharel em Ciências Biológicas, Mestre em Biologia Animal, Analista Ambiental do IBAMA de 2003 até 2007 e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) a partir de 2007. Desde 2005 desenvolve suas atividades junto ao Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Sudeste e Sul (CEPSUL/ICMBio), sendo atualmente responsável pela supervisão das atividades de pesquisa, monitoramento e conservação da biodiversidade marinha. Já participou de diversos cruzeiros de pesquisa e monitoramento da biodiversidade marinha no Sudeste e Sul do Brasil. Já lecionou em cursos de graduação e pós-graduação. É vice-presidente da Sociedade Brasileira de Carcinologia (SBC) da qual é associado desde 1996. http://lattes.cnpq.br/7490257328416039

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Publicado

04/12/2015

Edição

Seção

Artigo