Macroalgas da Baía Babitonga

Autores

  • Kátia Regina Sgrott Sauer Machado UNIVILLE / UNIVALI
  • Thiago Felipe de Souza UNIVILLE

DOI:

https://doi.org/10.37002/revistacepsul.vol11.690eb2022001

Palavras-chave:

algas marinhas bentônicas, riqueza, diversidade

Resumo

As macroalgas podem ocorrer em dois tipos de ambientes distintos na Baía Babitonga: manguezais e costões rochosos. Os estudos já realizados com macroalgas dizem respeito à sua taxonomia, distribuição, biomassa, sucessão ecológica, taxas fotossintéticas e respiratórias e potencial para cultivo. Resultados de estudos realizados mostram que as macroalgas são um componente produtor representativo dentro do manguezal e Bostrychia radicans foi a espécie que apresentou maior produtividade, seguida por B. calliptera. A maior diversidade ocorreu na região euhalina dos manguezais, a qual apresentou 15 espécies. Verificou-se a presença de 36 espécies de algas (três pardas, 14 verdes e 19 vermelhas) associadas ao cultivo de ostras.  Nos costões rochosos foram obtidas medidas de diversidade, similaridade e equitabilidade e realizados estudos de sucessão ecológica. As algas vermelhas sempre apresentaram maior riqueza de espécies, seguidas pelas algas verdes. Os estudos realizados até o momento na Baía Babitonga não acusam a presença de espécies exóticas de macroalgas neste local, mas evidenciam sua grande importância na cadeia trófica marinha.

Biografia do Autor

Kátia Regina Sgrott Sauer Machado, UNIVILLE / UNIVALI

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Catarina (1988), mestrado em Biologia - Dalhousie University (1991) e doutorado em Ecologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2006). Atualmente é professor da Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE) e professor da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI). Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Ecologia Marinha, atuando principalmente nos seguintes temas: bentos, bioincrustação, costões rochosos, macroalgas e sucessão ecológica.

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Publicado

12/08/2022

Edição

Seção

Artigo de revisão