Perfil dos Visitantes na Floresta Nacional do Tapajós, Pará, Brasil

Tainá Santos Figueira1, Quêzia Leandro de Moura Guerreiro2, Maria Jociléia Soares da Silva3,

Jasmine Cardozo Moreira4 e Glauce Vitor da Silva5

Recebido em 07/06/2022 – Aceito em 07/03/2022

1 Universidade Federal do Oeste do Pará/UFOPA. Brasil. <tainafigueiranx@gmail.com>.

2 Universidade Federal do Oeste do Pará/UFOPA, Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas/ICTA. Brasil. <queziamoura@hotmail.com>.

3 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Coordenação de Elaboração e Revisão de Plano de Manejo/Coman. Brasil. <jocileia.silva@icmbio.gov.br>.

4 Universidade Estatual de Ponta Grossa/UEPG. Brasil. <jasminecardozo@gmail.com>.

5 Universidade Federal do Oeste do Pará/UFOPA, Instituto de Formação Interdisciplinar e Intercultural/CFI. Brasil. <glaucevitor@yahoo.com.br>.

RESUMO A Floresta Nacional do Tapajós é uma das unidades de conservação mais visitadas na Região Norte do Brasil e tem como um dos seus objetivos a promoção do turismo de base comunitária. Diante desse contexto, o presente estudo buscou avaliar o perfil dos seus visitantes, além de identificar suas expectativas, experiências, motivações e segmentos turísticos nos quais a visita se enquadra. Para a coleta de dados, foram aplicados 153 questionários de forma presencial entre os meses de dezembro de 2020 a julho de 2021, com os visitantes nas comunidades de São Domingos, Maguari, Jamaraquá e no Sítio Interpretativo do Terra Rica, localidades essas escolhidas por serem as mais visitadas no ano de 2019. O estudo indicou que a maioria dos participantes são mulheres com faixa etária entre 21 e 30 anos, a renda mensal é superior a três salários mínimos; possuem alto nível de escolaridade e são oriundos, na maioria, dos estados do Pará e São Paulo. Os visitantes estão divididos basicamente entre excursionistas e turistas, e indicam que as experiências que tiveram se enquadram nos segmentos “ecoturismo” ou “turismo de natureza”; e avaliaram positivamente a visita na unidade de conservação. Além disso, a pesquisa indicou que é necessário promover a melhoria dos serviços turísticos prestados pelas comunidades para uma melhor experiência do visitante e, com isso, contribuir para o aumento da visitação pública na unidade de conservação.

Palavras-chave: Visitação pública; unidades de conservação; turismo.

Profile of Visitors in the Tapajós National Forest, Pará, Brazil

ABSTRACT – The Tapajós National Forest is one of the most visited conservation units in the North of Brazil and has as one of its objectives the promotion of community-based tourism. Given this context, the present study sought to assess the profile of its visitors, in addition to identifying their expectations, experiences, motivations and tourist segments to which the visit fits. For data collection, 153 questionnaires were applied in person between the months of December 2020 to July 2021, with visitors in the communities of São Domingos, Maguari, Jamaraquá and at the Terra Rica Interpretive Site, locations chosen because they are the most visited in 2019. The study indicated that most of the participants are women aged between 21 and 30 years, the monthly income is higher than three minimum wages, have a high level of education and come from, most, the states of Pará and São Paulo. Visitors are divided basically between excursionists and tourists and indicate that the experiences they had fall into the “ecotourism” or “nature tourism” segments and positively evaluated the visit to the conservation unit. In addition, the research indicated that it is necessary to promote the improvement of tourist services provided by the communities for a better visitor experience and with that, to contribute to the increase of public visitation in the conservation unit.

Keywords: Public visitation; conservation units; tourism.

Perfil de los visitantes en el Bosque Nacional Tapajós, Pará, Brasil

RESUMEN – La Floresta Nacional de Tapajós es una de las unidades de conservación más visitadas del Norte de Brasil y tiene como uno de sus objetivos la promoción del turismo comunitario. Ante este contexto, el presente estudio buscó evaluar el perfil de sus visitantes, además de identificar sus expectativas, experiencias, motivaciones y segmentos turísticos a los que se encuadra la visita. Para la recolección de datos, se aplicaron 153 cuestionarios de manera presencial entre los meses de diciembre de 2020 a julio de 2021, con visitantes en las comunidades de São Domingos, Maguari, Jamaraquá y en el Sitio Interpretativo Terra Rica, lugares elegidos por ser los más visitados en 2019 El estudio indicó que la mayoría de los participantes son mujeres con edades entre 21 y 30 años, la renta mensual es superior a tres salarios mínimos, tienen un alto nivel de educación y provienen, en su mayoría, de los estados de Pará y São Paulo. Los visitantes se dividen básicamente entre excursionistas y turistas e indican que las experiencias vividas se enmarcan en los segmentos de “ecoturismo” o “turismo de naturaleza” y valoran positivamente la visita a la unidad de conservación. Además, la investigación indicó que es necesario promover la mejora de los servicios turísticos que brindan las comunidades para una mejor experiencia del visitante y con ello contribuir al incremento de la visitación pública en la unidad de conservación.

Palabras clave: Visita pública; unidades de conservación; turismo.

Introdução

A Organização Mundial do Turismo (OMT) define o turismo como um conjunto de ações que as pessoas realizam durante viagens ou estadas em localidades distintas de onde residem, por um período inferior a um ano, tendo como objetivo o lazer ou outras motivações que não estejam relacionadas com atividade remunerada (OMT, 2001). Na sociedade contemporânea, o turismo, consolidado como a atividade de lazer que envolve milhões de pessoas, transformou-se em um fenômeno com complexidade social de alcance global que vai além de uma atividade que agrega desenvolvimento socioeconômico. Ele se mostra como um grande desafio para iniciativas de projetos que visam à proteção do meio ambiente, à valorização da cultura local das comunidades receptoras, inclusão social e à distribuição justa dos benefícios econômicos recebidos (Pinheiro & Morais, 2016).

A atividade turística deve difundir e promover informações sobre a localidade visitada (valores naturais, culturais e sociais) e propiciar a integração social. A visita de um turista é capaz de modificar tanto a sua realidade quanto a da comunidade local, o que pode levar a efeitos positivos ou adversos (Hamoy et al., 2016). No Brasil, o Ministério do Turismo (MTur) segue o modelo de gestão integrada e descentralizada do turismo, que foi implementado em meados dos anos 2000 e permanece em uso até os dias atuais. É fundamental para o avanço da atividade em diferentes regiões, estados e municípios e para disseminação de iniciativas que favorecem o crescimento da competitividade no país (MTur, 2021a).

O turismo para fins de planejamento e gestão apresenta segmentações, podendo ser estabelecidas a partir dos elementos de identi-dade da oferta e das características e variáveis da demanda. Com enfoque na demanda, a segmentação é definida por identificar grupos distintos de consumidores separados por suas especificidades em relação a aspectos que norteiam suas decisões, preferências e motivações (MTur, 2017).

O Ministério do Turismo destacou os seguintes segmentos turísticos de oferta: ecoturismo, turismo de aventura, cultural, rural, náutico, de sol e praia, de negócios e eventos, de estudos e intercâmbio, de esporte, de pesca, de saúde entre outros (MTur, 2017). No Brasil, o conjunto de segmentos “natureza, ecoturismo ou aventura” é o segundo com maior demanda turística internacional, ficando atrás somente do de “sol e praia”, segmentos que também podem ser apresentados em algumas áreas protegidas (MTur, 2018).

De acordo com Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), nas unidades de conservação federais (UCs) existem diversos segmentos turísticos, com destaque para o ecoturismo. Em algumas UCs de uso sustentável, o turismo é operacionalizado pelas comunidades tradicionais através do turismo de base comunitária (TBC), que prioriza o protagonismo da comunidade na gestão da visitação, o que traz benefícios coletivos e proporciona uma vivência intercultural, além da qualidade de vida e valorização da história e da cultura dessas comunidades (ICMBio, 2018a).

As UCs são dotadas de instrumentos de gestão voltados para o ordenamento da visitação e a melhoria dos serviços prestados aos diversos usuários, sendo o principal deles os planos de manejo, documento que orienta a administração e define os programas e temas prioritários a serem tratados pelo órgão gestor desses espaços, dentre eles, o uso público (ICMBio, 2018b).

A promoção do turismo em contato com a natureza e com a cultura dos povos e comuni-dades tradicionais é um dos objetivos específicos da Floresta Nacional do Tapajós (FLONA do Tapajós), o que é fundamental para o alcance de sua visão de futuro para torná-la um modelo de uso sustentável na Amazônia (ICMBio, 2019). A UC é uma das áreas mais visitadas na região norte do Brasil, sendo que, entre os anos 2017 e 2018, foram mais de 40 mil visitantes entre turistas, pesquisadores, estudantes e outros usuários; no ano de 2019, foram, aproximadamente, 23 mil visitas apenas de usuários que acessaram a UC para fins recreativo, desportivo, educacional, cultural ou religioso, entre outros (ICMBio 2020a, ICMBio 2020b).

Neste sentido, Niefer (2002) acredita ser imprescindível que se conheçam as características dos visitantes em UCs para auxiliar o planejamento da visitação pública na área e tornar satisfatória a experiência turística. Para que haja o planejamento e o manejo do turismo em áreas protegidas, é fundamental que se conheça o perfil do visitante, além de se investigar sua percepção, motivações, expectativas, atitudes, valores e condutas.

Diante desse contexto, o presente estudo buscou avaliar o perfil do visitante na FLONA do Tapajós, identificando suas expectativas, experiências, motivações e os segmentos turísticos ao qual a visita se enquadra. O estudo poderá contribuir com a implementação do programa de uso público da FLONA do Tapajós e para a melhoria dos serviços turísticos ofertados, bem como para o aumento da visitação pública na UC.

Material e Método

Área de estudo

A pesquisa foi realizada nas comunidades de São Domingos, Maguari e Jamaraquá e no Sítio demonstrativo do Terra Rica, localizados na área de uso e ocupação de comunidades ribeirinhas da FLONA do Tapajós (Fig. 1). As comunidades escolhidas para a realização do estudo foram as que mais receberam visitantes no ano de 2019, conforme apontado no monitoramento da visitação realizado pelo ICMBio (ICMBio, 2020a). O acesso às comunidades e ao Sítio demonstrativo do Terra Rica ocorrem através das bases de controle do ICMBio, localizadas em São Domingos e no km 67 da rodovia BR 163 (ICMBio, 2019).

O Sítio demonstrativo do Terra Rica surgiu em 2014, por meio do acordo entre a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e o Serviço Florestal Americano junto com o governo brasileiro para a conservação da biodiversidade da Amazônia, com o intuito de apoiar a conservação das UCs e da biodiversidade na Amazônia com o foco no turismo sustentável (Lippitt et al., 2020).

Por meio dessa parceria foi instalada a área demonstrativa de uso público na FLONA do Tapajós, onde placas interpretativas foram afixadas nas bases de entrada da UC e nas trilhas das comunidades do Maguari, Jamaraquá, São Domingos e no Terra Rica. Além disso, gestores, comunitários e parceiros foram capacitados para atuarem no planejamento do uso público, na interpretação ambiental, na condução de visitantes, na manutenção e sinalização de trilhas (Lippitt et al., 2020).

A FLONA do Tapajós faz parte da região hidrográfica amazônica e encontra-se localizada a 50 km ao sul da cidade de Santarém, principal centro urbano próximo à UC, no Oeste do estado do Pará. Geopoliticamente, ocupa parte dos municípios de Belterra, Aveiro, Rurópolis e Placas, na Amazônia Oriental (Oliveira et al., 2011). Nela residem cerca de mil famílias, distribuídas em 23 comunidades e três aldeias indígenas. As famílias desenvolvem diversas atividades produtivas, como o manejo florestal comunitário, o agroextrativismo e o TBC (ICMBio, 2020a).

Tipo de pesquisa e coleta de dados

Foi utilizado o método de pesquisa mista, ou seja, quantitativa e qualitativa. A primeira oferece a tradução em números das opiniões e informações para, assim, classificá-las e analisá-las, sendo essa abordagem muito utilizada em pesquisas descritivas, pois possibilita a análise e interação das variáveis a fim de entender o dinamismo dos experimentos em grupos sociais; na segunda, o pesquisador tem o local como fonte direta dos dados onde as questões são estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem qualquer manipulação intencional do pesquisador (Fonseca, 2002; Prodanov e Freitas, 2013).

A pesquisa se caracteriza como de cunho exploratório e descritivo, tomando como método de coleta e análise de dados os preceitos da pesquisa qualitativa. A pesquisa exploratória tem como objetivo oferecer mais informações a respeito do assunto que está sendo investigado; assume, em geral, as formas de pesquisas bibliográficas e estudos de caso e conta com um planejamento flexível, o que permite o estudo do tema sob diversos ângulos e aspectos (Prodanov e Freitas, 2013).

Segundo Prodanov e Freitas (2013), a pesquisa descritiva visa descrever as caracterís-ticas de determinada população ou fenômeno, o que envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados como questionário, entrevista, formulário e observação sistemática. Tal pesquisa observa, registra, analisa e ordena dados, sem manipulá-los, isto é, sem interferência do pesquisador.

Este trabalho utilizou como meio de coleta dos dados o questionário. Para a sua construção foi utilizado como base o formulário usado na pesquisa realizada pela Universidade de West Virginia (WVU) e pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), intitulada “Flona Tapajós – Pesquisa sobre Recreação e Uso Público” (Burns et al., 2016). Foram elaboradas perguntas predominantemente fechadas, mantendo abertas somente questões numéricas como idade, renda, número de pessoas no grupo de visitação, bem como para sugestão de melhorias e/ou serviços.

O questionário foi traduzido para a língua inglesa para atender aos visitantes estrangeiros, e foi estruturado com 24 perguntas, divididas em três blocos, sendo eles: aspectos socioeconômicos dos visitantes (7 perguntas); experiências e expectativas do visitante (9 perguntas); e motivação da viagem, incluindo o entendimento do visitante sobre a importância da UC (8 perguntas).

A coleta de dados se deu entre os meses de dezembro de 2020 a julho de 2021, período de alta temporada de visitação na região. As entrevistas foram realizadas com o apoio de brigadistas do ICMBio, onde os mesmos abordaram os visitantes após a realização das atividades turísticas, com o objetivo de obter maior amplitude nas respostas.

Em decorrência do estado de emergência de saúde pública de importância internacional do Coronavírus (Covid 19), a visitação pública na FLONA do Tapajós foi suspensa, perante agravamento da doença nos períodos de 22 de março de 2020 a 24 de setembro de 2020 e, em um segundo momento, entre os meses de janeiro a abril de 2021, o que afetou a realização desta pesquisa; por isso, foram aplicados apenas 153 questionários. Para evitar a proliferação do Coronavírus, medidas de prevenção foram tomadas durante as entrevistas, tais como distanciamento de 1,5 m, uso de máscaras e higienização das mãos com álcool em gel.

Desenho amostral

A definição da amostragem foi feita de acordo com o número de visitantes recebidos nas quatro localidades no ano de 2019. Para tanto, foram considerados elementos como o tipo e tamanho da amostra, o coeficiente de confiabilidade, o universo da população e a margem de erro, conforme método adotado por Schluter (2003). Para essa amostragem, estabeleceu-se uma margem de erro de 10% e confiabilidade de 90%. O cálculo amostral foi realizado no programa da Solvis (2020). Na Tabela 1 constam a quantidade de questionários sugeridos para serem aplicados, bem como o total de visitantes recebidos em 2019 nas localidades.

Análise dos dados

Para melhor compreensão e análise dos resultados, os dados elencados foram submetidos à estatística descritiva e apresentados em tabelas e gráficos. A estatística descritiva possibilitou a descrição quantitativamente da realidade e caracterizou os indivíduos estudados.

Resultados e Discussão

Aspectos socioeconômicos dos visitantes

As mulheres foram as que mais visitaram a FLONA do Tapajós (58%). O número elevado de mulheres viajando, tanto sozinhas como em grupos, está relacionado, entre outros fatores, com a sua melhoria social e econômica, atreladas à sua maior independência (Moutinho, 2000).

A maioria dos respondentes (44,4%) está na faixa etária de 21 a 30 anos (Tabela 2), sendo a média de idade de, aproximadamente, 22 anos, o que caracteriza um perfil de turistas jovens e adultos, que se encaixa no perfil de ecoturistas conforme os estudos de Ruschmann (2002). Uma porcentagem mínima (1,96%) dos visitantes tinha mais de 61 anos ou tinham entre 16 e 20 anos (1,96%).

O meio de transporte mais utilizado para chegar a FLONA do Tapajós foi carro privado (41%), seguido de barco/lancha (37%). A UC não está inserida em área de centro urbano e há apenas uma linha de ônibus que faz o transporte até as comunidades, uma vez por dia, de segunda a sábado. Diante disso, o acesso se torna mais viável aos visitantes com transportes terrestres e aquáticos próprios ou alugados. Os visitantes que acessam a UC pelo rio, em grande parte, deslocam-se a partir da Vila de Alter do Chão, um dos principais pontos turísticos da região Oeste do Pará, através de passeios organizados pela Associação de Turismo Fluvial de Alter do Chão (Atufa) com viagem de, aproximadamente, 40 km de distância e duração, em média, de 40 minutos (Oliveira, 2021).

Além dos passeios organizados pela Atufa, os visitantes também chegam por meio de agências de turismo, principalmente na comunidade de Maguari. Algumas agências desenvolvem o turismo voluntário ou volunta-rismo em UCs no Brasil, ou seja, a junção do TBC e do voluntariado (Vivalá, 2021).

Em relação ao estado civil, os respondentes apresentam-se maioritariamente na situação de solteiro (69%), seguidos dos casados (24%), podendo ser um indicativo dos grupos de viagem em que eles se inserem (Fig. 2).

A renda mensal dos visitantes, em sua maioria (69,08%), é superior a três salários mínimos (Fig. 3). Esse perfil econômico é semelhante aos apresentados por Pivoto et al. (2018), no estudo sobre o perfil de visitantes do Parque Estadual do Ibitipoca em Minas Gerais, que registrou média salarial de 4 a 10 saláriosmínimos, e no estudo “O Turista do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros/GO” e suas relações com a natureza, realizado por Garay (2017), em que a renda familiar mais frequente está entre 4 e 10 salários mínimos (38,30%).

A maioria dos visitantes (42%) possui formação superior completa e 38% são pós-graduados, ou seja, mais de 80% dos visitantes da FLONA do Tapajós são pessoas com elevado nivel de instrução (Fig. 4). São similares aos dados coletados na UC entre 2014 e 2016, que mostraram que mais de dois terços (69,9%) dos entrevistados tinham ensino superior completo ou algum tipo de pós-graduação (Burns et al., 2016). Um padrão correlato de escolaridade foi registrado por Campos et al. (2011) no Parque Nacional Serra do Cipó em Minas Gerais, onde a grande maioria (83%) tinha ensino superior, dentre os quais 23% eram pós-graduados.

Estudos realizados por Mattos (2012) e Lopes Junior et al. (2020) na região do Parque Nacional do Jaú, no Amazonas, e no Parque Estadual de Ilha Grande, no Rio de Janeiro, evidenciaram que a maioria dos visitantes possuíam nível superior completo, com 54% e 42% respectivamente. Os dados enfocam que o perfil do ecoturista está relacionado ao alto nível de escolaridade, que normalmente os torna mais receptivos e conscientes das necessidades de conservação ambiental e das atratividades ecoturísticas. Logo, podem apresentar alto grau de comprometimento para a conservação destes locais e contribuir para o desenvolvimento de programas e projetos de educação ambiental (Barros e Dines, 2000).

Conforme os resultados apresentados, podemos perceber que os visitantes de áreas protegidas geralmente possuem renda elevada e maior nível de escolaridade. Para ratificar tal informação, um estudo feito pelo Ministério do Turismo, em conjunto com a Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura, demonstrou que o ecoturista tem poder aquisitivo médio, hábito de viajar em grupos, estudante de nível superior, entre outros pontos (Mtur, 2010).

Quando questionados a respeito de sua nacionalidade, os visitantes declararam, em sua maioria (140 entrevistados), serem brasileiros. Os demais entrevistados eram de Portugal, França, Suíça e Espanha (7%). Os estados do Pará (36%) e de São Paulo (33%) são os mais expressivos, com 106 visitantes (Tabela 3).

O relatório da pesquisa “Flona Tapajós – Pesquisa sobre Recreação e Uso Público” (Burns et al., 2016) também identificou que a maioria (69,6%) dos visitantes entrevistados eram brasileiros e originários do próprio estado (41,6%), e 23,2% de São Paulo; porém, diferentemente dos dados elencado nessa pesquisa, os autores registraram 30,4% de turistas estrangeiros, sendo a França o país mais frequente (15,8%), seguido dos Estados Unidos (15,2%) e do Reino Unido (13,9%). O baixo número de visitantes estrangeiros na FLONA do Tapajós pode ser justificado pelas restrições sanitárias impostas no período pandêmico da Covid 19.

É importante destacar que, conforme dados do MTur (2021b), o fluxo doméstico de pessoas no Brasil é mais relevante que o internacional, pois corresponde a 89% dos desembarques nos aeroportos brasileiros. Possivelmente o menor custo e tempo de deslocamento facilita a chegada dos visitantes de cidades próximas à UC.

Experiências, expectativas e motivação dos visitantes

A maioria dos respondentes (73%) visitou a FLONA do Tapajós pela primeira vez e 14% estava na UC pela segunda vez. A assiduidade com que o turista visita o destino acaba gerando uma relação mais comprometida com os problemas socioambientais daquela região, podendo ocorrer como instrumento de pressão junto ao poder público para resolver problemas identificados na localidade (Ladeira et al., 2007).

Tratando do tempo de antecedência que o visitante levou para planejar e organizar sua viagem, percebe-se que a maior parte organizou a visita no mesmo dia (20%), com 2 a 3 dias de antecedência (24%) ou 15 a 30 dias antes (18%). Quando comparamos ao estudo de Burns et al. (2016), realizado na FLONA do Tapajós, podemos perceber que o tempo de planejamento se equivalem, pois foi identificado que 20% dos visitantes da FLONA planejaram a visita no mesmo dia, e mais de um quarto (29,4%) planejaram com 2 a 3 dias de antecedência, sendo que a maior parte (71,1%) dos visitantes entrevistados, no período de 2014 a 2016, estavam em um passeio rápido de um dia.

A maioria dos respondentes (53%) pernoi-tou na UC e permaneceu por 2 dias (Tabela 4), resultados que se assemelham ao perfil do visi-tante da Reserva Extrativista de Cururupu no Maranhão encontrado por Alvite et al. (2015), com curtas estadas de até 3 dias (72,1%) e coincidem com a pesquisa de Sansolo e Bursztyn (2009), em que a maior parte das experiências de TBC puderam ser realizadas entre 2 a 3 dias.

Os resultados nos levam a enquadrar os visitantes da FLONA do Tapajós em turista e em sua maioria excursionista com 32% que permaneceram 6 horas no local, conforme a Tabela 4. O visitante é classificado como turista quando sua viagem também inclui ao menos um pernoite no destino, já o excursionista é aquele que desenvolve apenas as atividades turísticas, mas não pernoita no local (ICMBio, 2018c).

As definições de excursionista e turista são adotadas pelo ICMBio (2018c) para definir os visitantes que frequentam as UCs com o propósito de uso recreativo, desportivo, educacional, cultural ou religioso, conceito esse que pode ser aplicado também às pessoas que visitam estruturas ligadas aos centros nacionais de pesquisa e conservação. Os visitantes ou os excursionistas que procuram a área têm como objetivo desfrutar de momentos agradáveis, majoritariamente em seu tempo livre, durante férias, feriados e finais de semana (ICMBio, 2018c).

A respeito de algumas características da viagem, é relevante destacar que 47 participantes (31%) da pesquisa faziam parte de grupos compostos por amigos, seguido dos grupos compostos por casais (18%) e 5% estavam sozinhos; os grupos formados por família somente ou família e amigos juntos representaram 30% (Fig. 5). O que é correspondente aos dados alcançados por Pivoto et al. (2018), no Parque Estadual do Ibitipoca em Minas Gerais, onde os visitantes viajam em casal (37%) e com amigos (35%). Um estudo sobre as características das viagens realizadas por brasileiros mostrou que 42,5% das viagens de cunho pessoal a lazer são realizadas em grupos com dois ou três viajantes (MTur, 2020).

As motivações para visitar uma determi-nada localidade podem se encaixar em três categorias: férias, negócios e outros motivos (Halloway, 2007). No caso da FLONA do Tapajós, os entrevistados puderam escolher mais de uma alternativa, sendo que 34% apontaram como principal motivo da viagem o contato com a natureza e 29% informaram conhecer a cultura da região (Tabela 5).

A motivação cultural encaixa, facilmente, como fator determinante ou secundário de qualquer tipo de viagem, ou seja, o patrimônio cultural motiva os visitantes pela sua dimensão educativa e os faz sentir uma ligação especial com o destino através dos conhecimentos adquiridos e do contato humano estabelecido (Halloway, 2007).

O estudo de Vidal et al. (2013) que teve como objetivo estudar o perfil e a percepção ambiental dos visitantes do flutuante dos botos no Parque Nacional de Anavilhanas, estado do Amazonas, obteve também como principal resposta (31,1%) que a motivação principal da viagem era conhecer e/ou apreciar a natureza, enquanto outros 16,8% queriam conhecer e/ou apreciar a natureza e conhecer a cultura local.

O Ministério do Turismo identificou que, em 2019, das 21,4 milhões de viagens analisadas, 96,1% foram para dentro do Brasil, das quais 86,3% foram por motivos pessoais, em que 31,5% foram motivadas pelo lazer. Das viagens a lazer, 34,3% tiveram como motivo sol e praia, 27,2% foram por cultura, 25,6% para interação com a natureza, ecoturismo ou aventura e o restante (12,9%) por outros motivos (MTur, 2020). Diante disso, o ICMBio, ao possibilitar a visitação em áreas protegidas, oferece ao usuário a oportunidade recreativa diversificada e de qualidade, além de chamar a atenção para a importância da conservação do patrimônio natural e cultural (ICMBio, 2021).

Ao serem pedidos para classificar o segmento turístico ao qual achavam que sua visitação se encaixava, cerca de 32% dos visitantes relacionaram a viagem como pertencente ao segmento ecoturismo, seguido de 25% que opinaram por turismo de natureza e 18,38% responderam que seu grupo se encaixava no segmento de turismo cultural (Tabela 6).

A partir desse cenário, deve-se diferenciar o ecoturismo do turismo de natureza, que normalmente são utilizados como “sinônimos”. O ecoturismo está contido no turismo de natureza, que abrange todas as modalidades de turismo realizadas no ambiente natural, como o ecoturismo, o turismo de aventura, o turismo de caça e pesca (Wearing e Neil, 2014). Porém, o perfil do ecoturista está relacionado ao alto nível de escolaridade que normalmente os torna mais receptivos e conscientes das necessidades de conservação ambiental e das atratividades ecoturísticas, logo, podem apresentar um alto grau de comprometimento para a conservação destes locais (Barros e Dines, 2000).

O turismo cultural também aparece como destaque de segmento e motivação da viagem (Tabela 6), podendo ser entendido como fluxo de pessoas que buscam conhecer a cultura, a história e as manifestações culturais e artísticas de outros locais que não sejam os seus de residência, com a intenção de enriquecimento pessoal (Marques, 2011).

Nos anos de 2015 e 2017, o país alcançou o 1º lugar no ranking de competitividade em viagens e turismo no quesito “recursos naturais” (Crotti e Misrahi, 2015, 2017), o que deixa claro o enorme potencial quando se trata do turismo de aventura, sendo esse o quarto segmento mais indicado pelos participantes da pesquisa. Porém, uma confusão é recorrente entre as definições dos segmentos de ecoturismo e turismo de aventura, já que ambos ocorrem em ambientes naturais e se preocupam em minimizar seus impactos, mas divergindo em alguns pontos. Hintze (2009) aponta uma diferença básica entre eles, a educação ambiental que faz parte conceitualmente do ecoturismo, mas não do turismo de aventura.

Para as atividades turísticas na FLONA do Tapajós, os respondentes elencaram duas ou mais que foram realizadas (Tabela 7). A mais comum foi caminhada/trilha (24%), sendo um dos principais objetivos, nas trilhas de uso público em áreas naturais, atender a ânsia por recreação dos visitantes com segurança e conforto, sem fazer o ambiente perder sua estabilidade (Andrade, 2005).

Os entrevistados também relataram (Tabela 7) banho de igarapé (17%), almoço na comunidade (17%), banho de praia (12%) e compra de artesanato (11%). Ao compararmos com os resultados encontrados na UC por Burns et al. (2016), verificou-se que os visitantes seguem desenvolvendo as mesmas atividades identificadas nos anos de 2014 a 2016.

A avaliação dos itens que contribuíram com a experiência da visitação, tais como a limpeza, as condições da trilha, as vias de acesso, as instalações, atividades turísticas e interpretação ambiental no geral foram indicadas como excelente (Fig. 6). As atividades turísticas foram melhor avaliadas, pois não tiveram nenhuma nota ruim, o que demonstra a elevada satisfação com as atividades ofertadas pelas comunidades, além do atendimento dado pelos operadores de turismo.

As condições das trilhas foram o segundo item melhor avaliado (Fig. 6), isso significa que as trilhas encontram-se limpas e com a manutenção em dia, e a quantidade de pessoas ao mesmo tempo não está gerando insatisfação no visitante. As trilhas (12%) e os igarapés (13%) foram elencados como o que se “mais gostou” quando questionados a respeito da experiência da visitação.

Entretanto, as vias de acesso e instalações foram os que mais receberam notas 1, que indica uma avaliação ruim, com respectivamente 7 e 6 pontuações. Além disso, 9% dos participantes da pesquisa relataram incômodo com a falta de infraestrutura nos meios de hospedagem e alimentação, quando questionados o que “menos gostou” durante a visitação. O resultado, mesmo que negativo, deve ser considerado pelos prestadores de serviços pois, segundo Costa (2002), a oferta de infraestrutura mínima é ponto fundamental para o atendimento às necessidades da demanda turística.

No caso das vias de acesso, parte do trecho é pavimentado e a outra parte é estrada de terra com a presença de buracos, o que acaba comprometendo a experiência dos visitantes. A manutenção do trecho pavimentado, de Santarém até a entrada do acesso à praia de Aramanaí, é de responsabilidade do governo federal e estadual e a manutenção da estrada de terra é do município de Belterra.

A maioria dos visitantes (74%) tinha consciência que estava em uma unidade de conservação, destes, 26% tomaram conhecimento através da internet e 12% dizem ter sabido por meio de amigos; 32% não respondeu. Fato esse que se iguala ao observado em outras UCs, como os resultados encontrados por Alvite et al. (2015), em que a indicação de amigos e parentes foi de 41%, seguida pelas informações disponíveis nos meios de comunicação, como internet (21%) e reportagens na mídia (20%); e os dados de Campos et al. (2011), em que 80% tomou conhecimento sobre a Serra do Cipó através de amigos e parentes.

Nas perguntas sobre intenção de retorno e recomendação do destino turístico, 99% dos entrevistados manifestaram o interesse em retornar e indicar o local. Estas questões ambicionavam perceber o nível de satisfação da visita através da recomendação a outros indivíduos. No estudo de Burns et al. (2016), uma grande proporção (96,8%) dos visitantes responderam que retornariam à FLONA do Tapajós.

Para a avaliação da experiência como um todo, em uma escala de 1 a 5, em que 5 é excelente e 1 ruim, a maioria (55%) atestou ter uma excelente experiência, 3% não responderam e outros 31% dos visitantes afirmaram que não tinham observações a fazer. Petrocchi (1998) atenta que a avaliação que o turista faz da visita quando positiva influenciará outros que poderão ir àquele destino, mas se a avaliação for negativa, muitos visitantes poderão resolver visitar outros destinos, já que a oferta no mercado turístico é significativa.

Por fim, os interlocutores indicaram as intervenções necessárias para melhorar a experiência da visitação na FLONA do Tapajós. O acesso as localidades foram indicados por 8% dos entrevistados, corroborando com a avaliação negativa que recebeu na questão sobre qualidade da experiência da visitação. A infraestrutura, incluindo as hospedarias, banheiros públicos e restaurantes, também precisam de melhorias, segundo 10% dos visitantes. Além disso, 13% indicaram que é necessária mais sinalização informativa sobre a fauna, a flora, os locais de pernoite e de refeição, lojas de artesanato, trilhas e atrativos, ou seja, uma melhor interpretação ambiental. O restante indicou a necessidade de diversificar as atividades turísticas (3%), capacitar os guias (2%) e equiparar o preço da hospedagem com as condições locais (2%).

Conclusão

Os resultados do estudo sobre o perfil de visitantes na Floresta Nacional do Tapajós revelam a grande representatividade da UC para o turismo na região. Deste modo, estudos sobre perfil de visitantes em unidades de conservação e os motivos que levam os visitantes à área podem ser específicos ou genéricos, ou seja, os visitantes buscam certos ambientes que sejam capazes de atender suas motivações particulares e as experiências desejadas.

Em relação ao perfil socioeconômico do visitante, podemos concluir que as características identificadas estão atreladas, normalmente, ao perfil do ecoturista. Outro ponto de relevância obtido é o fato de os visitantes serem, de forma expressiva, brasileiros, tendo como os principais estados o próprio Pará e São Paulo.

Nos aspectos da motivação da visita, atividades realizadas e segmentação turística ao qual o visitante se assemelha, encontram-se relacionados, ou seja, a maior parte dos entrevistados interpreta sua experiência de visitação como sendo “ecoturismo” ou “turismo de natureza”, com foco no contato com o meio natural, descanso e contemplação da paisagem, realizando atividades como caminhadas/ trilhas, banhos de igarapé. Em relação à avaliação sobre a visitação na FLONA do Tapajós, a pesquisa aponta para um alto nível de satisfação em relação às experiências vivenciadas.

Percebe-se que a quase totalidade dos respondentes avaliaram a sua experiência na UC positivamente, cabendo ressaltar o alto índice de satisfação dos turistas em relação às vivências realizadas, que é uma característica atrelada ao TBC realizado na área. O elevado nível de escolaridade dos visitantes na FLONA do Tapajós pode ser um ponto favorável para o desenvolvimento de programas e projetos de educação ambiental, mas sem deixar de incluir os demais visitantes de nível escolar mais baixo, uma vez que a educação ambiental, o acesso as UCs para fins de lazer e as ferramentas de interpretação ambiental devem ser para todos.

Diante dos resultados obtidos, o estudo mostrou que os visitantes da UC estão divididos basicamente entre excursionistas e turistas, sendo em sua grande maioria o excursionista, que é aquele visitante que mora nas cidades próximas ou que chegaram à FLONA do Tapajós para passeios rápidos saindo da Vila de Alter do Chão.

Considerando que o ecoturismo é uma das atividades que podem contribuir para a materialização da visão de futuro da FLONA do Tapajós, é necessário adotar estratégias para melhorar a experiência do visitante e, consequentemente, aumentar o número de visitantes na UC, o que proporcionaria maior retorno financeiro para as comunidades, além do aumento de visibilidade do ponto de vista turístico para a unidade. As sugestões dos interlocutores deverão ser consideradas tanto pelo órgão gestor como pelos prestadores de serviços turísticos nas comunidades e a diversificação das experiências também deve ser considerada para atender os anseios dos visitantes.

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Figura 1 – Localização das áreas de estudo na FLONA do Tapajós. Fonte: Autores, 2022.

Tabela 1 – Relação da visitação no ano de 2019 nas áreas de estudo com a quantidade de questionários sugeridos para a coleta dos dados.

Comunidades

Total de visitantes ano 2019

Amostragem/quantidade de questionários

São Domingos

739

63

Maguari

4.343

68

Jamaraquá

5.235

68

Terra Rica

1.050

64

Total

11.367

263

Fonte: Autores, 2020.

Tabela 2 – Faixa etária dos visitantes na FLONA do Tapajós.

Faixa Etária

Número de visitantes

%

16-20

3

1,96

21-30

68

44,44

31-40

57

37,25

41-50

16

10,46

51-60

6

3,92

61-70

2

1,31

> 70

1

0,65

Fonte: Autores, 2021.

Figura 3 – Renda por salário mínimo dos visitantes. Fonte: Autores, 2021.

Figura 2 – Estado civil dos visitantes da UC. Fonte: Autores, 2021.

Figura 4 – Grau de escolaridade dos visitantes na FLONA do Tapajós. Fonte: Autores, 2021.

Tabela 3 – Relação de País/Estado de origem dos visitantes na UC.

País

N° de visitantes

%

Suíça

2

1

Portugal

4

3

Não informou

3

2

França

2

1

Espanha

2

1

Brasil/Estados:

140

92

Amazonas

2

1

Ceará

3

2

Espírito Santo

1

1

Goiás

1

1

Mato Grosso

3

2

Minas Gerais

3

2

Não informou

5

3

Pará

55

36

Paraná

6

4

Pernambuco

1

1

Rio de Janeiro

7

5

Rio Grande do Sul

2

1

São Paulo

51

33

Fonte: Autores, 2021.

Tabela 4 – Duração da visita na FLONA do Tapajós, em horas e dias.

N° de respondentes

N° dias

33

2

12

3

10

4

2

5

2

1

1

4 a 7

2

15

N° de respondentes

N° horas

29

6

10

5

9

7

9

2

6

3

5

4

4

8

4

10

4

1

1

12

Fonte: Autores, 2021.

Figura 5 – Composição dos grupos de viagem dos visitantes na UC. Fonte: Autores, 2021.

Tabela 5 – Motivações que levaram os visitantes a escolher a FLONA do Tapajós.

Motivação da viagem

N° de respostas

%

Contato com a natureza

81

34

Conhecer a cultura da região

69

29

Gostar do lugar em si

42

18

Praticar atividades ao ar livre

15

6

Passar mais tempo com amigos e família

15

6

Voluntariado

8

3

Passar mais tempo com amigos

5

2

Próximo de casa

3

1

Não informou

2

1

Fonte: Autores, 2021.

Tabela 6 – Segmentos turísticos ao qual a experiência na UC se enquadra, de acordo com os visitantes.

Segmento turístico

Número de entrevistados

%

Ecoturismo

86

32

Turismo de natureza

67

25

Turismo cultural

50

18

Turismo de aventura

34

13

Turismo de sol e praia

23

8

Turismo voluntário

8

3

Turismo náutico

3

1

Fonte: Autores, 2021.

Tabela 7 – Atividades desenvolvidas pelos visitantes na FLONA do Tapajós.

Atividades

N° de respostas

%

Caminhada/trilha

133

24

Banho de igarapé

95

17

Almoço na comunidade

94

17

Banho de praia

67

12

Compra de artesanato

58

11

Passeio de canoa/barco

52

9

Observar animais

40

7

Piracaia (forma tradicional de assar peixe)

7

1

Pesquisa de campo

3

1

Picnic/churrasco

1

1

Fonte: Autores, 2021.

Figura 6 – Avaliação do visitante por experiência na FLONA do Tapajós. Fonte: Autores, 2021.

Biodiversidade Brasileira – BioBrasil.

Fluxo Contínuo

n.2, 2023

http://www.icmbio.gov.br/revistaeletronica/index.php/BioBR

Biodiversidade Brasileira é uma publicação eletrônica científica do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) que tem como objetivo fomentar a discussão e a disseminação de experiências em conservação e manejo, com foco em unidades de conservação e espécies ameaçadas.

ISSN: 2236-2886