DISTRIBUIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DAS CAVERNAS BRASILEIRAS SEGUNDO A BASE DE DADOS DO CECAV
Autores
Debora Campos Jansen
CECAV/ICMBIO
Karolina do Nascimento Pereira
CECAV/ICMBIO
Palavras-chave:
Cavernas, Banco de dados CECAV, Patrimônio espeleológico
Resumo
O objetivo desse estudo foi detalhar a distribuição espacial das cavernas brasileiras em relação aos mapas temáticos de bacias hidrográficas, biomas, solos, geomorfologia, geologia, potencial de ocorrência de cavernas e uso do solo e cobertura vegetal. As relações entre esses temas ficam claros quando se pensa, por exemplo, que as cavernas se formam com a dissolução das rochas, que a declividade do terreno aumenta ou reduz o armazenamento de água na superfície, que o solo pode agir como filtro na contaminação das águas subterrâneas, ou que a cobertura vegetal serve de proteção ao solo favorecendo ou não a penetração da água. Para o cruzamento foi utilizado a Base de Dados do CECAV de janeiro de 2015, contendo 14.189 cavernas registradas. Através do cruzamento desses dados, obtiveram-se vários resultados, entre eles, por exemplo, que 66% das cavernas estão localizadas na bacia do São Francisco e do Tocantins; 52% no bioma Cerrado; 56% estão nas áreas de potencialidade de ocorrência de cavernas de grau "Muito Alto"; 51% estão localizadas em áreas de vegetação alterada; e 67% estão dentro de Unidades de Conservação, de Uso Sustentável. Há necessidade de se realizar mais estudos para subsidiar a criação de políticas públicas de conservação do Patrimônio Espeleológico. Tais estudos não devem adotar práticas de conservação concentrados na visão de cavidades subterrâneas como unidades individuais, mas sim, considerar o contexto ambiental e sociológico na qual estão inseridas.
Biografia do Autor
Debora Campos Jansen, CECAV/ICMBIO
Analista Ambiental, Mestre em Tratamento da Informação Espacial pela PUC Minas, CECAV/ICMBIO
Karolina do Nascimento Pereira, CECAV/ICMBIO
Graduanda em Engenharia Florestal pela Universidade de Brasilia (UnB)