Tartarugas marinhas no litoral norte de Santa Catarina e Baía Babitonga

Autores

  • Marta Jussara Cremer Universidade da Região de Joinville
  • Thiago Felipe de Souza Universidade da Região de Joinville
  • Isabela Guarnier Domiciano Universidade Estadual de Londrina
  • Daphne Wrobel Goldberg Fundação Pró Tamar
  • Juçara Wanderlinde Fundação Pró Tamar

DOI:

https://doi.org/10.37002/revistacepsul.vol9.675eb2020002

Palavras-chave:

Chelonia mydas, Caretta caretta, encalhe, dieta, ameaças

Resumo

O litoral de Santa Catarina constitui uma importante área de alimentação para tartarugas marinhas na costa do Brasil. Há poucas informações sobre esses quelônios na região, principalmente no litoral norte do Estado, que compreende o trecho entre os municípios de Itapoá e Barra do Sul, incluindo o estuário da Baía Babitonga. Oito estudos foram identificados na revisão realizada, sendo que a grande maioria constitui trabalhos acadêmicos. Cinco espécies foram registradas: a tartaruga-verde (Chelonia mydas), a tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), a tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), a tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) e a tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea). Chelonia mydas é a espécie mais abundante e para a qual há mais informações, incluindo dados sobre dieta, ingestão de lixo, prevalência de fibropapilomatose e contaminação. Esta também é a única espécie que ocorre no interior da Baía Babitonga. Caretta caretta é a segunda espécie com maior número de encalhes. Eretmochelys imbricata, L. olivacea e D. coriacea têm poucos registros na região, o que sugere que este não constitui habitat característico para estas espécies. A conservação destas espécies na região depende da preservação dos habitats de alimentação e da implementação de medidas que reduzam os efeitos diretos e indiretos de atividades de dragagem, assim como os de outras ameaças antrópicas, incluindo a poluição e interação com diferentes pescarias.

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Publicado

30/03/2020

Edição

Seção

Artigo de revisão