Rejeitos da atividade pesqueira no litoral do Paraná: Gestão atual e potencial para destinação alternativa.

Autores

  • Paulo de Tarso da Cunha Chaves Universidade Federal do Paraná
  • Juliane Maria Vink Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.37002/revistacepsul.vol6.670e2017004

Palavras-chave:

Conservação Biológica, Controle Ambiental, Conservação das Áreas SilvestresPesca, resíduos de pesca, couro de peixe, silagem, compostagem, Brasil.

Resumo

Acompanhamento regular de desembarque e processamento de pescados no litoral paranaense identificou origem, composição e destino da matéria rejeitada. Filetagem gera resíduos correspondentes a cerca de 60% da massa bruta dos peixes; corte em postas, 33%; e simples evisceração, 23%. Ainda, cascas de camarão e invertebrados inteiros são rejeitados, assim como pequenos peixes provenientes do arrasto camaroeiro, e grandes, sem sanidade, da pesca de emalhe. O maior volume de rejeitos compõe-se de carcaças de peixes (com/sem cabeça, nadadeiras, coluna e outros ossos), seguidas de casca de camarão. Estima-se que os mercados de Matinhos e Shangrilá descartem mais de 100kg/dia em pescados, levando à expectativa de que o litoral do Paraná gere mais de 360t/ano. Os rejeitos são levados a aterros municipais, normalmente, com transporte em caminhões de lixo comum (Brejatuba-Guaratuba), ou enterrados na restinga. Visto que o processamento aplicado a cada recurso varia, conforme tradições culinárias, e que a ocorrência dos recursos é sazonal, o volume e a natureza dos resíduos pesqueiros na região oscila ao longo do ano. Tal fato, somado à necessidade de implantação de infraestrutura física e capacitação de mão de obra, conduz à priorização de três formas de aproveitamento dos rejeitos pesqueiros na região: silagem, compostagem e produção de artefatos de couro.

Biografia do Autor

Paulo de Tarso da Cunha Chaves, Universidade Federal do Paraná

Oceanólogo (FURG), mestrado em Biologia de Água Doce e Pesca Interior (INPA), doutorado em Oceanografia Biológicas (USP). Professor da Universidade Federal do Paraná.

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Publicado

08/07/2017

Edição

Seção

Artigo