Cienciometria de mamíferos aquáticos do Ecossistema Babitonga: subsídios para a conservação

Autores

  • Renan Lopes Paitach Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, caixa-postal 5102, CEP 88040-970, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.
  • Ana Kassia Moraes Alves Programa de Pós-Graduação em Saúde e Meio Ambiente, Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE, caixa-postal 110, CEP 89240-000, São Francisco do Sul, Santa Catarina, Brasil.
  • Beatriz Schulze Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, caixa-postal 5102, CEP 88040-970, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.
  • Marta Jussara Cremer 1) Programa de Pós-Graduação em Saúde e Meio Ambiente, Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE, caixa-postal 110, CEP 89240-000, São Francisco do Sul, Santa Catarina, Brasil. 2) Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, caixa-postal 5102, CEP 88040-970, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.37002/revistacepsul.vol8.673eb2019004

Palavras-chave:

cetáceos, pinípedes, lontras, ecossistemas costeiros, impactos antrópicos

Resumo

O Ecossistema Babitonga é constituído por um mosaico de habitats que favorece uma grande riqueza e abundância de espécies. Dentre os componentes deste ecossistema estão os mamíferos aquáticos, que inclui cetáceos (ex. baleias, botos e golfinhos), pinípedes (ex. focas, lobos-marinhos e leões-marinhos) e lontras. Algumas das atividades humanas podem constituir ameaças diretas ou indiretas aos mamíferos aquáticos. É necessária uma revisão de literatura para identificar os avanços e lacunas do conhecimento, visando a conservação das espécies. Foi utilizado o método de revisão sistemática da literatura para elaboração do presente estudo. Foram identificados e catalogados 85 estudos (artigos publicados e literatura cinzenta) sobre os mamíferos aquáticos do Ecossistema Babitonga, que abordam 21 linhas de investigação. Os mamíferos aquáticos foram representados por 24 espécies distribuídas em: cetáceos, famílias Delphinidae (9 spp.), Balaenopteridae (3 spp.), Kogiidae (2 spp.), Physeteridae (1 sp.), Pontoporiidae (1 sp.) e Balaenidae (1 sp.); pinípedes, famílias Otariidae (4 spp.) e Phocidae (2 spp.); e lontras, família Mustelidae (1sp.). Foram identificadas cinco espécies-chave de mamíferos aquáticos neste ecossistema: o boto-cinza (Sotalia guianensis), a toninha (Pontoporia blainvillei), o golfinho-nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus), a baleia-franca-austral (Eubalaena australis) e a lontra-neotropical (Lontra longicaudis). Os principais resultados sobre estas espécies foram apresentados como subsídio à gestão. Ainda há uma lacuna no conhecimento sobre a distribuição e parâmetros demográficos da maioria das espécies. O monitoramento destes parâmetros é necessário para identificar tendências populacionais e estabelecer estratégias para mitigação de impactos.

Biografia do Autor

Renan Lopes Paitach, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, caixa-postal 5102, CEP 88040-970, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.

Possui graduação em Ciências Biológicas - Habilitação em Biologia Marinha pela Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE, tendo realizado intercâmbio acadêmico na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto - UPorto (Portugal), e Mestrado em Ecologia pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. Tem experiência em projetos de pesquisa sobre ecologia e conservação de cetáceos e educação ambiental voltada para a conservação de ambientes aquáticos. Desenvolveu estudos principalmente sobre dinâmica populacional, ecologia trófica e bioacústica. No momento é Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ecologia da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. Também atua em consultorias ambientais como MMO e monitor de telemetria de cetáceos. É membro da Sociedade Latino Americana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos - SOLAMAC e da Society for Marine Mammalogy - SMM.

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Publicado

13/06/2019

Edição

Seção

Artigo de revisão