Recursos-alvo que são também bycatch, e recomendação para a gestão da pesca de emalhe no litoral do Paraná, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.37002/revistacepsul.vol8.732e2019001Palabras clave:
captura incidental, recursos-alvo, Scomberomorus, Micropogonias, Cynoscion, caceio, fundeio.Resumen
Estudou-se a captura não-alvo, em redes de emalhe na pesca de pequena escala no litoral do Paraná. De março a outubro de 2017 foram observados na Praia Central de Matinhos 28 desembarques pesqueiros, colhendo-se informações sobre técnicas de captura, dimensões das redes, recursos-alvo e acompanhantes, e destinação dos pescados. Trinta e três gêneros de pescados foram identificados. Cavala foi o recurso mais comum na condição de espécie-alvo, e peixe-espada e corvina, de fauna acompanhante. Todos os recursos-alvo ocorreram ao menos uma vez na condição não-alvo, corvina o mais comum. Tal captura, aqui genericamente designada incidental, foi mais variada na técnica fundeio, que visa a recursos demersais, que na caceio, que visa a pelágicos, mas ambas apresentaram captura incidental demersal e pelágica, indistintamente. Parte deste bycatch é comercializada ou doada, outra é descartada ao mar. A normatização da pesca com emalhe deve considerar que a diversidade da fauna em regiões tropicais amplia o espectro de capturas não desejadas ou, até, inconvenientes. Visto que toda espécie-alvo pode ocorrer também como bycatch, normas de pesca baseadas em especificações das redes não são efetivas para a conservação dos recursos na região estudada, podendo a exclusão temporária de áreas de pesca, mediante rodízio, ser melhor instrumento de manejo.
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