Revisão bibliométrica de estudos da avifauna no Ecossistema Babitonga, Santa Catarina, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.37002/revistacepsul.vol8.676eb2019005Palavras-chave:
ameaças, aves, conservação, habitat, riquezaResumo
A baía Babitonga vem sofrendo forte especulação imobiliária, incluindo a construção de grandes empreendimentos, o que vem reduzindo significativamente os ambientes naturais na região. Esta ocupação necessita de esforços que busquem a gestão integrada destes impactos. O presente artigo foi elaborado seguindo um roteiro proposto pelo Grupo de Pesquisa Babitonga. Desta forma, foram abordados os assuntos: 1) principais iniciativas e projetos de pesquisa e ação em andamento ou realizados; 2) diversidade de espécies nativas, exóticas/invasoras; 3) diversidade e heterogeneidade de ecossistemas e habitats importantes para o componente na área de estudo; 4) as pressões sobre estas espécies e habitats e; 5) a relevância das populações de espécies-chave em nível regional e/ou nacional. Foram identificados 50 estudos já realizados, que tratam principalmente do levantamento de espécies (53,1%), da reprodução (28,6%), do comportamento (8,16%), da ocorrência de patógenos (6,1%), da dieta e de aspectos relacionados à história natural (2,04%). A riqueza estimada para este para a região da Babitonga foi de 474 espécies, o que representa 70% da avifauna de Santa Catarina. Devido à complexidade de ambientes o a região abriga pelo menos 40 espécies ameaçadas de extinção, assim como espécies migrantes de origem neártica e do extremo sul do Hemisfério Sul. Devido a esta grande riqueza da região, é importante a continuidade dos estudos, principalmente em municípios onde a avifauna é pouco conhecida. Vários aspectos biológicos ainda carecem de informações mais precisas para grande parte destas espécies. Ações que visem garantir a manutenção destas populações, incluindo estudos que possam ampliar o conhecimento sobre avifauna local e acompanhar as alterações a longo prazo são de grande importância. Alguns aspectos são apresentados e precisam ser considerados diante de novas intervenções na região.
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