MONITORAMENTO TÉRMICO DE BAT CAVES NA FLORESTA NACIONAL DE CARAJÁS

THERMAL MONITORING OF BAT CAVES IN THE CARAJÁS NATIONAL FOREST

Autores/as

  • Narjara Tércia Pimentel Universidade Federal de Pernambuco Laboratório de Ciência Aplicada à Conservação da Biodiversidade, Departamento de Zoologia
  • Enrico Bernard Universidade Federal de Pernambuco Laboratório de Ciência Aplicada à Conservação da Biodiversidade, Departamento de Zoologia

DOI:

https://doi.org/10.37002/rbesp.v1i13.2593

Palabras clave:

bat caves, monitoramento térmico, Floresta Nacional de Carajás, gênero Pteronotus

Resumen

Abrigos com populações excepcionais de morcegos são denominados bat caves. Monitorar esse tipo de abrigo pode ser desafiador, dadas as localizações e condições destes ambientes. Entretanto, o monitoramento da temperatura destas cavernas tem sido apontado como um proxy de como os morcegos estão usando esses ambientes. Apresentamos aqui os resultados de um monitoramento térmico detalhado de duas bat caves na Floresta Nacional de Carajás, acompanhado de estimativas das populações de morcegos residentes nestas cavernas, descrição dos padrões diários de saída e retorno dos morcegos nestes abrigos, identificação de possíveis padrões sazonais na flutuação da população residente de morcegos dessas cavernas e identificação das características físicas e termais preferidas pelos morcegos. Esse monitoramento térmico apontou que as temperaturas internas destas cavernas são bastante elevadas em relação às temperaturas externas, estando mais associadas à presença de grandes colônias de morcegos do gênero Pteronotus. Além disso, observamos um dinamismo nesses ambientes provocados pela movimentação dos morcegos entre os abrigos e variações acentuadas no tamanho das populações em diferentes períodos. O caráter dinâmico observado reforça a necessidade de um monitoramento contínuo e de longo prazo para o melhor entendimento destes abrigos e de suas relações ecológicas. Inventários curtos e esporádicos nesses ambientes inevitavelmente levarão a conclusões equivocadas, com sérias implicações ecológicas, conservacionistas e de licenciamento. Sendo assim, bat caves precisam de um acompanhamento diferenciado em relação ao uso e pressões que experimentam, principalmente frente às alterações e tentativas de flexibilizações que vêm ocorrendo na legislação espeleológica brasileira.

Publicado

30/04/2024

Cómo citar

Pimentel, N. T. ., & Bernard, E. . (2024). MONITORAMENTO TÉRMICO DE BAT CAVES NA FLORESTA NACIONAL DE CARAJÁS: THERMAL MONITORING OF BAT CAVES IN THE CARAJÁS NATIONAL FOREST. evista rasileira e speleologia BEsp, 1(13), 11–45. https://doi.org/10.37002/rbesp.v1i13.2593