Oportunidades de mercado para apoiar o manejo sustentável do fogo em paisagens com remanescentes de cerrado (savana) Pirofíticos

Autores

  • Jeremy Russell-Smith International Savanna Fire Management Initiative/ISFMI, Level 4, 346 Kent Street, Sydney 2000, New south Wales, Australia
  • Livia Carvalho Moura Institute Society, Population and Nature/ISPN. SHCGN 709, Bloco E, Loja 38, Brasilia/DF, Brazil
  • Cameron Yates Darwin Centre for Bushfire Research, Charles Darwin University, Darwin 0909, Northern Territory, Australia
  • Robin Beatty 321Fire, Praia do Tofo, Inhambane, Mozambique
  • Jomo Mafoko Department of Forestry and Range Resources, Private Bag BO 199, Gaborone, Botswana
  • Sam Johnston International Savanna Fire Management Initiative/ISFMI, Level 4, 346 Kent Street, Sydney 2000, New south Wales, Australia

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v11i2.1725

Palavras-chave:

Regimes de fogo, incêndios, queima prescrita, manejo do fogo indígena

Resumo

O manejo do fogo sustentável da vegetação remanescente do Cerrado (savana) enfrenta muitos desafios no Brasil e regionalmente, incluindo: o legado de políticas coloniais impostas de supressão do fogo; fragmentação massiva do bioma Cerrado por meio do desenvolvimento agropastoril; perda de conhecimento e da experiência cultural de manejo do fogo; ocorrência de incêndios severos no final da estação seca devido à falta de manejo apropriado com queima prescrita no geral. Como contexto para enfrentar esses desafios, primeiro fornecemos exemplos ilustrativos de um programa bem-sucedido, com base no mercado, implementado nas savanas do norte da Austrália, pirofíticas, e o recente estabelecimento de um programa piloto complementar em savanas suscetíveis a incêndios em Botswana. Em seguida, delineamos a necessidade e oportunidade de desenvolver uma abordagem análoga de manejo do fogo no Cerrado brasileiro, observando que: (a) há um potencial considerável para a implementação de manejo do fogo com apoio e incentivo em áreas frequentemente queimadas por incêndios, especialmente em territórios indígenas; (b) conforme demonstrado pela experiência australiana, esse desenvolvimento pode ser alcançado rapidamente em condições políticas favoráveis. Talvez a chave para essa transformação rápida seja reconhecer que todos se beneficiam - climas globais, sustentabilidade ecológica regional e população local, tanto cultural quanto financeiramente. O artigo fornece um resumo contextual de apresentações e discussões em Oficina Técnica associadas à Sessão Especial da 7ª Conferência Internacional sobre Incêndios Florestais, em Campo Grande, Brasil, focada de modo geral no tema descrito no título deste artigo

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Ansell J et al. Contemporary Aboriginal savanna burning projects in Arnhem Land: a regional description and analysis of the fire management aspirations of Traditional Owners. International Journal of Wildland Fire, 29: 371-385, 2020.

Bowman DMJS & Panton WJ. Decline of Callitris intratropica in the Northern Territory: implications for pre- and post-colonisation fire regimes. Journal of Biogeography, 20: 373-381, 1993.

CoA (Commonwealth of Australia). Carbon Credits (Carbon Farming Initiative) Reduction of Greenhouse Gas Emissions through Early Dry Season Savanna Burning. Methodology Determination 2013. Australian Government. <http://www.comlaw.gov.au/Series/F2013L01165>. 2013.

CoA (Commonwealth of Australia). Carbon Credits (Carbon Farming Initiative - Emissions Abatement through Savanna Fire Management) Methodology Determination 2015. Canberra: ComLaw, Australian Government. <http://www.comlaw.gov.au/Details/F2015L00344>. 2015.

CoA (Commonwealth of Australia). Carbon Credits (Carbon Farming Initiative - Savanna Fire Management - Emissions Avoidance) Methodology Determination 2018. Department of Environment and Energy, Australian Government. < https://www.legislation.gov. au/Details/F2018L00560>.

Cook GD, Meyer CP, Muepu M & Liedloff AC. Dead organic matter and the dynamics of carbon and greenhouse gas emissions in frequently burnt savannas. International Journal of Wildland Fire, 25: 1252-1263, 2016.

DoEE (Department of Environment and Energy). Savanna fire management carbon farming framework. Commonwealth of Australia. . 2019.

Durigan G. Zero-fire: not possible nor desirable in the Cerrado of Brazil. Flora, 268: 151612, 2019.

Durigan G & Ratter JA. The need for a consistent fire policy for Cerrado conservation. Journal of Applied Ecology, 53: 11-15, 2016.

Schmidt IB et al. Fire management in the Brazilian Savanna: first steps and the way forward. Journal of Applied Ecology, 55: 2094-2101. 2018.

Silva LCR, Hoffmann WA, Rossatto DR, Haridasan M, Franco AC & Horwath WR. Can savannas become forests? A coupled analysis of nutrient stocks and fire thresholds in central Brazil. Plant and Soil, 373(1-2): 829-842, 2013.

Townsend SA & Douglas MM. The effect of a wildfire on stream water quality and catchment water yield in a tropical savanna excluded from fire for 10 years (Kakadu National Park, North Australia). Water Research, 38: 3051-3058, 2004.

UNU (United Nations University). The global potential of Indigenous Fire Management. Institute of Advanced Studies, United Nations University, Tokyo. <http://i.unu.edu/media/tfm.unu.edu/news/2151/Final-ReportFindings-Regional-Feasibility-Assessments-ISFMI.pdf>.2015.

van der Werf et al. Global fire emissions estimates during 1997-2016. Earth System Science Data, 9: 697-720, 2017.

Whitehead PJ, Russell-Smith J & Yates CP. Carbon markets and improved management of fire in north Australian savannas: identifying sites for productive targeting of emissions reductions. The Rangelands Journal, 36: 371-388, 2014.

Woinarski JCZ, Williams RJ, Price O & Rankmore B. Landscapes without boundaries: wildlife and their environments in northern Australia. Wildlife Research, 32: 377-388, 2005.

Ziembicki MR et al. Stemming the tide: progress towards resolving the causes of decline and implementing management responses for the disappearing mammal fauna of northern Australia. Therya, 6: 169-225, 2015.

Downloads

Publicado

2021-05-07

Edição

Seção

Edição Temática: 7th International Wildland Fire Conference