Caracterização da piscicultura em tanque-rede na Comunidade de Anã - Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, Santarém, Pará

Autores

  • Liliane de Araújo Castro Universidade Federal do Oeste do Pará, Brasil
  • Michelle Midori Sena Fugimura Universidade Federal do Oeste do Pará , Brasil
  • Luciano Jensen Vaz Universidade Federal do Oeste do Pará, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v12i5.1817

Palavras-chave:

Piscicultura, produção familiar, peixe

Resumo

O Brasil é considerado um dos países de maior potencial para aquicultura, principalmente pelo clima tropical favorável e boa disponibilidade hídrica, com áreas favoráveis à construção de viveiros, açudes e instalação de tanques-rede. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a piscicultura realizada na comunidade de Anã - Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, identificando pontos positivos e negativos dessa produção. Foram realizadas entrevistas auxiliadas por formulários semiestruturados. A pesquisa revelou que a piscicultura é atividade secundária na obtenção de renda para todos os 14 entrevistados, cujas idades variaram entre 25 e 65 anos, sendo que 64% deles possuem o ensino médio completo e a maioria é do sexo feminino. A atividade gera alimentação, renda e auxilia no turismo comunitário. A principal dificuldade apresentada é o alto custo da ração e, para resolver esse problema, a fabricação da própria ração seria a única alternativa, possibilitando a expansão da atividade. Além do alto custo da ração comercial, foram identificadas também dificuldades relacionadas ao manejo dos animais e da qualidade de água, para as quais devem-se buscar soluções. 

Referências

Anselmo AAS. Resíduos de frutos amazônicos como ingredientes alternativos em rações extrusadas para juvenis de Tambaqui, Colossoma macropomum. 2008. Dissertação (Mestrado em Biologia Tropical e Recursos Naturais). Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia/Universidade Federal do Amazonas. 45p.

Barroso RM, Pedroza Filho MX. Estratégias de Inclusão Produtiva para Pequenos Piscicultores. 2014. Documentos 08. Embrapa Pesca e Aquicultura/ Palmas. Relatório Técnico. 48 p.

Boscolo WR, Feiden A, Bittencourt F, Canzi C. Manual Técnico: Criação de pacu em tanque-rede para produção de carne mecanicamente separada (CMS). 2010. GEMAq/UNIOESTE/ITAIPU BINACIONAL. Relatório Técnico. 50p.

Brandão FR, Gomes LC, Chagas EC, Araujo LD. Densidade de estocagem de juvenis de tambaqui durante a recria em tanques-rede. Pesquisa agropecuária brasileira, 39(4): 357-362, 2004.

Cardoso ES, Rocha HMO, Furlan MC. A piscicultura no município de Santa Maria, RS. Ciência e Natura, 31(1): 131 - 140, 2009.

Castellani D, Barrella W. Caracterização da piscicultura na região do Vale do Ribeira - SP. Ciência e agrotecnologia, 29(1): 168-176, 2005.

Conolly PC. 1997. Tanque-rede, porque, onde e como implantar, p. 1-10. In: VI Reunião Anual do Instituto de Pesca de Santos.

Frasca-Scorvo CMD, Scorvo-Filho JD, Alves JMC. Manejo alimentar em tanque-rede. Pesquisa & Tecnologia, 10(2): 1-7, 2013.

IBGE (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA). Censo Agropecuário 2006. Disponível em: <http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/51/agro_2006.pdf>. Acesso em: 10 janeiro 2017.

IBGE (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA). 2010. Censo Demográfico: 2010. Disponível em: <http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/94/cd_2010_religiao_deficiencia.pdf>. Acesso em: 10 janeiro 2017.

ICMBio (INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE). 2008. Plano de Manejo da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns. Disponível em: <http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/imgs.../P_Manejo_TapArap_24nov08.pdf>. Acesso em: 10 janeiro 2017.

Kassam L, Subasinghe R, Phillips M. 2011. Aquaculture farmer organizations and cluster management: concepts and experiences. FAO. 90p. Disponível em: < http://www.fao.org/docrep/014/i2275e/i2275e.pdf>. Acesso em: 12 dezembro 2016.

Kubitza F. 1998. Qualidade da água na produção de peixes: parte 2. Disponível em: <http://www.escolasantaclara.com.br/files/207-panorama-da-aquicultura-qualidade-de-agua-parte.pdf>. Acesso em: 10 janeiro 2017.

Kubitza F. 2007. A versatilidade do sal na piscicultura. Disponível em: <http://www.recolast.com.br/piscicultura/artigos/uso_sal_piscicultura.pdf>. Acesso em 17 fevereiro de 2017.

Medeiros FC. Projeto socioprodutivo de manejo, produção e comercialização de peixes no Parque Aquícola Breu Branco III. Projeto básico. 2013. Relatório Técnico. 110p. Disponível em: <http://www.iicabr.iica.org.br/wp-content/uploads/2014/03/P-II-Francisco_Chagas.pdf>. Acesso em: 15 janeiro 2017.

Pestana D, Pie MR, Pilchowski RW. 2007. Organização e administração do setor para o desenvolvimento da aquicultura, p. 160-168. In: Ostrensky A, Borghetti JR, Soto D (orgs.). Estudo setorial para consolidação de uma aquicultura sustentável no Brasil. 313p.

Santos IAF, Sieber SS, Falcon DR. Piscicultura de base familiar como estratégia para o desenvolvimento rural: experiências no estado de Pernambuco. Revista Extensão Rural, 21(1): 9-26, 2014.

Silva FNL, et al. Alimentos alternativos da agricultura familiar como proposta em rações para Tambaqui (Colossoma macropomum Cuvier, 1818). Pubvet, 11(2): 103-112, 2017.

Silva JAM, Filho MP, Oliveira-Pereira MI. Frutos e sementes consumidos pelo Tambaqui, Colossoma macrompum (Cuvier, 1818) incorporados em rações: digestibilidade e velocidade de trânsito pelo trato gastrointestinal. Revista Brasileira Zootecnia, 32(6): 1815-1824, 2003.

Souza Filho J, Schappo CL, Tamassia STJ. Custo de produção de peixes de água doce. ICEPA/Epagri, 2003. 40 p.

Souza RA, Padua DMC, Oliveira RPC, Maia TCB. Análise econômica da criação de tambaqui em tanques-rede: estudo de caso em assentamento da reforma agrária. Custos e agronegócio on line, 10(1): 253-268, 2014.

Trombeta TD, Trombeta RD, Mattos BO. 2011. Cultivo de Tilápias em Tanques-Rede. IABS - Instituto Ambiental Brasil Sustentável/ Governo do Estado de Alagoas/ Seagri - Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Agrário. 51p.

#paratodosverem: A capa da revista traz duas mãos abertas que seguram uma semente de andiroba partida ao meio. No chão, folhas secas de palmeiras. O destaque está nas mãos, mas é possível ver que a pessoa usa calça escura e camisa vermelha e azul. A autoria da foto é de Michelliny Pinheiro de Matos Bentes. Na parte superior da capa, a logomarca da revista BioBrasil. Na parte inferior, à esquerda, está o título da edição (Edição Temática: Manejo Comunitário de Recursos Naturais), seguido das informações: Ano 12, Número 5, 2022. Do outro lado, mais à direita da página, também na parte de baixo, há uma lista com o nome dos editores da seção: Ana Luiza Violato Espada, /IFT; Bruna De Vita Silva Santos, ICMBio; Cristiane Ramscheid Figueiredo, ICMBio; Dárlison Fernandes Carvalho de Andrade, ICMBio; João Ricardo Vasconcellos Gama, UFOPA; Lúcia Helena de Oliveira Wadt, Embrapa Rondônia; Shoana Humphries, Green Value; Silvia Carla Galuppo, ICMBio.

Downloads

Publicado

2022-11-01

Edição

v. 12 n. 5 (2022): Manejo Comunitário de Recursos Naturais em Unidades de Conservação

Seção

Manejo Comunitário de Recursos Naturais em Unidades de Conservação

Licença

Copyright (c) 2022 Biodiversidade Brasileira - BioBrasil

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.

Os artigos estão licenciados sob uma licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0). O acesso é livre e gratuito para download e leitura, ou seja, é permitido copiar e redistribuir o material em qualquer mídia ou formato.