Potencial da ciência cidadã para o monitoramento dos impactos do uso público em um cenário de avanço das concessões

Autores

  • Victor Eduardo Lima Ranieri Universidade de São Paulo/USP, Escola de Engenharia de São Carlos/EESC, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Engenharia Ambiental/PPG-SEA, São Carlos/SP, Brasil https://orcid.org/0000-0002-9203-5037
  • Gabriela Francisco Pegler Universidade de São Paulo/USP, Escola de Engenharia de São Carlos/EESC, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Engenharia Ambiental/PPG-SEA, São Carlos/SP, Brasil
  • Gabrielle Abreu Nunes Universidade de São Paulo/USP, Escola de Engenharia de São Carlos/EESC, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Engenharia Ambiental/PPG-SEA, São Carlos/SP, Brasil
  • Moema Pauline Barão Septanil Universidade de São Paulo/USP, Escola de Engenharia de São Carlos/EESC, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Engenharia Ambiental/PPG-SEA, São Carlos/SP, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v12i3.1935

Palavras-chave:

Monitoramento participativo, impactos ambientais, parcerias, iniciativa privada, participação pública

Resumo

As concessões de serviços de apoio à visitação em áreas protegidas têm a intenção de proporcionar uma experiência de melhor qualidade aos visitantes, contornando problemas como a escassez de recursos financeiros e tornando viável a conservação a longo prazo. Identificar e monitorar os impactos negativos decorrentes do uso público nas áreas protegidas, estejam elas sob concessão ou não, é essencial para assegurar a qualidade ambiental desejada. Esse tema é explicitamente presente em poucos editais de concessão de unidades de conservação federais brasileiras e, mesmo quando aparece, não há menção sobre oportunidades de envolvimento de visitantes ou da comunidade local no monitoramento. Considerando que essa atividade é geralmente realizada apenas por profissionais especializados, este artigo busca apresentar os potenciais benefícios e oportunidades da ciência cidadã para o monitoramento de impactos do uso público em unidades de conservação sob concessão. A literatura e os documentos oficiais evidenciam a importância da participação da sociedade na gestão da visitação, e o engajamento dos cidadãos no monitoramento dos impactos é um exemplo de como essa participação pode ocorrer. Iniciativas envolvendo ciência cidadã em áreas protegidas demonstram diversos aspectos positivos como, por exemplo, o maior interesse dos voluntários pelas questões ambientais, o aumento na quantidade de dados disponíveis e a otimização do tempo e dos recursos. Assim, consideramos promissora a ideia de adotar como diretriz para os contratos de concessão a incorporação da abordagem da ciência cidadã de forma estratégica no monitoramento dos impactos ambientais da visitação. 

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Publicado

2022-04-01

Edição

Seção

Gestão do Uso Público: Turismo e Lazer em Áreas Protegidas