Trajetória e perspectivas do turismo com cavalos-marinhos no Parque Nacional de Jericoacoara, Ceará

Autores

  • Jerônimo Carvalho Martins Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Brasil
  • Alessandra Fontana Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Brasil
  • Rosana Beatriz Instituto Hippocampus, Brasil https://orcid.org/0000-0001-5610-7948
  • Marcelo Derzi Vidal Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Brasil https://orcid.org/0000-0002-9434-7333

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v12i3.1988

Palavras-chave:

Áreas Protegidas, Educação Ambiental, Fauna Silvestre, Uso Público

Resumo

Este trabalho apresenta resultados da parceria entre o Parque Nacional de Jericoacoara/ CE e o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Sociobiodiversidade Associada a Povos e Comunidades Tradicionais para caracterização e manejo do turismo com cavalos-marinhos realizado no Parque desde 2006, com vistas ao ordenamento desta atividade e sua adequação às normativas internas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. No desenvolvimento do trabalho foi realizado o resgate histórico dessa atividade no Parque e oficinas de capacitação dos condutores de visitantes que nela atuam. Dentre os resultados alcançados estão: o diagnóstico da atividade, a capacitação dos condutores e intercâmbio de informações entre diferentes setores envolvidos, verificando-se a necessidade de sua requalificação. Conclui-se que é necessário que o ordenamento do turismo com cavalos-marinhos no Parque continue a ocorrer de forma participativa e pautado nos instrumentos de gestão da unidade, trazendo novas perspectivas para seu desenvolvimento e contribuindo para que ele ocorra de acordo com a sustentabilidade socioambiental.  

Referências

Boo EO. 2001. Planejamento ecoturístico para áreas protegidas. In: Lindberg K.; Hawkins DE. (orgs.). Ecoturismo: um guia para planejamento e gestão, p. 31-57. São Paulo: Editora Senac. 292p.

Brasil. 2009. Programa de Qualificação a Distância para o Desenvolvimento do Turismo: Curso de Segmentação do Turismo. Florianópolis: MTur/SEAD/UFSC. 312p.

Curtin S. Wildlife tourism: The intangible, psychological benefits of human-wildlife encounters. Current Issues in Tourism, 12(5): 451-474, 2009. https://doi. org/10.1080/13683500903042857

Drummond MS. Técnicas e Ferramentas Participativas para a Gestão de Unidades de Conservação. Realização Programa Áreas Protegidas da Amazônia-ARPA e Cooperação Técnica Alemã-GTZ. Brasília: MMA, 2009.

Duffus DA, Dearden P. Recreational use, valuation, and management of killer whales (Orcinus orca) on Canada's Pacific coast. Environmental Conservation, 20(2), 149-156, 1993. https://doi.org/10.1017/ s0376892900037656 Gasparini JL et al. Marine Ornamental Trade in Brazil. Biodiversity and Conservation, 14: 2883-2899, 2005. https://doi.org/10.1007/s10531-004-0222-1

IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. 2011. Proposta de Plano Nacional de Gestão para o uso sustentável de Cavalos-Marinhos do Brasil. 104p.

ICMBio - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. 2011. Plano de Manejo do Parque Nacional de Jericoacoara. Encarte 4 - Planejamento. Acesso em: 29/04/2021.

ICMBio. Relatório Consolidado do Processo Participativo de Elaboração da Portaria Institucional de Regulamentação das Atividades de Condutores de Turismo e Canoeiros do Passeio Ecológico do Cavalo-Marinho no Parque Nacional de Jericoacoara. Processo SEI 02070.003133/2015-24. 2015. Acesso em 19/04/2021.

ICMBio. Portaria n. 579 de 11 de outubro de 2017. Estabelece normas e procedimentos para o cadastramento e a autorização de uso para o exercício das atividades comerciais de condução de visitantes e condução embarcada de visitantes para o passeio ecológico do cavalo-marinho no Parque Nacional de Jericoacoara. Diário Oficial da União, Seção 1, P. 79- 80. 11/10/2017.

ICMBio - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. 2019. Visitação em Parques Nacionais bate novo recorde em 2018. . Acesso em: 25/04/2021.

ICMBio - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. ROVUC - Rol de Oportunidades de Visitação em Unidades de Conservação. Brasília: ICMBio, 2018. Acesso em 20/03/2021.

Instituto Hippocampus. Nota Técnica nº PH02-18. Estudo de parâmetros populacionais do cavalomarinho Hippocampus reidi no Parque Nacional de Jericoacoara, CE. Ipojuca, 2018. 13p.

Mittermeier RA, Robles GP, Mittermeier CG. 1997. Megadiversity: Earth's biologically wealthiest nations. Mexico City: CEMEX/Agrupación Sierra Madre. 501p.

Mittermeier RA et al. Uma breve história da conservação da biodiversidade no Brasil. Megadiversidade, 1(1): 14-21, 2005.

MMA - Ministério do Meio Ambiente. Portaria nº 444, Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção. Diário Oficial da União 245: 121-126, 2014.

MTur - Ministério do Turismo. Ecoturismo: orientações básicas. / Ministério do Turismo, Secretaria Nacional de Políticas de Turismo, Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico, Coordenação Geral de Segmentação. 2. ed. Ministério do Turismo, 2010.

Nakamura M, Nishida T. Chimpanzee tourism in relation to the viewing regulations at the Mahale Mountains National Park, Tanzania. Primate Conservation, 24, 85- 90, 2009. https://doi.org/10.1896/052.024.0106

Newsome D, Dowling R & Moore S. 2005. Wildlife Tourism. Clevedon: Channel View tions. 299p.

Orams MBA conceptual model of tourist-wildlife interaction: The case for education as a management strategy. Australian Geographer, 27(1), 39-51, 1996. https://doi.org/10.1080/00049189608703156

Orams MB. Feeding wildlife as a tourism attraction: issues and impacts. Tourism Management, 23(3), 281-293, 2002. https://doi.org/10.1016/S0261- 5177(01)00080-2

Reynolds PC, Braithwaite D. Towards a conceptual framework for wildlife tourism. Tourism Management, 22(1): 31-42, 2001. https://doi.org/10.1016/s0261- 5177(00)00018-2

Romagnoli FC. 2009. Interpretação ambiental e envolvimento comunitário: ecoturismo como ferramenta para a conservação do boto-vermelho, Inia geoffrensis. Dissertação (Mestrado em Biologia de Água Doce e Pesca Interior). Universidade Federal do Amazonas.

Rosa IL et al. Dados populacionais de cavalos-marinhos Hippocampus reidi Ginsburg, 1933 (Teleostei: Syngnathidae) capturados para fins de aquarismo no Nordeste do Brasil. Boletim Técnico Científico do CEPENE 13(1): 25-38, 2005.

UNEP & UNWTO - United Nations Environment Program & United Nations World Tourism Organization. Making Tourism More Sustainable. A Guide for Policy Makers. 2005. Disponível em Acesso em 30/11/2021.

UNWTO - United Nations World Tourism Organization. Ecotourism and Protected Areas. 2002 Disponível em . Acesso em 20/03/2021>

Vidal MD. Botos e turistas em risco. Ciência Hoje, 47(281): 73-75, 2011.

Vidal MD et al. Ordenamento participativo do turismo com botos no Parque Nacional de Anavilhanas, Amazonas, Brasil. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi Ciências Naturais, 12(1): 23-36, 2017.

Vidal MD et al. Percepción de habitantes locales sobre los impactos socioeconómicos y conservacionistas del turismo con botos en el Parque Nacional de Anavilhanas, Brasil. Estudios y Perspectivas en Turismo, 28: 802-817, 2019.

Vidal MD et al. Challenges and advances in the planning of tourism with Amazon River dolphins in the Brazilian Amazon, p. 1-16. In: Khan, S. A. R. (Org.). Tourism. London: IntechOpen, 2020. https://doi.org/10.5772/ intechopen.93894

Downloads

Publicado

2022-04-01

Edição

Seção

Gestão do Uso Público: Turismo e Lazer em Áreas Protegidas