Conceitos do manejo integrado do fogo para promoção e estabilização de ecossistemas resilientes

Autores

  • Daniel Almeida Rocha ONG Brigada 1 (B1), Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB), Minas Gerais, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v9i1.1161

Palavras-chave:

Manejo integrado do fogo, queima prescrita, enriquecimento florestal, restauração florestal, Regeneração natural

Resumo

O fogo é um elemento de transformação e modelagem dos ambientes naturais, utilizado como ferramenta de manejo pelo homem há milhares de anos. O seu uso de forma controlada é indicado, e tem sido defendido por especialistas, para regiões limítrofes às áreas protegidas contendo vegetação nativa sob pressão antrópica. Implementar ações preventivas de manejo de fogo, em contraponto aos onerosos esforços para eliminação do mesmo em áreas a serem preservadas, corrobora para minimizar as desastrosas consequências de eventuais incêndios. Esta situação ocorre porque a biomassa vegetal maneja é reduzida e forma um mosaico de descontinuidade de combustível que, sendo principalmente espécies exóticas invasoras, altera regimes de fogo, a composição e o funcionamento de ecossistemas. Dentre diferentes tipos de queima, destacam-se as queimas controlada e prescrita. Esta caracteriza-se pelo uso planejado, monitorado e controlado do fogo, realizado para fins de conservação, de pesquisa ou manejo, com objetivos pré-definidos em plano de Manejo Integrado do Fogo (MIF). Suas ações estão relacionadas ao uso de queimas prescritas ou controladas e à prevenção e ao combate a incêndios florestais, com o propósito de reduzir as emissões de material particulado e gases, conservar a biodiversidade e minimizar a severidade de incêndios futuros. Este trabalho pretende analisar uma experiência de restauração de matas nativas do Parque Estadual Serra do Rola Moça (PESRM) através da regeneração natural e também do uso de técnicas de enriquecimento florestal, comparando o custo benefício dos métodos. Para a consecução dessa experiência, será implementado o MIF em áreas com grande presença de gramíneas exóticas invasoras, definido a largura das faixas de expansão da mata nativa e realizadas queimas prescritas ao redor desta vegetação que será selecionada via tratamento de imagens de satélite e conferência em campo das características fitogeográficas. Ademais, haverá coleta e dispersão de sementes da vegetação nativa, produção e plantio de mudas e instalação de poleiros de atração da ornitofauna como técnicas de enriquecimento florestal. Propõe-se, assim, a partir dos resultados e registros obtidos, definir um cronograma para atuação continuada dos envolvidos, buscando possibilitar maior resiliências dessas matas nativas do PESRM e, com isso, fortalecer a regeneração natural das mesmas.

Biografia do Autor

Daniel Almeida Rocha, ONG Brigada 1 (B1), Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB), Minas Gerais, Brasil.

Presidente e Instrutor de Formação de Brigadistas de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais da ONG Brigada 1

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Publicado

2019-05-15