Conceitos do manejo integrado do fogo para promoção e estabilização de ecossistemas resilientes
DOI:
https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v9i1.1161Palavras-chave:
Manejo integrado do fogo, queima prescrita, enriquecimento florestal, restauração florestal, Regeneração naturalResumo
O fogo é um elemento de transformação e modelagem dos ambientes naturais, utilizado como ferramenta de manejo pelo homem há milhares de anos. O seu uso de forma controlada é indicado, e tem sido defendido por especialistas, para regiões limítrofes à s áreas protegidas contendo vegetação nativa sob pressão antrópica. Implementar ações preventivas de manejo de fogo, em contraponto aos onerosos esforços para eliminação do mesmo em áreas a serem preservadas, corrobora para minimizar as desastrosas consequências de eventuais incêndios. Esta situação ocorre porque a biomassa vegetal maneja é reduzida e forma um mosaico de descontinuidade de combustível que, sendo principalmente espécies exóticas invasoras, altera regimes de fogo, a composição e o funcionamento de ecossistemas. Dentre diferentes tipos de queima, destacam-se as queimas controlada e prescrita. Esta caracteriza-se pelo uso planejado, monitorado e controlado do fogo, realizado para fins de conservação, de pesquisa ou manejo, com objetivos pré-definidos em plano de Manejo Integrado do Fogo (MIF). Suas ações estão relacionadas ao uso de queimas prescritas ou controladas e à prevenção e ao combate a incêndios florestais, com o propósito de reduzir as emissões de material particulado e gases, conservar a biodiversidade e minimizar a severidade de incêndios futuros. Este trabalho pretende analisar uma experiência de restauração de matas nativas do Parque Estadual Serra do Rola Moça (PESRM) através da regeneração natural e também do uso de técnicas de enriquecimento florestal, comparando o custo benefício dos métodos. Para a consecução dessa experiência, será implementado o MIF em áreas com grande presença de gramíneas exóticas invasoras, definido a largura das faixas de expansão da mata nativa e realizadas queimas prescritas ao redor desta vegetação que será selecionada via tratamento de imagens de satélite e conferência em campo das características fitogeográficas. Ademais, haverá coleta e dispersão de sementes da vegetação nativa, produção e plantio de mudas e instalação de poleiros de atração da ornitofauna como técnicas de enriquecimento florestal. Propõe-se, assim, a partir dos resultados e registros obtidos, definir um cronograma para atuação continuada dos envolvidos, buscando possibilitar maior resiliências dessas matas nativas do PESRM e, com isso, fortalecer a regeneração natural das mesmas.
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