Procedimentos no uso de drones para validar a detecção de queimadas por satélites

Autores

  • Fabiano Morelli Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) - Programa Queimadas, São José dos Campos-SP/Brasil
  • Heber Passos Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) - Programa Queimadas, São José dos Campos-SP/Brasil
  • Joana Nogueira Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Programa Queimadas, São José dos Campos-SP, Brazil.
  • Marcelo Romão Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) - Programa Queimadas, São José dos Campos-SP/Brasil
  • Guilherme Martins Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) - Programa Queimadas, São José dos Campos-SP/Brasil
  • Alberto Setzer Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) - Programa Queimadas, São José dos Campos-SP/Brasil
  • Wilfrid Schroeder NOAA/NESDIS, USA

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v9i1.1237

Palavras-chave:

Sensor termal, queimada experimental, validação, fogo, drone, calibração

Resumo

Os incêndios florestais destroem anualmente extensas áreas de vegetação, causando grandes prejuízos ambientais e econômicos. Muitos produtos derivados das observações de satélites têm sido utilizados para monitorar eventos de fogo. No Brasil, o Programa Queimadas/INPE desenvolve aplicações para o monitoramento operacional diário dos focos de queimadas detectados por satélites. Estas detecções são obtidas com medidas de diferentes sensores, os quais requerem algoritmos específicos e parâmetros de calibração. O uso de sensor termal acoplado em drone permite obter parâmetros com resolução espacial adequada. Porém, ainda não existem rotinas definidas para a obtenção dessas medidas. O objetivo deste trabalho é propor um protocolo de procedimentos para o uso de drone com sensor termal em experimentos de validação da detecção de focos de calor, obtidos por satélites. Com base na experiência de campo, para realizar os experimentos é necessário ter apoio de Brigadistas, instruir as equipes com procedimentos de segurança e: i) solicitar autorização para os voos, no sistema SARPAS/DECEA; ii) verificar as condições meteorológicas (cobertura de nuvens, velocidade e direção do vento, etc); iii) determinar o tamanho da área de queima, que é inversamente proporcional à resolução espacial do sensor do satélite de interesse; iv) definir a altura do posicionamento do drone, em função da dimensão da área escolhida e do campo de visão do sensor, e; v) determinar a sequência do horário do acionamento do drone, do início da queima e do imageamento do satélite sobre o local. Para obter as medidas termais com qualidade é necessário: i) iniciar o fogo com antecedência, para tentar alcançar temperaturas elevadas durante o imageamento pelo satélite sobre o local de interesse; ii) considerar o tempo para estabilização do drone e início da aquisição dos dados termais, antes e depois do ápice da passagem do satélite, e; iii) após a passagem do satélite, utilizar o drone para realizar as medidas da temperatura do entorno (raio = ~200m), obtendo referência da temperatura nas áreas circunvizinhas. Este protocolo visa a padronização dos experimentos, para aprimorar os algoritmos de detecção e proporcionar melhorias nos produtos apresentados no banco de dados do Programa Queimadas.

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Publicado

2019-05-15

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