Identificação macroscópica e microscópica das madeiras do Parque Nacional do Itatiaia

chave interativa desenvolvida em software livre

Autores

  • Thaís Feirreira Siston Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro/JBRJ, Rio de Janeiro/RJ, Brasil.
  • Arno Fritz das Neves Brandes Universidade Federal Fluminense.
  • Leonardo Bona Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro/JBRJ, Rio de Janeiro/RJ, Brasil.
  • Gláucia Crispim Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro/JBRJ, Rio de Janeiro/RJ, Brasil.
  • Alessandra Voigt Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro/JBRJ, Rio de Janeiro/RJ, Brasil.
  • Claudia Franca Barros Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro/JBRJ, Rio de Janeiro/RJ, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v10i2.1460

Palavras-chave:

Xper3, anatomia da madeira, unidade de conservação

Resumo

O Parque Nacional do Itatiaia (PARNA do Itatiaia), mais antigo do Brasil, foi criado em 1937 e sua relação com o Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro é bastante antiga, com muitas pesquisas em desenvolvimento nas mais diferentes áreas de atuação da botânica, dentre elas as pesquisas em anatomia da madeira. Esse trabalho tem por objetivo estudar a macro e microscopia de madeiras de árvores desta unidade de conservação visando à criação de chaves interativas em software livre. Foram descritas treze espécies: Cabralea canjerana, Clethra scabra var. reticulata, Croton floribundus, Croton vulnerarius, Dalbergia variabilis, Guatteria candolleana, Jacaranda caroba, Leucochloron incuriale, Lonchocarpus sericeus, Machaerium nyctitans, Peltophorum vogelianum, Senna multijuga e Vitex taruma. Algumas descrições foram adicionadas, outras oriundas da base de espécies do Laboratório de Botânica Estrutural do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, totalizando 41 espécies para a chave macroscópica e 61 espécies para a chave microscópica. As descrições anatômicas seguiram metodologia usual para estudos dessa natureza. As chaves interativas foram desenvolvidas no software Xper3 e contaram com a inserção de 106 caracteres macroscópicos e 221 caracteres microscópicos, devidamente ilustrados e hospedadas no site da Universidade Federal Fluminense (UFF), disponível em: <http://gbg.sites.uff.br/lamad/>. Essas chaves são as primeiras das para o bioma Mata Atlântica e permitirão a identificação das árvores do PARNA do Itatiaia a partir de sua madeira, divulgar a diversidade de árvores da unidade de conservação e a formação de recursos humanos em biodiversidade.

Referências

Barros, C.F. & Coradin, V.T.R. 2015. Redes de Herbários e Herbários Virtuais do Brasil. In: 66º Congresso Nacional de Botânica. UNISANTA Bioscience vol. 4 - nº 7 - Edição Especial (2015).

Barros, C.F.; Callado, C.H.; Cunha, M.; Ferreira, M.L.M.; Tamaio, N. Marquete & O. Costa, C.G. 2008. Madeiras da Mata Atlântica: anatomia do lenho de espécies ocorrentes nos remanescentes florestais do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Vol. III, Pp.103.

Barros, C.F.; Callado, C.H.; da Cunha, M.; Marcon-Ferreira, M.L.; Tamaio, N.; Marquete, O.; Costa, C.G. Madeiras da Mata Atlântica - Anatomia do lenho de espécies ocorrentes nos remanescentes florestais do estado do Rio de Janeiro - Vol.III. 1. ed. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2008. v. 5. 100p .

Brandes, A.F.N. & Barros, C.F. 2008. Anatomia do lenho de oito espécies de lianas da família Leguminosae ocorrentes na Floresta Atlântica. Acta Botanica Brasílica (Impresso), v. 22, p. 465-480;

Brandes, A.F.N.; Lisi, C.S.; Barros, C.F. 2011. Dendrochronology of lianas of the Leguminosae family from the Atlantic Forest, Brazil. Trees (Berlin. Print), v. 25, p. 133-144.

Brasil 2000. Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, § 1º, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências. Diário Oficial da União. <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9985.htm> (Acesso em 15/03/2016)

Brasil, 1990. Decerto nº 99.547, de 25 de setembro de 1990. Dispõe sobre a vedação do corte, e da respectiva exploração, da vegetação nativa da Mata Atlântica, e dá outras providências. Diário Oficial da União. <https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1990/decreto-99547-25-setembro-1990-339012-publicacaooriginal-1-pe.html> (Acesso em 21/4/2014)

Brasil, 2006. Lei nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006. Dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, e dá outras providências. Diário Oficial da União. <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11428.htm> (Acesso em 15/03/2016)

Camargo, J.A.A.; Coradin, V.T.R.; Czarneski, C.M.; Oliveira, D.de & Meguerditehian, I. 2001. Catálogo de árvores do Brasil. Instituto Brasileiro do meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Laboratório de Produtos Florestais. Brasilia: Ed. IBAMA, 2001. 896p.

Campanili, Maura & Schaffer, Wigold Bertoldo (orgs.). 2010. Mata Atlântica: patrimônio nacional dos brasileiros / Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Biodiversidade e Florestas. Núcleo Mata Atlântica e Pampa. Brasília: MMA. pp. 408.

CNUC/MMA. Consulta por UC: Parque Nacional do Itatiaia. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/areas-protegidas/cadastro-nacional-de-ucs/consulta-por-uc>. (Acesso em 21/4/2014)

Coradin, V.T.R.; Camargos, J.A.A.; Pastore, T.C.M.; Christo, A.G. 2010. Madeiras comerciais do Brasil: chave interativa de identificação baseada em caracteres gerais e macroscópicos. (Desenvolvimento de material didático ou instrucional - Chave eletrônica). Disponível em: <http://www.florestal.gov.br/publicacoes/tecnico-cientifico-lpf/madeiras-comerciais-do-brasil-chave-interativa-de-identificacao-baseada-em-caracteres-gerais-e-macroscopicos>. (Acesso em 15/11/2013)

Cunha Mello, E. 1950. Estudo dendrológico de essências florestais do Parque Nacional de Itatiaia e os caracteres anatômicos de seus lenhos. Boletim do Parque Nacional do Itatiaia, Ministério da Agricultura Serviço Florestal, N.2. Pp. 172.

Dallwitz, M. & Pankhurst, R. 1988. DELTA Newsletter 1. Originally published in hard copy. This reformatted electronic version is available at http://delta-intkey.com.

Dormont, E.E.; Boner, M.; Braun, B.; Breulmann, G.; Degen, B.; Espinoza, E.; Gardner, S.; Guillery, P.; Hermanson, J.C.; Kock, G.; Lee, S.L.; Kanashiro, M.; Rimbawanto, A.; Thomas, D.; Wiedenhoeft, A.; Yin, Y.; Zahnen, J. & Lowe, A.J. Forensic timber identification: It`s time to integrate disciplines to combat ilegal logging. Biological Conservation 191 (2015) 790-798.

Espírito Santo, F.S.; Siqueira, A.A. & Rapini, A. 2013. Chave interativa para a identificação das espécies da Aliança Tabebuia (Bignoniaceae) no estado da Bahia, Brasil. Biota Neotrop., vol. 13, no. 3.

Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ >. (Acesso em 16/10/2019)

Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ >. (Acesso em 11/7/2016)

Forzza, R.C.; Baumgratz, J.F.A.; C.E.M. Bicudo; Canhos, D.A.L.; Carvalho Júnior., A.A.; Nadruz Coelho, M.A.; Costa, A.F.; Costa, D.P.; Hopkins, M.G.; Leitman, P.M.; Lohmann, L.G.; Lughadha, E.N; Maia, L.C.; Martinelli, G.; Menezes, M.; Morim, M.P.; Peixoto, A.L.; Pirani, J.R.; Prado, J.; Queiroz, L.P.; Souza, S.; Souza, V.C.; Stehmann, J.R.; Sylvestre, L.S.; Walter, B.M. T. & Zappi. D.C. 2012. New Brazilian Floristic List Highlights Conservation Challenges. BioScience. January 2012 / Vol. 62. No. 1

Fundação SOS Mata Atlântica Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 2018. Atlas Dos Remanescentes Florestais Da Mata Atlântica Período 2016-2017 Relatório Técnico. Disponível em: <http://mapas.sosma.org.br/site_media/download/Atlas_Mata_Atlantica_2016-2017_relatorio_tecnico_2018_final.pdf>. (Acesso em 17/10/2019)

IAWA Committee. 1989. IAWA List of Microscopic Features for Hardwood Identification. IAWA Bull. 10(2): 219-332.

ICMBio. PARNA do Itatiaia. Disponível em: <http://www.icmbio.gov.br/portal/biodiversidade/unidades-de-conservacao/biomas-brasileiros/mata-atlantica/unidades-de-conservacao-mata-atlantica/2181-parna-do-itatiaia.html>. (Acesso em 21/4/2014)

ICMBiob. Unidades de Conservação: Mata Atlântica. Disponível em: <http://www.icmbio.gov.br/portal/biodiversidade/unidades-de-conservacao/biomas-brasileiros/mata-atlantica/unidades-de-conservacao-mata-atlantica>. (Acesso em 19/4/2014)

Instituto De Pesquisas Tecnológicas Do Estado De São Paulo - IPT Fichas de Características das Madeiras Brasileiras. 2ª ed. São Paulo: IPT, 1989a. 418p.

Jardim Botânico do Rio de Janeiro: 1808-2008 / [Organizado por] Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro. - Rio de Janeiro, 2008. 250p.: il.

JBRJ - Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jabot - Banco de Dados da Flora Brasileira. Disponível em: [http://www.jbrj.gov.br/jabot]. (Acesso em 12/10/2016)

Ministério do Meio Ambiente 2008. Instrução Normativa nº. 6, de 23 de setembro de 2008. Diário Oficial da União. Disponível em: . (Acesso em 11/6/2016)

Mittermeier, R.A.; Gil, R. P.; Hoffman M.; Pilgrim, Brooks, J.T.; Mittermeier, C. G.; Lamoreux, J.; and Fonseca, G.A.B. 2005. Hotspots revisited: Earth's biologically richest and most endangered terrestrial ecoregions. Boston: University of Chicago Press. 392 p.

Moreira, F.G.L. 2017. Chave de identificação interativa para as espécies da ordem gentianales em um fragmento de mata atlântica no campus central-ufrn.

Myers, N.; Mittermeier, R.A; Mittermeier, C.G.; Da Fonseca, G.A.B. et Kent, J. 2000. Biodiversity hotspots for conservation priorities. Nature. vol. 403: 853-858.

Ribeiro, M.C., Martensen, A.C.; Metzger, J.P.; Tabarelli, M.; Scarabo, F. & Fortin, M.J. 2011. The Brazilian Atlantic Forest: a shrinking biodiversity hotspot. pp. 405-434. In: Zachos, F.E. & Habel, J.C. (Eds.). Biodiversity Hotspots: distribuition and protection of conservation priority areas. Heidelbelberg, Springer.

Rodrigues, C.G.O.; Tomzhinski, G.W.; Irving, M.A.; Correa, F.V. 2013. Parque Nacional do Itatiaia: o primeiro parque nacional do Brasil. In: Marta de Azevedo Irving; Frances Vivian Corrêa; Andréa Curi Zarattini. (org.). Parques Nacionais do Rio de Janeiro: desafios para uma gestão social da biodiversidade. 1ed. Rio de Janeiro: Letra e Imagem, p. 79-108.

Ruffinatto, F.; Crivellaro, A & Wiedenhoeft, A.C. 2015. Macroscopic wood features list. IAWA Journal 36 (2), 2015.

Scarano, F.R. & Ceotto, P. 2015. Brazilian Atlantic forest: impact, vulnerability, and adaptation to climate change. Biodivers Conserv (2015) 24:2319-2331.

Silva Neto, S.J. & AVILA JR., R. S. Uma nova espécie de Randia (Rubiaceae, Gardenieae) para o estado do Rio de Janeiro, Brasil. Rodriguesia, v. 58 (4), p. 739-742, 2007.

SOS Mata Atlântica Online. Disponível em: <https://www.sosma.org.br/artigo/qual-e-area-de-cobertura-da-mata-atlantica/>. (Acesso em 16/10/2019)

Vergne, M.C.. 2014. Chave de identificação interativa de mútiplas entradas para espécies da família Lauraceae da Reserva Natural Vale, Linhares-ES / Matheus Carvalho Vergne. - Rio Claro, 2014 77 f. : il., figs., gráfs., fots., mapas, plant.

Wolowski, Marina; Freitas, L. 2015. Biologia reprodutiva e interações planta-polinizador no Parque Nacional do Itatiaia. Boletim do Parque Nacional do Itatiaia, v. 20, p. 1, 2015.

Downloads

Publicado

2020-08-12

Edição

Seção

Diálogos entre a Academia e a Gestão de Áreas Protegidas: Programa de Pós-Graduação Profissional