Uso público em áreas protegidas estaduais em Santa Catarina, Brasil
o olhar dos gestores e contribuições para o manejo
DOI:
https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v12i3.1890Palavras-chave:
Visitação , parques estaduais, reservas biológicas, turismoResumo
Gestores de áreas protegidas devem preocupar-se com as várias atividades ligadas ao uso público: visitação, pesquisas científicas e provisão de serviços ecossistêmicos. Porém, tais gestores seriam capazes de perceber as relações entre uso público e conservação? E qual é o nível de conhecimento que esses gestores têm sobre o assunto? Considerando essas questões, este estudo objetiva analisar a percepção dos gestores e gestoras das unidades de conservação (UCs) de proteção integral geridas pelo governo do estado de Santa Catarina, Brasil, quanto à relação entre o uso público e a conservação dessas áreas. Para tanto, utilizamos formulários online para descobrir a opinião de dez gestores de áreas protegidas estaduais (representando 100% das áreas protegidas de proteção integral administradas em nível estadual). Todos os participantes concordaram que os diferentes tipos de uso público têm grande importância para a conservação dessas áreas e entendem o que cada tipo de uso público significa e sua importância para parques e reservas; mas, também concordam ser necessária uma maior dade sobre o assunto. Isso é fundamental para ajudá-los a decidir sobre as melhores alternativas para o manejo, por exemplo: aumentar a visitação ou cobrar por serviços ecossistêmicos prestados. Por fim, formulários online podem ser utilizados em outras pesquisas sobre áreas protegidas, em complementaridade com outras ferramentas de diagnóstico já existentes.Â
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