Entomofauna edáfica associada ao cultivo de algodão transgênico no cone sul de Rondônia
DOI:
https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v14i1.2422Palavras-chave:
Organismo geneticamente modificado , Insecta , Gossypium , inimigos naturais , pragaResumo
 O estado de Rondônia estava incluído nas zonas de exclusão para o plantio do algodão geneticamente modificado. Essas áreas foram instituídas em 2005, pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), com o objetivo de preservar a variabilidade de algodoeiros não cultivados (nativos e naturalizados) de eventuais efeitos adversos decorrentes do fluxo gênico com algodoeiros geneticamente modificados. No entanto, os insetos endêmicos da região, pragas e inimigos naturais, associados ao algodoeiro geneticamente modificado, não foram levantados. Tais informações são fundamentais para a atualização de programas de manejo integrado de pragas. Desse modo, o objetivo do presente estudo foi avaliar a entomofauna associada à cultura do algodoeiro geneticamente modificado na região do Cone Sul de Rondônia, tendo como enfoque as áreas plantadas na cidade de Vilhena, auxiliando na elaboração do manejo integrado de pragas na região. Foi possível observar que a maioria dos insetos encontrados nas amostras constituem-se de inimigos naturais de pragas agrícolas ou mesmo recicladores de matéria orgânica. Tesourinhas (Labiduridae), moscas (Muscidae), abelhas (Apidae), besouros (Carabidae), moscas de carne (Sarcophagidae) e formigas (Formicidae) foram os insetos mais representativos encontrados. Observou-se que a maioria dos insetos encontrados são benéficos para o solo e para cultura, sendo importante buscar meios de controles de pragas que sejam seletivos, com o intuito de preservar essa entomofauna encontrada.
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