<b> Monitoramento participativo de caça de subsistência da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns (PA): caminhos para uma participação social efetiva </b>

Autores

  • Rafael Morais Chiaravalloti IPE - Instituto de Pesquisas Ecológicas
  • Maíra Benchimol UESC - Universidade Estadual de Santa Cruz
  • Yasmin Sampaio Reis UFPA/MPEG - Universidade Federal do Pará, Museu Paraense Emilio Goeldi
  • Clinton Jenkins IPE - Instituto de Pesquisas Ecológicas
  • Pollyana Lemos IPE - Instituto de Pesquisas Ecológicas
  • Fabiana Prado IPE - Instituto de Pesquisas Ecológicas
  • Claudio Valadares Padua IPE - Instituto de Pesquisas Ecológicas
  • Simone Tenório IPE - Instituto de Pesquisas Ecológicas
  • Cristina Tófoli IPE - Instituto de Pesquisas Ecológicas
  • Jackeline Nóbrega Spinola ICMBio - Instituto Chico Mendes de Biodiversidade
  • Rúbia Maduro IPE - Instituto de Pesquisas Ecológicas

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v8i2.765

Resumo

A atividade de caça é uma das principais causas da perda de biodiversidade. Medidas de conservação que consigam alinhar a caça à preservação de espécies ao desenvolvimento local são fundamentais. Destaca-se o monitoramento participativo da biodiversidade. Neste artigo, descrevemos o processo de construção de um protocolo de monitoramento de caça na Reserva Extrativista (RESEX) Tapajós - Arapiuns, Amazônia brasileira, e a sua avaliação após um ano de implementação. A construção do protocolo foi baseada nas diretrizes criadas para o Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade do ICMBio. Ao todo 136 pessoas participaram dos eventos de mobilização. Participantes dos eventos escolheram a caça como alvo a ser monitorado. O protocolo foi dividido em dois sub-protocolos ─ (I) avaliação do status das populações e (II) avaliação da pressão de caça sobre as populações. Dois cursos de capacitação de monitores foram realizados, 70 pessoas participaram sendo que 34 se tornaram monitores do projeto. Os sub-protocolos foram sendo implementados em nove comunidades longo de 2015, sendo que oito seguiram com a coletada de dados por mais de um ano. Em 2016, foram realizadas as primeiras oficinas de devolutivas e avaliações dos processos de monitoramento, com a participação de mais de 430 pessoas. Foi verificado que embora o monitoramento foi implementado com sucesso em oito comunidades, muitos comunitários apresentaram dúvidas sobre o processo participativo, não entendendo claramente a importância do programa. Verificamos que comunidades com um histórico maior de participação social atingiram maior sucesso e senso de pertencimento com o programa de monitoramento. Atualmente muitos programas de participação social são baseados em curtos períodos de projetos que não se alinham com a realidade local e tempo. O manejo de caça por comunidades locais pode permitir acessar o status populacional das espécies subsidiando ações de manejo participativa em Unidades de Conservação. No entanto, é que esses programas sejam parte de agendas de longo prazo. O Monitoramento Participativo da caça de RESEX Tapajós-Arapiuns é um importante ponto de partida. Embora enfrentamos algumas falhas, o modelo criado conseguiu ser incorporado por oito comunidades, com um grande potencial de avaliação e busca da sustentabilidade da caça na Amazônia

Biografia do Autor

Rafael Morais Chiaravalloti, IPE - Instituto de Pesquisas Ecológicas

Biodiversidade, uso de recursos naturais

Maíra Benchimol, UESC - Universidade Estadual de Santa Cruz

Professor Assistente Departamento de Ciências Biológicas (DCB) Laboratório de Ecologia Aplicada à Conservação (LEAC)

Clinton Jenkins, IPE - Instituto de Pesquisas Ecológicas

Biodiversidade, uso de recursos naturais

Pollyana Lemos, IPE - Instituto de Pesquisas Ecológicas

Monitoramento Parcipativo, Uso de Recursos Naturais

Fabiana Prado, IPE - Instituto de Pesquisas Ecológicas

Monitoramento Participativo, Uso de Recursos Naturais

Claudio Valadares Padua, IPE - Instituto de Pesquisas Ecológicas

Conservação da Biodiversidade

Simone Tenório, IPE - Instituto de Pesquisas Ecológicas

Conservação da Biodiversidade

Cristina Tófoli, IPE - Instituto de Pesquisas Ecológicas

Uso e conservação de recursos naturais

Jackeline Nóbrega Spinola, ICMBio - Instituto Chico Mendes de Biodiversidade

Resex Tapajós - Arapiuns

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Publicado

09/05/2023

Edição

Seção

Caça: subsídios para a gestão de unidades de conservação e manejo de espécies (v. 2)