Restauração de vegetações sensíveis queimadas em 2017 por brigadistas

Authors

  • Raphael Brigato Scheicher Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (PREVFOGO - IBAMA) e Associação Cerrado de Pé
  • Claudomiro de Almeida Cortes Associação Cerrado de Pé e Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros - ICMBio
  • Valdeci da Silva Carvalho Associação Cerrado de Pé e Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros - ICMBio
  • Aires Ferreira dos Santos Associação Cerrado de Pé e Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros - ICMBio
  • Guilherme Camargo Oliveira Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (PREVFOGO - IBAMA)
  • Augusto Avelino Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (PREVFOGO - IBAMA)

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v9i1.1423

Keywords:

Restauração, semeadura direta, sementes nativas, cerrado

Abstract

A região da Chapada dos Veadeiros faz parte da reserva da Biosfera, região de grande biodiversidade de fauna e flora e representa o berço das águas do Brasil. Com a incidência de incêndios florestais e crescimento de lavouras e monoculturas o Cerrado tem sido degradado constantemente, prejudicando o meio ambiente. Incêndios são impactantes principalmente em vegetações sensíveis como aquelas em áreas úmidas, turfeiras, e matas de galeria. Durante o grande incêndio de 2017 na região da Chapada dos Veadeiros, que queimou milhares de hectares em toda região, extensas áreas de vegetação sensível foram severamente destruídas. Para ajudar na recomposição destas áreas as brigadas do PREVFOGO realizaram a coleta de sementes e o plantio semeadura direta no território quilombola Kalunga, Cavalcante, GO. Este trabalho foi possível pela articulação de parcerias com a Associação dos Coletores de Sementes nativas do Cerrado - Cerrado de Pé, ICMBio, UnB, Rede de Sementes do Cerrado, brigadistas do PREVFOGO e território quilombola Kalunga. A técnica utilizada de restauro incluiu preparo de solo e semeadura direta de espécies nativas de árvores, gramíneas e arbustos nativos do Cerrado e característicos das vegetações queimadas. Quarenta e cinco brigadistas do PREVFOGO foram envolvidos no trabalho durante os períodos sem fogo de forma a não prejudicar os trabalhos de prevenção e combate aos incêndios. Este trabalho envolveu também a comunidade Kalunga no processo de restauração, escolhendo as áreas de plantio e ajudando nas atividades de coleta de sementes e plantio. Além dos efeitos diretos do trabalho de restauração realizado pela brigada do PREVFOGO, remediando os impactos do incêndio de 2017, este tipo de ação pode trazer outros benefícios indiretos: envolvimento da comunidade na conservação da biodiversidade, educação ambiental e a redução de conflitos.

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Published

2019-05-15