Registro de ocorrência de incêndio (ROI): evolução, desafios e recomendações

Autores/as

  • Gínia César Bontempo Universidade Federal de Viçosa/UFV, Programa de Pós-graduação em Ciência Florestal, Caixa Postal 43, Viçosa-MG, Brasil
  • Gumercindo Souza Lima Universidade Federal de Viçosa/UFV, Departamento de Engenharia Florestal
  • Guido Assunção Ribeiro Universidade Federal de Viçosa/UFV, Departamento de Engenharia Florestal
  • Sheila Maria Doula Universidade Federal de Viçosa/UFV, Departamento de Economia Rural/UFV
  • Laércio Antônio Gonçalves Jacovine Universidade Federal de Viçosa/UFV, Departamento de Economia Rural/UFV

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v1i2.108

Palabras clave:

incêndios florestais, registro de ocorrência de incêndio (ROI), unidades de conservação

Resumen

Um dos principais desafios das Unidades de Conservação (UCs) brasileiras é reduzir a ocorrência de incêndios florestais em suas áreas. Uma das estratégias usadas para isso tem sido o preenchimento do Registro de Ocorrência de Incêndio (ROI), que permite conhecer o perfil dos incêndios florestais e planejar a sua prevenção e combate. Entretanto, muitas das unidades não apresentam tais registros. Esta pesquisa teve como objetivos resgatar o histórico de criação e evolução do ROI, avaliar sua aplicabilidade e fornecer subsídios para seu melhor preenchimento e utilização por parte das UCs. Os métodos utilizados para isso foram a pesquisa bibliográfica e documental e a pesquisa de campo com aplicação de entrevista e observação não participante. A avaliação da aplicabilidade do ROI aconteceu no Parque Nacional do Caparaó, localizado nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Verificou-se que o ROI é o único registro sistematizado das ocorrências de incêndios florestais em UCs no Brasil e que ele é instrumento importante para a elaboração de estratégias regionais e nacionais para a prevenção e minimização dos incêndios. Sua constante evolução tem contribuído para a melhoria quantitativa e qualitativa dos dados disponíveis. Foram listadas 23 diferentes habilidades e competências relacionadas aos mais diversos campos das ciências naturais e sociais e 16 diferentes instrumentos e equipamentos para a obtenção correta e completa dos dados solicitados no ROI. É possível obter as informações solicitadas no ROI, desde que haja recursos humanos, capacitação e equipamentos para tal. 

Citas

Avelino, A.S.; Cunha, A.M.C.; Ramos, R.M.; Derschum, F.G.; Aires, F.S.; Gouveia, G.P. & Lopes, F.P.L. 2007. Avaliação dos registros de ocorrência de incêndios em unidades de conservação federais. p. 326-338. In: IV Simpósio Sul Americano sobre Prevenção e Combate a Incêndios Florestais. Anais do... UFV/DEF/SIF. 444p.

Biondi, D. 2009. O fogo e a paisagem. p. 215-232. In: Soares, R.V.; Nunes, J.R.S. & Batista, A.C. (eds). Incêndios florestais no Brasil - o estado da arte. UFPR. 246p.

Braga, F.G. & Santos, E.F.S. 2009. Relações entre a fauna e o fogo. p. 157-180. In: Soares, R.V.; Nunes, J.R.S. & Batista, A.C. (eds). Incêndios florestais no Brasil - o estado da arte. UFPR. 246p.

Fearnside, P.M. 2006. Desmatamento na Amazônia: dinâmica, impactos e controle. Acta Amazônica, vol 36(3): 395-400.

Fonseca, Ê.M.B. & Ribeiro, G.A. 2003. Manual de prevenção de incêndios florestais. CEMIG. 112p.

Gil, A.C. 1999. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5 ed. Atlas. 206p.

IBAMA. 2006. Registro de ocorrência de incêndio florestal: instruções de preenchimento. MMA. 12p

_____. 2007. Efetividade de gestão das unidades de conservação federais do Brasil. WWF- Brasil - MMA, 96p.

_____. 2009a. Normas e procedimentos para contratação e administração de brigadas ambientais 2009. MMA. 49p.

_____. 2009b. Relatório de atividades do Prevfogo/2008. MMA. 74p. . (Acesso em 10/03/2010).

_____. 2009c. Relatório de ocorrências de incêndios em unidades de conservação federais 2005- 2008. MMA. 31p. . (Acesso em 10/03/2010).

_____. 2010. Conheça o SisFogo - Sistema Nacional de Informações sobre Fogo. MMA. . (Acesso em 15/04/2010).

ICMBio. 2009. Unidades de conservação federais, centros especializados e coordenações regionais. MMA. . (Acesso em 25/03/2010).

______. 2010a. Manual de procedimentos para seleção e capacitação de brigadas temporárias. MMA. 11p.

______. 2010b. Manual para formação de brigadista de prevenção e combate aos incêndios florestais. MMA. 87p.

______. 2010c. Plano operativo de prevenção e combate a incêndios - Parque Nacional do Caparaó. MMA. 73p

Koproski, L. 2009. Efeitos do fogo sobre répteis e mamíferos. p. 133-156. In: Soares, R.V.; Nunes, J. R. S. & Batista, A.C. (eds). Incêndios florestais no Brasil - o estado da arte. UFPR. 246p. Lima, G.S.; Batista, A.C. 1993. Efeitos do fogo no ecossistema. Estudos de Biologia, vol 31: 5-16.

Marconi, M.A. & Lakatos, E.M. 2009. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 7 ed. 2 reimpr. Atlas. 277p.

Medeiros, M.B. & Fiedler, N.C. 2004. Incêndios florestais no Parque Nacional da Serra da Canastra: desafios para a conservação da biodiversidade. Ciência Florestal, vol 14(2): 157-168.

Milano, M.S.; Rizzi, N.E. & Kaniak, V.C. 1986. Princípios básicos de manejo e administração de áreas silvestres. ITCF. 55 p.

__________ 2002. Por que existem as unidades de conservação? p.193-208. In: Milano, M.S. (org). Unidades de Conservação: atualidades e tendências. Fundação O Boticário de Proteção à Natureza. 224p.

Morais, J.C.M. 2004. Tecnologia de combate aos incêndios florestais. Floresta, vol 34(2): 211-216.

Pereira, C.A.; Fiedler, N.C. & Medeiros, M.B. 2004. Análise de ações de prevenção e combate aos incêndios florestais em Unidades de Conservação do Cerrado. Floresta, vol 43(2): 95-100.

Raupp, M. & Reichle, A. 2003. Avaliação: ferramenta para melhorar processos. EDUNISC. 251p.

Santilli, J. 2005. Recursos genéticos. p. 207-210. In: Ricardo, B.; Campanili, M. (eds.). Almanaque Brasil socioambiental, Instituto Socioambiental. 552p.

Silva Júnior, E.M. 2007. Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais - PREVFOGO. p. 29-33. In: IV Simpósio Sul Americano sobre Prevenção e Combate a Incêndios Florestais. Anais do... UFV/DEF/SIF. 444p.

Soares, R.V. 2009. Estatísticas dos incêndios florestais no Brasil. p. 1-20. In: Soares, R.V.; Nunes, J.R.S. & Batista, A.C. (eds). Incêndios florestais no Brasil - o estado da arte. UFPR. 246p.

Soares, R.V. & Batista, A.C. 2007. Incêndios florestais: controle, efeitos e uso do fogo. UFPR. 264p.

WWF-Brasil. 2009. As mudanças climáticas, a redução das emissões oriundas de desmatamento e as Áreas Protegidas. Relatório Técnico. WWF. 7p. (Acesso em 18/11/2009).

Publicado

2011-12-12