Efeitos à saúde humana da intensificação da poluição atmosférica causada por queimadas

Autores

  • Bruna de Lima Furtado Universidade Federal de Itajubá (Unifei), campus de Itabira, Minas Gerais, Brasil
  • Emerson Vinicius Valadares Universidade Federal de Itajubá (Unifei), campus de Itabira, Minas Gerais, Brasil
  • Janaína Gabriela da Fonseca Universidade Federal de Itajubá (Unifei), campus de Itabira, Minas Gerais, Brasil
  • João Paulo Oliveira Silva Universidade Federal de Itajubá (Unifei), campus de Itabira, Minas Gerais, Brasil
  • Natália Porpino de Felippe Universidade Federal de Itajubá (Unifei), campus de Itabira, Minas Gerais, Brasil
  • Vanderlúcia Cristina Alvarenga Costa Universidade Federal de Itajubá (Unifei), campus de Itabira, Minas Gerais, Brasil
  • Rose-Marie Belardi Universidade Federal de Itajubá (Unifei), campus de Itabira, Minas Gerais, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v9i1.1178

Palavras-chave:

Doenças, gases nocivos, material particulado, queimadas, saúde humana

Resumo

Desde os antepassados, o fogo vem sendo usado para diversos fins, como instrumento de preparo de alimentos, aquecimento, proteção contra animais, desmatamento e limpeza e preparo do solo para práticas agrícolas. Com a evolução da sociedade e a industrialização, ocorreu uma intensificação desse uso proporcionando um aumento da emissão de poluentes atmosféricos. O uso indevido do fogo causa vários e graves problemas à fauna, à flora, ao microclima e ao bem-estar e saúde da população. Diante disso, há uma relação entre a intensificação da poluição atmosférica e as doenças respiratórias? O presente estudo teve como objetivo analisar a correlação entre as queimadas e o aumento do número de doenças respiratórias dos habitantes de Minas Gerais (Brasil). Para tanto, foram coletados dados de focos ativos de queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e internações hospitalares por doenças no aparelho respiratório do Sistema de Informações Hospitalares nos anos de 2012 a 2016. Diante da análise dos dados, constatou-se que as internações - média de 130.945 ocorrências nos anos de análise - se concentraram no período do inverno (junho a setembro) e as queimadas entre os meses de agosto e outubro, com um total médio de 2.285 focos nos cinco anos de estudo. Com o estudo, não foi possível estabelecer uma relação direta entre as queimadas e as doenças no sistema respiratório, em função das internações se concentrarem em diferente época do maior número de queimadas e não se ter o motivo da internação. No entanto, torna-se necessário enfatizar que a conscientização da população para a redução das ocorrências de queimadas e a prejuízos à saúde humana e meio ambiente, a criação de leis municipais específicas e a maior fiscalização pelo poder público (quando a legislação não é seguida) são meios para a diminuição das queimadas. Além disso, a tecnologia é uma importante aliada para a redução do número de queimadas. Com equipamentos de detecção de focos impedindo as queimadas de atingir grandes proporções. Outras formas para o manejo das terras devem ser estudadas de forma a minimizar com os efeitos das queimadas.

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Publicado

2019-05-15