Deteminação do teor de umidade e caracterização do material combustível no Parque Florestal de Sinop-MT

Autores

  • Arlindo de Paula Machado Neto Universidade Federal do Mato Grosso. Brasil
  • Dienefe Rafaela Giacoppini Universidade Federal do Mato Grosso. Brasil
  • Juliana Oliveira de Godoi Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Cuiabá, Mato Grosso, Brasil
  • Ivan César Santos de Oliveira Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Cuiabá, Mato Grosso, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v9i1.1026

Palavras-chave:

Teor de umidade, materiais perigosos, incêndios perigosos

Resumo

Os incêndios florestais ocasionam todos os anos prejuízos econômicos, sociais e ecológicos sem precedentes. No Brasil o avanço da monocultura, principalmente no centro-oeste contribui com o aumento desses eventos. A proteção dos remanescentes florestais contra os incêndios se configura como uma importante ferramenta de conservação, evitando prejuízos ambientais nessas áreas. Dentro deste contexto, o presente trabalho objetivou determinar o teor de umidade e caracterizar o material combustível no Parque Florestal de Sinop, no centro-norte do Mato Grosso. Foram realizadas 40 amostragens em parcelas de 1,0 x 1,0 m, classificando os materiais da seguinte maneira: combustíveis mortos com diâmetro ≤ 0,7 cm (MS1); combustíveis mortos com diâmetro > 0,7 e < 2,5 cm (MS2); combustíveis mortos com diâmetro > 2,5 e < 7,6 cm (MS3); e combustíveis vivos até 1,8 m de altura. A amostragem foi realizada em dois períodos (outubro 2017 e maio 2018). As cargas totais de combustíveis obtidas variaram de 8,26 a 14,99 Mg/ha–1, com uma média de 7,87 Mg/ha-1. O teor de umidade dos materiais variaram de 11,1 a 42,9 %, com uma média de 24,5 %. Na primeira coleta, o total de material combustível correspondeu a 83,1% MS1, 11,3% MS2, 1% MS3 e 3,7% MS4 com teor de umidade médio de 31,5±13,5%. Na segunda coleta o combustível correspondeu a 57,4% MS1, 31,6% MS2, 7% MS3 e 4% MS4, com teor de umidade médio de 17,6±5,6%. A maior deposição de material fino possivelmente ocorreu devido a ação do vento e troca de folhas. Esse tipo de material apresenta baixa temperatura de ignição consistindo em um dos principais responsáveis pela propagação do fogo. No segundo período de amostragem houve diminuição MS1 e aumento para os grupos MS2 e MS3, devido aos meses anteriores com chuva, o que acarretou em maior deposição de galhos mais grossos. O estudo serviu para subsidiar o sistema de gestão e prevenção de incêndios na área, uma vez que ele apresentou na composição do material combustível maior quantidade de material fino de fácil ignição e teores de umidade baixos, o que denota risco de incêndios. 

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Publicado

15/05/2019