Uso das imagens PlanetScope no programa de monitoramento de áreas queimadas nos Parques e Unidades de Conservação do IBRAM – PROMAQ

Autores

  • Albino Luciano Simões Antonio Instituto Brasília Ambiental– IBRAM
  • Danielly Ferreira Instituto Brasília Ambiental– IBRAM
  • Elenice dos Santos Costa Instituto Brasília Ambiental– IBRAM
  • Petrônio Diego Silva de Oliveira Instituto Brasília Ambiental– IBRAM
  • Airton Mauro de Lára Santos Instituto Brasília Ambiental– IBRAM

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v9i1.1143

Palavras-chave:

Monitoramento de Incêndios Florestais, sensoriamento remoto, PlanetScope, Distrito Federal.

Resumo

O Programa de Monitoramento de Áreas Queimadas nos Parques e UC sob a gestão do Instituto Brasília Ambiental – IBRAM (PROMAQ) é um programa de monitoramento anual, iniciado em 2010, com o objetivo de quantificar focos de incêndios florestais e mensurar as áreas incendiadas nos Parques e UC. O levantamento das áreas queimadas se dá remotamente, utilizando imagens
PlanetScope. Esse levantamento é feito mensalmente, no período de janeiro a maio e de outubro a dezembro, e quinzenalmente de junho a setembro. Em seguida, para cada área levantada é preenchido formulário específico. No ano de 2018, foram monitorados setenta e seis parques e UC sob gestão do IBRAM. Como resultado, foram registradas e mapeadas áreas queimadas em cinquenta e cinco, sendo preenchidos 505 registros, totalizando uma área queimada mapeada de 1.715,46 hectares. Apesar de um aumento no número de registro de incêndios florestais, quando comparado com os anos anteriores, houve uma diminuição da área queimada, tornando-se o ano com o menor tamanho de área queimada, em hectares, desde início do PROMAQ. Conclui-se que o
aumento no número de registros pode ser explicado pelo uso das imagens PlanetScope de alta resolução, que apresentou uma evolução significativa no levantamento das áreas queimadas, áreas antes inacessíveis agora passaram a ser monitoradas. Outro fator a ser considerado é a temporalidade de análise das imagens, de 15 e 30 dias, podendo fazer diferenciação de áreas incendiadas contiguas, o que muitas vezes não era possível em campo, ou seja, uma área incendiada poderia ser considerada como somente um registro, quando na verdade poderia ser formada por diversos focos de incêndios diferentes. Já a diminuição na quantidade de áreas incendias observada se deu ao fato, dentre outros fatores, pela mudança no regime de chuvas quando comparado com anos anteriores. Outra possível explicação para a diminuição na
quantidade de áreas queimadas deve-se ao fato do IBRAM ter contratado 100 profissionais especializados em combate a incêndios florestais (Brigadistas Florestais), os quais foram distribuídos nos Parques e UC’s sob a gestão do IBRAM.

Referências

AMBIENTE BRASIL. Queimadas e Incêndios Florestais. Disponível em: http://ambientes.ambientebrasil.com.br/florestal/artigos/queimadas,_incendios_florestais.html. Acesso em: 22 jun 2018.

CEPTEC – Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos. Monitoramento de Secas. Disponível em: http://satelite.cptec.inpe.br/secas/. Acesso em: 22 jun 2009.

DE ALBUQUERQUE, J. H. B.; GOMES, J. J. B.; DA COSTA, C. B.; SANTOS, C. S.; BROWN, I. F. Visão da Defesa Civil do Estado do Acre na Aplicação das Ferramentas de Sensoriamento Remoto para

controle e Combate às Queimadas do Ano de 2005. Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto. Florianópolis, 2007. p. 4413 – 4420.

FLORENZANO, T. G. Iniciação em Sensoriamento Remoto. Oficina de Textos. São Paulo, 2007.

INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Banco de Dados de Queimadas. Disponível em: http://www.dpi.inpe.br/proarco/bdqueimadas. Acesso em: 19 jun 2018.

Downloads

Publicado

15/11/2019

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)