Avaliação da detecção de focos de calor por sensoriamento remoto para o Parque Nacional do Itatiaia

Autores

  • Gustavo Wanderley Tomzhinski Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Núcleo de Prevenção e Combate a Incêndios do Parque Nacional do Itatiaia/NPCI/PNI, Estrada do Parque Nacional, km 8,5, Caixa Postal 83.657, Itatiaia/RJ, Brasil
  • Pedro Henrique Ferreira Coura Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ, Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza/CCMN, Instituto de Geociências/ IGEO, Programa de Pós-Graduação em Geografia/PPGG, Laboratório de Cartografia/GeoCart, Av. Athos da Silveira Ramos, 274, Bloco H, Sala 017, Ilha do Fundão, Cidade Universitária, Rio de Janeiro/RJ, Brasil
  • Manoel do Couto Fernandes Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ, Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza/CCMN, Instituto de Geociências/ IGEO, Programa de Pós-Graduação em Geografia/PPGG, Laboratório de Cartografia/GeoCart, Av. Athos da Silveira Ramos, 274, Bloco H, Sala 017, Ilha do Fundão, Cidade Universitária, Rio de Janeiro/RJ, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v1i2.140

Palavras-chave:

detecção de incêndios florestais, relatório de ocorrência de incêndios, sensoriamento remoto

Resumo

O sensoriamento remoto e, em particular, a detecção de focos de calor por satélite constituem parte importante do sistema de monitoramento de incêndios florestais dos dois principais órgãos federais ligados à prevenção e combate dessas ocorrências, o ICMBio e o IBAMA. Utilizando por base os dados georreferenciados de incêndios registrados pelo Núcleo de Prevenção e Combate a Incêndios do Parque Nacional do Itatiaia do período de 2008 a 2010 e os polígonos dos grandes incêndios que ocorreram no Parque em 2001, 2007 e 2010, obtidas por interpretação de imagens dos satélites LANDSAT 5 e CBERS 2, foi avaliada a efetividade e acurácia dos focos de calor identificados pelo Banco de dados de queimadas (BDQueimadas-INPE) para a área do Parque Nacional do Itatiaia e entorno de 3km. Foram analisadas informações dos satélites AQUA, TERRA, ERS-2, MGS-02 e os das séries NOAA e GOES para a área e período estudados, totalizando 92 focos de calor, cujas informações foram comparadas com as de 101Registros de Ocorrência de Incêndio (ROIs). Observou-se uma omissão de 96% das detecções de focos de calor em relação aos incêndios registrados. Os satélites AQUA e TERRA, que carregam sensores MODIS, apresentaram os melhores resultados, tanto na detecção dos incêndios quanto na acurácia do posicionamento dos focos detectados em relação à área queimada. 

Biografia do Autor

Gustavo Wanderley Tomzhinski , Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Núcleo de Prevenção e Combate a Incêndios do Parque Nacional do Itatiaia/NPCI/PNI, Estrada do Parque Nacional, km 8,5, Caixa Postal 83.657, Itatiaia/RJ, Brasil

Núcleo de Prevenção e Combate a Incêndios do Parque Nacional do Itatiaia/ Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Pedro Henrique Ferreira Coura, Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ, Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza/CCMN, Instituto de Geociências/ IGEO, Programa de Pós-Graduação em Geografia/PPGG, Laboratório de Cartografia/GeoCart, Av. Athos da Silveira Ramos, 274, Bloco H, Sala 017, Ilha do Fundão, Cidade Universitária, Rio de Janeiro/RJ, Brasil

Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Manoel do Couto Fernandes, Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ, Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza/CCMN, Instituto de Geociências/ IGEO, Programa de Pós-Graduação em Geografia/PPGG, Laboratório de Cartografia/GeoCart, Av. Athos da Silveira Ramos, 274, Bloco H, Sala 017, Ilha do Fundão, Cidade Universitária, Rio de Janeiro/RJ, Brasil

Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza, Universidade Federal do Rio de Janeiro

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Publicado

12/04/2024