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Influência da Disponibilidade de Alimentos de Origem Antrópica sobre o Comportamento Natural de Nasua nasua (Linnaeus, 1766) no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Teresópolis, Rio de Janeiro

Autores

  • Ana Elisa de Faria Bacellar Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Centro Nacional de Avaliação da Biodiversidade e de Pesquisa e Conservação do Cerrado/CBC, Brasília/DF, Brasil. CEP: 70635-800
  • Cecília Cronemberger de Faria Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Parque Nacional da Serra dos Órgãos/PARNASO, Teresópolis/RJ, Brasil. CEP: 25960-602
  • Lorena de Souza Soares Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Parque Nacional da Serra dos Órgãos/PARNASO, Teresópolis/RJ, Brasil. CEP: 25960-602
  • David de Sousa Stein Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Parque Nacional da Serra dos Órgãos/PARNASO, Teresópolis/RJ, Brasil. CEP: 25960-602
  • Hayssa Alves de Oliveira Dumard Siqueira Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Parque Nacional da Serra dos Órgãos/PARNASO, Teresópolis/RJ, Brasil. CEP: 25960-602
  • Isabela Deiss de Faria Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Parque Nacional da Serra dos Órgãos/PARNASO, Teresópolis/RJ, Brasil. CEP: 25960-602
  • Úlyma Ramos Hentz Pinto Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Parque Nacional da Serra dos Órgãos/PARNASO, Teresópolis/RJ, Brasil. CEP: 25960-602

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v12i1.1844

Palavras-chave:

Quatis, ecologia comportamental, pesquisa aplicada à gestão de unidades de conservação

Resumo

 A sustentabilidade da atividade turística em unidades de conservação (UCs) depende de uma gestão que busque um balanço positivo entre os impactos negativos e a proteção da biodiversidade. A aproximação de visitantes a animais silvestres e oferta de alimentos é um dos impactos potenciais da visitação pública em UCs a ser monitorado e minimizado. Nesse contexto, o objetivo do trabalho foi quantificar a frequência relativa em que quatis (Nasua nasua) acessam lixeiras no Parque Nacional da Serra dos Órgãos e testar a eficiência de dois modelos de trava para dificultar esse acesso. Para descrever o comportamento dos quatis, foram realizadas 358 horas de observação, em 2013 e 2017/2018, usando o método de “amostragem de todas as ocorrências”. Para testar a eficiência das travas, foram monitoradas por armadilha fotográfica três lixeiras iscadas: uma com trava, modelo “iguaçu”, outra com modelo “tijuca” e uma lixeira controle, sem trava. Os comportamentos mais frequentes foram forrageamento natural (31%), deslocamento (14%), vocalização (10%) e alimentar-se de lixo (10%), sugerindo que os quatis mantêm seu comportamento natural, consumindo alimentos de origem antrópica de forma complementar. Ambas as travas foram eficientes, mas houve maior insistência dos quatis na lixeira “iguaçu”, possivelmente devido à atratividade do odor como consequência da vedação imperfeita. Em um cenário de visitação crescente, recomenda-se instalar a trava “tijuca” nas lixeiras do parque, assim como placas, orientando visitantes a não alimentarem e manterem distância segura dos quatis. Espera-se assim, evitar acidentes e enfraquecer o hábito oportunista dos quatis, diminuindo a interferência da presença humana em seu comportamento. 

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Publicado

18/01/2022

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Edição

Seção

Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – Pibic/ICMBio