Interpretação Ambiental em Unidades de Conservação da Esfera Federal no Brasil: Os Planos de Manejo Favorecem sua Implantação?

Autores

  • Beatriz Nascimento Gomes ICMBio

DOI:

https://doi.org/10.37002/biobrasil.v12i3.1924

Palavras-chave:

Interpretação do patrimônio, visitação em áreas protegidas, uso público

Resumo

A gestão das áreas protegidas é baseada em um arcabouço legal e normativo e em documentos de planejamento de diferentes níveis, do estratégico ao operacional. A visitação nesses espaços permite que a sociedade se aproxime dos recursos protegidos, devendo ser manejada de modo a conciliar diversos interesses e tornar o visitante um aliado da conservação. Para contribuir no alcance desses objetivos, uma estratégia empregada mundialmente é a interpretação ambiental, no Brasil incluída como um dos objetivos do Sistema Nacional de Unidades de Conservação. Uma vez que o plano de manejo é o principal documento norteador da gestão das áreas protegidas brasileiras, entende-se que é determinante para que uma dada atividade ou estratégia venha a ser implantada na unidade de conservação. Partindo dessa premissa, o presente estudo buscou caracterizar a presença da interpretação ambiental nos planos de manejo das unidades de conservação federais. Por meio de procedimentos quantitativos e qualitativos, foram analisados 200 documentos disponíveis em meio digital, publicados entre 1978 e 2019. Os resultados mostram um quadro favorável para a implantação de atividades interpretativas nas áreas protegidas, porém foram identificadas grandes diferenças entre as categorias de unidades de conservação. Observou-se que a previsão legal de uso da interpretação em áreas protegidas foi decisiva para a ampliação da indicação dessa estratégia nas diversas categorias de unidades de conservação. Este trabalho contribui para o conhecimento do uso da interpretação ambiental na visitação em áreas protegidas e busca incentivar discussões mais aprofundadas sobre o tema, ainda pouco estudado no Brasil.

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Publicado

01/04/2022

Edição

Seção

Gestão do Uso Público: Turismo e Lazer em Áreas Protegidas