Compreendendo a ação do fogo nos ecossistemas brasileiros

Autores

  • Antonio Henrique Cordeiro Ramalho Universidade Federal do Oeste do Pará/UFOPA, Instituto de Biodiversidade e Florestas, Santarém/PA. Brasil. CEP: 68.035-110.
  • Nilton Cesar Fiedler Universidade Federal do Espírito Santo/UFES, Vitória/ES. Brasil. CEP: 29.075-910.
  • Henrique Machado Dias Universidade Federal do Espírito Santo/UFES, Vitória/ES. Brasil. CEP: 29.075-910.
  • Telma Machado de Oliveira Peluzio Universidade Federal do Espírito Santo/UFES, Vitória/ES. Brasil. CEP: 29.075-910.
  • Alexandre Rosa dos Santos Universidade Federal do Espírito Santo/UFES, Vitória/ES. Brasil. CEP: 29.075-910.
  • Fernanda Moura Fonseca Lucas Universidade Federal do Espírito Santo/UFES, Vitória/ES. Brasil. CEP: 29.075-910.

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v14i1.2180

Palavras-chave:

Regime de fogo, incêndios florestais, ecossistemas dependentes do fogo, ecossistemas sensíveis ao fogo, cerrado, Mata Atlântica

Resumo

Os incêndios florestais apresentam efeitos adversos ao planeta, como fragmentação florestal, perda de biodiversidade, poluição do ar e ameaça à vida e à saúde humana. No entanto, a ecologia do fogo atesta que o fogo é também um evento ecológico, dinâmico e indispensável para a sobrevivência de determinados ecossistemas. Devido a essa ambiguidade, esta revisão teve como objetivo sintetizar informações técnicas, literárias e científicas que auxiliem no entendimento das relações entre os ecossistemas e os incêndios florestais. Assim, foram abordados assuntos diretamente ligados à ecologia do fogo, como a dinâmica dos regimes de fogo, o comportamento do fogo, a relação entre os incêndios florestais e as emissões de carbono no Brasil. Mediante as informações compiladas, percebe-se que o fogo é indispensável para a sobrevivência de muitas fitofisionomias brasileiras existentes, principalmente no Cerrado, Pantanal e Pampa. Uma série de adaptações de espécies vegetais presentes em ambientes influenciados pelo fogo foram apresentadas. Também foi investigado o papel das variáveis no comportamento do fogo e como os incêndios estão relacionados às alterações climáticas. Estima-se que queimas não associadas ao desmatamento totalizaram 3,16 GtCO2 de emissões imediatas entre 1990 e 2020, sendo um dos principais contribuintes para emissão de gases de efeito estufa. Diante desse contexto, esta revisão ressalta a importância do desenvolvimento de políticas públicas para efeitos de curto e longo prazo de maneira a popularizar a conservação e o uso sustentável do fogo em ecossistemas propensos a ação dele.

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Publicado

05/03/2024

Edição

Seção

Fluxo contínuo