<b>Parcerias em pesquisa no Parque Nacional do Viruá: estratégias para a gestão eficiente e geração de benefícios a partir da biodiversidade</b>

Autores

  • Beatriz Ribeiro Lisboa ICMBio
  • Antônio Lisboa ICMBio

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v5i1.475

Resumo

Conhecimentos sobre o patrimônio natural protegido em unidades de conservação são essenciais para o alcance de objetivos de conservação, e podem ter seus efeitos ampliados sobre a gestão se produzidos a partir de uma abordagem estratégica. A fim de produzirmos conhecimentos sobre a biodiversidade e paisagens do Parque Nacional do Viruá (PNV), vislumbrando seu potencial como pólo de pesquisa e visitação na Amazônia, implementamos uma iniciativa inovadora focada na formação de parcerias junto a grupos e instituições de pesquisa. A partir de duas linhas principais de atuação, que incluíram a coordenação de grupos de pesquisa a produção de conhecimentos orientados para o manejo, com apoio do Programa ARPA e o suporte a programas de pesquisa em biodiversidade e qualificação profissional (PPBio/MCTI, PNADB/CAPES), o Viruá tornou-se desde 2008 o Parque Nacional mais pesquisado da Amazônia brasileira, com 154 autorizações emitidas de 2007 a 2014. Possui recordes de biodiversidade dentre as UCs nacionais, incluindo a maior riqueza de vertebrados (1257 espécies) e de peixes de água doce (500) e a terceira maior riqueza de aves (531) do país. O Parque conta com três programas de pesquisas de longa duração (PPBio, PNADB, Estudos de Meio Físico) e 20 instituições parceiras, as quais possibilitam o aumento progressivo do conhecimento de grupos taxonômicos e dos processos físicos que atuam nos hábitats. Benefícios sociais e econômicos resultantes destas iniciativas incluem a geração de 240 mil reais em renda líquida para moradores do entorno da UC entre 2006 e 2012 e o uso das estruturas de apoio (Gride PPBio) por 1335 estudantes em cursos técnico-científicos e em práticas de campo. Tais resultados levaram à classificação do PNV entre as dez unidades de conservação da Amazônia com o mais alto grau de implementação e gestão, dentre 247 avaliadas pela Auditoria Coordenada do TCU, em 2013. O investimento que realizamos em pesquisa e a articulação com equipes de referência no país revelou-se extremamente eficaz para os objetivos de consolidação do PNV.

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Publicado

21/07/2015

Edição

Seção

Pesquisa e manejo de Unidades de Conservação