<b>Grupos de queimada controlada para prevenção de incêndios florestais no Mosaico de Carajás</b>

Autores

  • Frederico Drumond Martins Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade-ICMBIO, Floresta Nacional de Carajás. Rua Guamá 23, Carajás PA CEP 68516000
  • Ana Maria Canut Cunha Instituto brasileiro de meio ambiente e recursos hídricos- IBAMA Gerência executiva de Eunápolis Avenida Presidente Kennedy, 280 CEP: 42820-160 Eunápolis/ BA
  • Andréa Siqueira Carvalho Universidade Federal Rural da Amazônia- UFRA/Campus Parauapebas PA 275, Km 13-Parauapebas-Pará CEP: 68.515-000- Brasil.
  • Fabiano Gumier Costa Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)/Floresta Nacional da Restinga de Cabedelo BR 230, km 10 - Cabedelo - Paraíba CEP 58.310-000 tel. 83 - 3246 0333

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v6i2.555

Resumo

As unidades de conservação (UC) têm papel fundamental na manutenção dos ecossistemas naturais. Diversas atividades humanas ameaçam sua integridade, dentre elas destaca-se o uso do fogo como ferramenta agrícola que pode se propagar e se transformar em incêndios florestais. No sudeste do Pará, uma importante área de floresta conservada localiza-se em um mosaico de áreas protegidas, na região de Carajás, circundado por várias comunidades rurais. Entre 2004 e 2010, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a partir do Centro Especializado de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Prevfogo) iniciou um programa para realizar acordos comunitários e emitir autorizações para queimada controlada nas comunidades rurais do entorno do Mosaico de Carajás. A partir de diagnósticos socioambientais, iniciou-se um processo de capacitação técnica e incentivo à organização social visando o controle do fogo pelos próprios agricultores com a formação de grupos organizados de queimada controlada para diminuição do risco de incêndios florestais e a proteção da biodiversidade. Para avaliar a eficácia do programa foi feita a análise dos focos de calor captados por satélites na região, entre 2006 e 2010. Foram determinadas duas amostras para comparação: i) comunidades onde houve o trabalho de prevenção; e ii) comunidades onde não houve o trabalho. No período analisado, os registros de focos de calor nas comunidades assistidas pelo programa foram inferiores quando comparados às comunidades não assistidas pelo programa; além disso, a linha de tendência de registros de focos de calor nas UC foi descendente, em contraponto à linha ascendente percebida para o estado do Pará no mesmo período, o que demonstra o sucesso do trabalho na prevenção de incêndios florestais com uma abordagem socioeducativa.

Biografia do Autor

Frederico Drumond Martins, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade-ICMBIO, Floresta Nacional de Carajás. Rua Guamá 23, Carajás PA CEP 68516000

Mestre em Biodiversidade em Unidades de Conservação e Analista Ambiental do ICMBIO

Ana Maria Canut Cunha, Instituto brasileiro de meio ambiente e recursos hídricos- IBAMA Gerência executiva de Eunápolis Avenida Presidente Kennedy, 280 CEP: 42820-160 Eunápolis/ BA

Analista Ambiental do IBAMA

Andréa Siqueira Carvalho, Universidade Federal Rural da Amazônia- UFRA/Campus Parauapebas PA 275, Km 13-Parauapebas-Pará CEP: 68.515-000- Brasil.

Doutora em ecologia e professora da Universidade Federal Rural da Amazônia- UFRA/Campus Parauapebas

Fabiano Gumier Costa, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)/Floresta Nacional da Restinga de Cabedelo BR 230, km 10 - Cabedelo - Paraíba CEP 58.310-000 tel. 83 - 3246 0333

Doutor em desenvolvimento sustentável Analista ambiental do ICMBIO

Downloads

Publicado

28/12/2016

Edição

Seção

Manejo do Fogo em Áreas Protegidas