A qualificação de educadores sobre as restingas da região dos Lagos/RJ

Avaliação e Perspectivas

Autores

  • Fernanda Saleme Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro/JBRJ, Rio de Janeiro/RJ, Brasil
  • Maria do Rosário de Almeida Braga Instituto Brasileiro de Biodiversidade/BrBio, Rio de Janeiro/RJ, Brasil
  • Bruno Coutinho Kurtz Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro/JBRJ, Rio de Janeiro/RJ, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v10i2.1455

Palavras-chave:

Centro de Diversidade Vegetal de Cabo Frio, educação e interpretação ambiental, ensino fundamental e médio, material didático, rede pública de ensino

Resumo

Um obstáculo à conservação é a falta de acesso da população às principais questões socioambientais de cada região. Com a ção do material didático "Fichas dos seres do Centro de Diversidade Vegetal de Cabo Frio: a restinga de Massambaba", organizou-se um curso voltado para educadores dos municípios de Cabo Frio, Arraial do Cabo e Saquarema, RJ. O Curso de Qualificação de Educadores sobre as Restingas da Região dos Lagos visou orientar professores do ensino público fundamental e médio quanto ao uso desse inovador material didático e discutir as principais características e questões ambientais dos ecossistemas costeiros da região. Objetivamos aqui analisar a percepção dos professores com relação ao conteúdo do curso, verificar se as fichas vêm sendo utilizadas em suas atividades de ensino e identificar possíveis problemas enfrentados. A avaliação foi feita em três momentos: no último dia do curso, quinze dias após, e um ano e três meses da sua realização, na forma de questionários e comunicação online. Participaram do curso 29 professores de 18 escolas, que têm influência direta sobre cerca de 2.500 alunos. A análise conjunta das três avaliações evidenciou que tanto o material didático quanto o curso oferecido foram muito bem avaliados; que o material didático produzido está sendo mais usado em sala de aula do que em idas à restinga; e que o uso das fichas dos seres despertou maior interesse dos alunos pelos assuntos abordados. Constatamos, entretanto, pelo baixo índice de retorno em relação às segunda e terceira avaliações, que houve certa desmobilização/desmotivação dos professores. Sugerimos ampliar a inserção e utilização das fichas dos seres para outros segmentos da sociedade da região de Cabo Frio, e que diretores/coordenadores pedagógicos das escolas atuem como catalisadores do processo, em vez de os professores atuarem de forma individualizada.

Biografia do Autor

Fernanda Saleme, Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro/JBRJ, Rio de Janeiro/RJ, Brasil

Centro Nacional de Conservação da Flora

Bruno Coutinho Kurtz, Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro/JBRJ, Rio de Janeiro/RJ, Brasil

Diretoria de Pesquisa Científica

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Publicado

2020-08-12

Edição

Seção

Diálogos entre a Academia e a Gestão de Áreas Protegidas: Programa de Pós-Graduação Profissional