Identificação de áreas críticas de atropelamento de fauna na região do parque nacional da Serra da Capivara, Piauí

Autores

  • Catarina de Sá dos Santos Neta Universidade Estadual do Piauí/UESPI, São Raimundo Nonanto/PI, Brasil. CEP: 64.770-000
  • Fernanda Delborgo Abra Center for Conservation and Sustainability, Smithsonian Conservation Biology Institute, Washington, DC, United States. ZIP CODE: 20560
  • Lucrécia Braz dos Santos Universidade Federal do Vale do São Francisco/UNIVASF, Petrolina/PE, Brasil. CEP:64.77-0000
  • Erika Paes Landim da Costa Universidade Federal do Vale do São Francisco/UNIVASF, São Raimundo Nonato, PI, Brasil. CEP: 64.77-0000
  • Milena Fiuza Diniz 7Center for Conservation and Sustainability, Smithsonian Conservation Biology Institute, Washington, DC, United States. ZIP CODE: 20560
  • Ronaldo Gonçalves Morato Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros/CENAP, Atibaia/SP, Brasil. CEP: 12.952-011

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v13i4.2412

Palavras-chave:

Atropelamento, caatinga, fauna, unidade de conservação, Piauí

Resumo

As rodovias desempenham um importante papel para o desenvolvimento econômico e social, porém   esse tipo de empreendimento impacta negativamente o meio ambiente, gerando prejuízos para a fauna, como o efeito barreira e atropelamentos. Este trabalho teve como objetivo levantar informações sobre o impacto do atropelamento de animais silvestres monitorando duas rodovias, BR-020 e PI-140, adjacentes ao Parque Nacional da Serra da Capivara e identificar áreas críticas de atropelamentos. O monitoramento foi realizado de motocicleta desempenhando uma velocidade média de 30 a 40 km/h, em campanhas semanais de amostragem, entre os meses de julho de 2021 a junho de 2022, totalizando 96 dias. Além dos animais atropelados, também foram registrados os avistamentos de animais nas rodovias. Foram registrados 329 indivíduos de animais silvestres atropelados com uma taxa total de 0,114 animais/km/dia e, foram avistados 27 indivíduos silvestres. As cinco espécies mais afetadas foram: Rhinella       marina, (n = 69), Galea spixii (n = 18), Coragyps atratus, (n = 14), Cerdocyon thous, (n  = 11) e Oxyrhopus trigeminus (n = 10). A taxa de atropelamentos na PI-140 foi maior que na BR-020 (W=1653, p<0.05) e durante a estação chuvosa foi registrado um número maior de atropelamentos (W = 507, p<0.05). A análise des agregação dos atropelamentos considerando todos os animais silvestres na BR-020 apresentou 16 clusters, enquanto na PI-140 foram detectados 18 clusters. Esses resultados podem contribuir e auxiliar na tomada de decisão para implementação de medidas de mitigatórias mostrando quais são os trechos das rodovias mais prioritários. 

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Publicado

2023-12-04

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