O manejo do javali (Sus scrofa Linnaeus 1758) no Brasil: implicações científicas, legais e éticas das técnicas letais de controle de uma espécie exótica invasora
DOI:
https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v8i2.709Palavras-chave:
Invasões biológicas, manejo de fauna, caça, erradicaçãoResumo
Invasões biológicas são apontadas como uma das principais causas de perda de biodiversidade na atualidade e o javali (Sus scrofa) é considerado uma das espécies exóticas mais problemáticas, responsável pela degradação de habitats aquáticos e terrestres em todo o mundo, causando enormes prejuízos econômicos e ambientais. Devido a esses fatores, o controle do javali foi autorizado pelo governo brasileiro através da Instrução Normativa (IN) do IBAMA Nº 03/2013. Desde então, controladores regulamentados tem utilizado técnicas de caça de espera, caça com cães e armadilhas, as quais tem sido alvo de críticas quanto à eficiência e riscos ao bem estar animal. Tivemos por objetivo compilar informações e discutir as implicações técnicas, científicas, éticas e legais de cada técnica de controle do javali utilizadas no Brasil. Buscamos discutir vantagens e desvantagens de cada técnica relacionando-as à realidade brasileira, bem como estudos de caso internacionais que podem ser tomados como exemplos. Conclui-se que o controle e erradicação do javali só pode ser alcançado com a associação de diferentes técnicas. Finalmente, discutimos as implicações conservacionistas do manejo do javali buscando orientar esforços futuros de controle da espécie.
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