Ocorrências de incêndios em vegetação na interface urbano-rural no município de Curitiba-PR, no período de 2011 a 2015
DOI:
https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v9i1.988Palavras-chave:
Estatística de incêndios, distribuição de incêndios, fogoResumo
Os incêndios em vegetação ocasionam prejuízos diretos e indiretos à flora, à fauna, ao solo e ao homem. Com a crescente urbanização da superfície terrestre, a vegetação cada vez mais está dividindo seu espaço com ocupações antrópicas, aumentando assim a interface urbano-rural. O conhecimento da distribuição espacial das ocorrências de incêndios em vegetação de uma determinada localidade, propicia aos gestores a elaboração e aplicação de uma política prevenção e combate aos incêndios. O objetivo deste trabalho foi espacializar as ocorrências de incêndios em vegetação no município de Curitiba, Paraná, no período de 2011 a 2015, relacionando junto ao mapa de monitoramento da cobertura e uso da terra do Brasil de 2016. Os dados referentes aos incêndios foram obtidos do Sistema de Registro e Estatística de Ocorrências SysBM-CCB, versão 3.31 do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Paraná. O mapa de monitoramento da cobertura e uso da terra do Brasil de 2016 foi obtido do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Após uma consistência dos dados foi verificada a validade de 1.255 ocorrências, sendo que deste total foi observado que 208 incêndios (16,6%) ocorreram à s margens de rodovias, oferecendo perigo à visibilidade do tráfego de veículos. Para o mapeamento das ocorrências no mapa fornecido pelo IBGE foram consideradas 997 ocorrências do total obtido (79,4%), por apresentaram informações específicas para sua localização. Deste total, 905 ocorrências (90,8%) foram observadas em áreas do município classificadas pelo IBGE como "áreas artificiais", caracterizadas como áreas com predominância de superfícies antrópicas não-agrícolas. As demais ocorrências foram distribuídas nas classificações "mosaico de ocupações em área florestal", "vegetação florestal", "vegetação campestre" e "mosaico de ocupações em área campestre", ocupando respectivamente 76 (7,6 %), nove (0,9%), cinco (0,5%) e duas ocorrências (0,2%). Pelos resultados obtidos, pode se concluir que em Curitiba a predominância de incêndios se dá em áreas antrópicas, sendo necessário direcionar políticas públicas de prevenção de incêndios junto ao público destas áreas.
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