Manejo integrado do fogo no Parque Nacional de Ilha Grande, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v9i1.1257Keywords:
Manejo do fogo, queima prescrita, parques nacionais, Mata Atlântica, várzeaAbstract
O Parque Nacional de Ilha Grande - PNIG, localizado no bioma Mata Atlântica e designado como sítio Ramsar, inserido em território brasileiro, tem histórico de grandes incêndios em períodos de três a cinco anos. Embora a unidade de conservação - UC esteja em região de Floresta Estacional Semidecidual - que é uma fisionomia sensível ao fogo, ocorre o predomínio da vegetação Pioneira de Influência Flúvio Lacustre, as chamadas várzeas, em mais de 80% de sua área. Depois de décadas de tentativas de combate, na maior parte das vezes frustradas, e com reconhecimento tanto da gestão, comunidade (pescadores, apicultores, ilhéus) de que: Os grandes incêndios em épocas críticas e descontrolados tendem a causar maiores danos e serem de dificílimo combate e controle; A vegetação de várzea tem uma visível resiliência, entrando em rebrota logo após a passagem das chamas; Já foram registrados incêndios com mais de 30.000 ha (em torno de 60% da unidade) em apenas um evento. Considerando os fatores acima mencionados, toda a dificuldade de combate, características de inflamabilidade, e rápida recuperação das várzeas versus a sensibilidade da mata semidecidual, optou-se por adotar o Manejo Integrado do Fogo (MIF), que tem por principais objetivos de manejo evitar os grandes incêndios e proteger ambientes mais sensíveis e reduzir a biomassa de vegetação Pioneira com Influência Flúvio Lacustre para que as chamas não adentrem as restingas e mata ciliar composta por Floresta Estacional Semidecidual que são sensíveis e tem uma resposta muito mais lenta do que as pioneiras. Para alcançar estes objetivos, estão sendo planejadas queimas prescritas, iniciadas em 2018 e continuadas em 2019, como busca de resposta mais eficaz aos grandes incêndios. Assim, o manejo do fogo na UC visa à preservação do ecossistema com queimas prescritas em épocas com características climáticas propícias à preservação da floresta e de fácil propagação na várzea. Tal abordagem, devido à complexidade dos incêndios na área do parque, está sendo desenvolvida com apoio de diversos parceiros e dialogada com usuários do território, autoridades públicas e levada ao conhecimento da comunidade científica para que sejam iniciadas pesquisas sobre a relação da queima e conservação da fauna e flora ajudando gestão do parque a encontrar melhores resultados conservacionistas no manejo do fogo
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References
Plano de Manejo - PNIG
Plano de Proteção - PNIG
Plano de Manejo do Fogo - PNIG
Mayers - Convivendo com o Fogo
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