Início e propagação de incêndio florestal:

estudo de caso na unidade de conservação Serra de Santa Barbara/MT

Authors

  • Ian Felipe Cabral Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Batalhão de Emergências Ambientais (BEA)
  • Luciana Sanches Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Batalhão de Emergências Ambientais (BEA)
  • Vanusa de Souza Pacheco Hoki Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Batalhão de Emergências Ambientais (BEA)
  • Camylla Kerly Pereira Mariano Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Batalhão de Emergências Ambientais (BEA)
  • Marco Aurélio Aires da Silva Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Batalhão de Emergências Ambientais (BEA)

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v9i1.1295

Keywords:

Área de transição, combate a incêndios, floresta tropical, prevenção a incêndios e topografia

Abstract

Os padrões espaciais de ignição de incêndios florestais definem a sua estruturação podendo ter tamanhos diferentes em níveis variados de severidade gerando um mosaico de áreas queimadas. O objetivo deste trabalho foi analisar o padrão espacial do início e a propagação do incêndio florestal ocorrido em 2018 na Unidade de Conservação (UC) Serra de Santa Barbara, localizada nos municípios de Pontes e Lacerda e Porto Esperidião em Mato Grosso. Esta UC é composta de áreas de transição entre a Amazônia e Cerrado totalizando 120.092 hectares. Foram utilizados dados de focos de queimadas (obtidos pelo INPE); limites das áreas protegidas (obtidos pelo ICMBio); descrição das áreas protegidas no Cadastro de Unidades de Conservação (obtidos pelo CNUC - MMA); órgão responsável pelas Unidades de Conservação Estaduais (obtidos pelo SEMA/MT), imagens do satélite LandSat 8 (obtidos pelo sensor OLI, composição RGB654) e condições do tempo medidos (obtidos pelo INMET). Por meio da análise dos dados, constatou-se que este incêndio teve uma duração de 7 dias queimando 8% de área total da UC. Em uma análise mais detalhada, foi possível observar que a primeira detecção do foco de queimada, por meio dos dados de sensoriamento remoto, foi às 1h42min (no dia 23/07/2018) e a última detecção foi às 1h30min (no dia 29/07/2018). A propagação deste incêndio se deu pelo consumo da vegetação seca pelo vale na frente principal, devido a própria característica local do terreno plano associado a presença de ventos norte, baixa temperatura do ar e alta umidade relativa do ar. Além disso, constatou-se que durante o dia houve maior área alcançada pela propagação do incêndio, além das formações em aclive do vale associados a radiação solar global. Conclui-se que a compreensão do início e propagação de incêndio florestal permite estabelecer melhores estratégias de prevenção e combate ao fogo, principalmente em áreas suscetíveis como as unidades de conservação

References


Published

2019-05-15

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