Troca de saberes sobre incêndios e queimadas em busca de um manejo integrado do fogo na TI Arariboia/MA e entorno

Autores/as

  • Ana Rosa Marques Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis IBAMA

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v9i1.1056

Palabras clave:

Indígenas, assentados, incêndios florestais, metodologias participativas

Resumen

Este trabalho traz a experiência realizada na Terra Indígena (TI) Araribóia e municípios de seu entorno, como forma de minimizar os impactos ambientais provocados pelo alto índice de incêndios que esta área tem apresentado, ameaçando a conservação da floresta amazônica e a sobrevivência do povo indígena Guajajara e dos povos isolados Awa-Guajá que vivem na área protegida em questão. Esta TI localiza-se ao sul do Maranhão, uma área de 413 mil hectares, com uma população estimada em 13 mil habitantes (IBGE, 2012). Em 2017 foi elaborado um plano de proteção territorial envolvendo a Coordenação Estadual do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PREVFOGO) e o Núcleo de Educação Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e diversas instituições: Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), Batalhão Polícia Ambiental (BPA), contando com as parcerias locais, como: associações indígenas, sindicatos rurais, sociedade civil e prefeituras municipais. Objetivou-se sensibilizar lideranças comunitárias indígenas e de assentados com a formação de multiplicadores na prevenção e educação ambiental no tema queimadas e incêndios florestais, incentivando o uso de práticas sustentáveis, conservação e uso sustentável dos recursos naturais e manejo integrado do fogo. As oito oficinas ocorreram nos anos de 2017 e 2018, envolvendo 3 regiões da TI Araribóia e seus municípios do entorno. Teve a participação de 379 lideranças comunitárias indígenas e de assentamentos da reforma agrária. Foram utilizadas metodologias participativas, dinâmicas de grupo, mapa falado, levantamento e visualização dos problemas e possíveis soluções a partir da construção de matrizes de análise e demonstração para a implantação de sistema agroflorestal. Como resultados já identificados, temos: elaboração de 41 planos de ações com temas relacionados à prevenção e combate aos incêndios florestais, ampliação da articulação e comunicação entre as instituições envolvidas ampliando o nível de efetividade das ações desenvolvidas no território. Implantação de viveiros de mudas de espécies florestais na TI Araribóia e plantio em algumas áreas de nascentes. Além de informações recebidas por meio de relatos informais de moradores locais sobre a diminuição de incêndios no ano de 2018

 

Biografía del autor/a

Ana Rosa Marques, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis IBAMA

Graduada em Geografia, Uniso 1987, Especialização em formação de Educadores ambientais Unesp Botucatu, 2000, Mestre em Educação Unesp Bauru, 2003, Doutora em Geografia Unesp PP, 2012. Analista Ambiental do Ibama desde 2005, ponto focal do NEA/Ibama/MA e Professora Adjunta da Unversidade Estadual do Maranhão desde 2006, do departamento de História e Geografia. Atua em programa de proteção territorial para as terras Indígenas, com o foco na diminuição de incêndios e queimadas em parceira com a coordenação estadual do Prevfogo/MA desde o ano de 2016.

Publicado

2019-05-15