Integrando forças governamentais e civis para implementação do plano de manejo do parque estadual da Serra Azul, Barra do Garças, MT
DOI:
https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v9i1.1063Palavras-chave:
Unidade de Conservação, incêndio florestal, parceria civil e governamentalResumo
Nos últimos quinze anos, a OSCIP Aliança da Terra (AT) tem engajado produtores rurais na adoção de melhores práticas produtivas, promovendo a conservação da vegetação nativa e o respeito aos trabalhadores. Em 2009, a Brigada de Incêndio Aliança foi constituída com o apoio e mentoria da equipe elite dos Smokejumpers do Serviço Florestal dos Estados Unidos (USFS), com a missão de proteger unidades de conservação e propriedades rurais contra incêndios florestais. Dentre as áreas de atuação da brigada, o Parque Estadual da Serra Azul (PESA) tem merecido destaque. Resultado de uma parceria inédita com o Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MP-MT), a Brigada de Incêndio Aliança foi convidada a participar da gestão e implementação do Plano de Manejo do PESA em direta colaboração com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Mato Grosso de Barra do Garças. Essa iniciativa foi motivada por um trágico incêndio florestal que destruiu 80% do parque em 2014, sendo assim, interditado ao público pelo MP-MT desde então. Desde julho de 2016, a Brigada de Incêndio Aliança tem alocado dois brigadistas em tempo integral para dar o apoio necessário à gerência do PESA em ações de reestruturação, com especial atenção ao planejamento e implementação de ações de prevenção, combate e monitoramento de incêndios florestais. Desde o início da parceria, houve uma redução significativa do impacto por incêndios florestais no parque para menos de 1% de sua área, devido a ações imprescindíveis como: formação de novos brigadistas da organização local Associação Amigo dos Animais; rondas de monitoramento regulares durante a estação seca para detectar e extinguir focos de incêndio em estágio inicial, reforma de estradas e preparação de linhas negras dentro do parque para servirem de aceiro. Todo o trabalho tem contado com ajuda do CBM-MT, do 58º BIMTz e do ICMBio, que facilitou treinamentos em práticas de prevenção de incêndios florestais em áreas protegidas. Diante do exposto, confirmase ser fundamental a integração de forças entre diversos atores, governamentais e da sociedade civil, para o sucesso das práticas de prevenção e combate a incêndios florestais em Unidades de Conservação.
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