Produtos Florestais não Madeireiros do Brasil (2016-2020): Subsídio ao Estabelecimento de Novas Cadeias Produtivas pela Cooperativa de Extrativistas de Carajás

Autores

  • Luana do Carmi Oliveira Ferreira Universidade do Estado do Pará
  • Gleysla Gonçalves de Carvalho Fernandes Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Brasi
  • André Luis Macedo Vieira Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Brasil
  • Álisson Rangel Albuquerque Universidade do Estado do Pará, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v12i1.1799

Palavras-chave:

Espécies não-madeireiras , Floresta Nacional do Tapirapé Aquiri, produtos da floresta

Resumo

 

 Este estudo expõe o manejo dos produtos florestais não madeireiros (PFNMs) como fator gerador de renda com o intuito de fortalecer e contribuir com a atividade extrativista realizada pela Cooperativa de Extrativistas de Carajás na Floresta Nacional do Tapirapé Aquiri (FLONATA). Para isso, realizou-se uma revisão sistemática com o auxílio da base de dados Web of Science e a partir dos filtros: data de publicação (2016 a 2020), palavra-chave “non-timber forest products” e origem (espécies brasileiras). Foram identificadas as principais espécies estudadas, o periódico de publicação, região de concentração das pesquisas, metodologia utilizada e seus principais usos com o objetivo de subsidiar o estabelecimento de novas cadeias produtivas dentro da FLONATA. Foram encontrados 564 estudos que abordavam aspectos relacionados aos produtos florestais não madeireiros no mundo, e desses, um total de 72 foram realizados no Brasil e apenas 56 apresentavam, prioritariamente, um uso não madeireiro para alguma espécie. Esses mesmos estudos propiciaram o levantamento de 16 famílias botânicas e 47 espécies com uso não madeireiro, onde 39 ocorrem naturalmente na Floresta Nacional do Tapirapé Aquiri, como é o caso da castanha-do-Pará (Bertholletia excelsa Bonpl.) e do açaí (Euterpe oleracea Mart). O levantamento dessas espécies com potencial de uso não madeireiro juntamente a especificidade de seus estudos como é o caso de informações ligadas a ecologia, fenologia, botânica entre outras áreas que caracterizam individualmente tal espécie, fomentam futuras possibilidades de uso contribuindo para o estabelecimento de novas cadeias produtivas e para a conservação da floresta. 

Biografia do Autor

Gleysla Gonçalves de Carvalho Fernandes, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Brasi

Bolsista de Iniciação Científica do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

André Luis Macedo Vieira, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, Brasil

Analista Ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e Chefe do Núcleo de Gestão Integrada deCarajás 

Álisson Rangel Albuquerque, Universidade do Estado do Pará, Brasil

Professor do Departamento de Tecnologia e Recursos Naturais  do Centro de Ciências Naturais e Tecnologia da Universidade do Estado do Pará

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Publicado

18/01/2022

Edição

Seção

Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – Pibic/ICMBio