Incêndio Compromete Recuperação de Floresta Manejada na Floresta Nacional do Tapajós, Amazônia Oriental, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v12i2.1972Palavras-chave:
Incêndio florestal, composição florística, recrutamento de árvoresResumo
As florestas submetidas à extração seletiva de madeira são mais propensas a incêndios, mudanças na composição das espécies e perdas na biodiversidade. Neste estudo foram avaliadas as mudanças na estrutura horizontal e a composição de espécies, ao longo de 31 anos (de 1981 a 2012), de uma floresta manejada na Floresta Nacional do Tapajós, Amazônia Oriental, Brasil. Os distúrbios incluíram a exploração madeireira (1982), o desbaste de espécies não comerciais (1993/1994) e a ocorrência de fogo (1997). Os dados foram obtidos em 36 parcelas permanentes de 0,25ha, com 12 parcelas para cada um dos três tratamentos: corte seletivo + desbaste leve de espécies não comerciais, corte seletivo + desbaste intenso de espécies não comerciais e área controle, sendo acrescida aos tratamentos a ocorrência ou não de um incêndio florestal. A PERMANOVA, considerando a relação entre os eixos NMDS e a variável de tratamento (exploração/controle + ocorrência de fogo/sem fogo), indicou diferença na composição de espécies, entre os tratamentos de antes do fogo (1995) e 15 anos após o fogo (2012). Em nenhum dos tratamentos houve perda de diversidade, mas os resultados mostraram que as florestas exploradas com histórico de desbaste pesado apresentaram maiores perdas na área basal e alterações na composição das espécies, com aumento na densidade de indivíduos de espécies pioneiras, principalmente entre as menores árvores.
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