<b>CIÊNCIA CIDADÃ EXTREMA: UMA NOVA ABORDAGEM</b>

Autores

  • Carolina Comandulli University College London 14 Taviton Street London WC1H 0BW
  • Michalis Vitos University College London Chadwick Building, Gower Street London WC1E 6BT
  • Gillian Conquest University College London 14 Taviton Street London WC1H 0BW
  • Julia Altenbuchner University College London Chadwick Building, Gower Street London WC1E 6BT
  • Matthias Stevens University College London Chadwick Building, Gower Street London WC1E 6BT
  • Jerome Lewis University College London 14 Taviton Street London WC1H 0BW
  • Muki Haklay University College London Chadwick Building, Gower Street London WC1E 6BT

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v6i1.529

Resumo

A conservação da biodiversidade é uma questão que tem preocupado o mundo todo. Nas últimas décadas, centenas de áreas protegidas foram criadas para assegurar a preservação da biodiversidade no planeta. Um grande número de áreas protegidas é habitado por comunidades que dependem do uso de seus recursos naturais não apenas para a sua sobrevivência, mas também para a sua reprodução social e cultural. Em muitos casos, as populações locais têm sido diretamente responsáveis pela gestão sustentável desses complexos ecossistemas por séculos. Iniciativas de Ciência Cidadã – entendida como a participação de amadores, voluntários e entusiastas em projetos científicos – têm envolvido o público na produção científica e em projetos de monitoramento da biodiversidade, mas têm limitado essa participação à coleta de dados, e têm normalmente ocorrido em locais afluentes, excluindo as populações não alfabetizadas ou letradas e que vivem em áreas remotas. Povos e comunidades tradicionais conhecem os aspectos ambientais das áreas por eles habitadas, o que pode ser benéfico para a gestão e o monitoramento bem-sucedidos da biodiversidade. Portanto, ao se tratar do monitoramento e da proteção da biodiversidade em áreas habitadas por populações humanas, o seu envolvimento é central e pode conduzir a um cenário onde todas as partes envolvidas se beneficiam. Extreme Citizen Science (ExCiteS) é um grupo de pesquisa interdisciplinar criado em 2011, na University College London, com a finalidade de avançar o atual conjunto de práticas da Ciência Cidadã. A ideia é permitir que qualquer comunidade, em qualquer lugar do mundo – desde grupos marginalizados que vivem nas periferias de áreas urbanas até grupos de caçadores e coletores da floresta amazônica –, comece um projeto de Ciência Cidadã para lidar com suas próprias questões. Este artigo apresenta os diversos aspectos que tornam a Ciência Cidadã “extrema” no trabalho do grupo ExCiteS, por meio da exposição de suas teorias, métodos e ferramentas, e dos estudos de caso atuais que envolvem comunidades tradicionais ao redor do mundo. Por fim, ressalta-se a maior preocupação do grupo, que é tornar a participação verdadeiramente efetiva, e sugere-se como iniciativas de monitoramento da biodiversidade podem ser realizadas de maneira colaborativa, trazendo benefícios a todos os atores envolvidos.

Biografia do Autor

Carolina Comandulli, University College London 14 Taviton Street London WC1H 0BW

PhD student Department of Anthropology

Michalis Vitos, University College London Chadwick Building, Gower Street London WC1E 6BT

PhD student Dept of Civil, Environmental &Geomatic Engineering

Gillian Conquest, University College London 14 Taviton Street London WC1H 0BW

PhD student Department of Anthropology

Julia Altenbuchner, University College London Chadwick Building, Gower Street London WC1E 6BT

PhD student Dept of Civil, Environmental &Geomatic Engineering

Matthias Stevens, University College London Chadwick Building, Gower Street London WC1E 6BT

Post-doctoral researcher Dept of Civil, Environmental &Geomatic Engineering

Jerome Lewis, University College London 14 Taviton Street London WC1H 0BW

Lecturer in Anthropology Department of Anthropology

Muki Haklay, University College London Chadwick Building, Gower Street London WC1E 6BT

Professor of Geographical Information Science Department of Civil, Environmental &Geomatic Engineering

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Publicado

07/03/2016

Edição

Seção

Pesquisa e manejo de Unidades de Conservação