<b>Editorial - Iniciativas de inovação na gestão de unidades de conservação</b>

Autores

  • Cristina Farah de Tofoli Ipê - Instituto de Pesquisas Ecológicas
  • Katia Torres Ribeiro ICMBio
  • Mônica Melo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
  • Rafael Morais Chiaravalloti Ipê - Instituto de Pesquisas Ecológicas

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v5i1.582

Resumo

O conhecimento é uma importante ferramenta de desenvolvimento organizacional. A inovação e melhor eficiência estão intimamente ligados à sua utilização. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio, com centenas de unidades distribuídas em todo o território nacional, enfrenta o desafio de qualificar o conhecimento produzido utilizando-o como estratégia para aprimorar o processo de implementação das áreas protegidas sob sua administração, bem como a estratégia de conservação de espécies e outras ações para além do território das UCs. Iniciativas visando o aprimoramento da gestão estão sendo implementadas nas unidades de conservação no país. Embora específicas a cada realidade, elas estão imersas em temáticas comuns e com soluções passíveis de serem adaptadas a outros contextos. Entretanto, a pouca tradição em registrar, ou mesmo tornar públicas, experiências e práticas do cotidiano, somada à dispersão geográfica das unidades, são desafios para o diálogo interno e o aprendizado institucional, bem como, para o aprimoramento e consolidação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação, o SNUC. Com a proposta de celebrar o conhecimento gerado nos mais variados temas que permeiam a gestão das unidades de conservação e proporcionar o intercâmbio dessas experiências e práticas inovadoras, realizou-se em maio de 2014 o “I Seminário de Práticas Inovadoras da Gestão de Unidades de Conservação”. Ele foi um dos frutos da parceria entre ICMBio e IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas estabelecida em 2012 para entender melhor o tema, e que contou com o apoio ao longo da sua realização da Fundação Gordon and Betty Moore, e da GIZ e da Embaixada Francesa em eventos específicos. Ao longo do processo estabeleceu-se que práticas inovadoras seriam aquelas iniciativas que promovem mudanças positivas na gestão da unidade, com potencial para serem replicadas nas demais. No seminário foram apresentadas oralmente ou através de pôsteres 55 práticas inovadoras, divulgadas em plataformas diversas (vide texto completo). Observa-se que as experiências apresentadas no Seminário foram realizadas em diferentes categorias de unidades de conservação (PARNA/ ESEC/REBIO/ APA/FLONA/RESEX), as quais se inserem em distintas realidades e contextos socioambientais. Destaca-se também que essas experiências incidiram e dialogaram com os diversos instrumentos de gestão das UCs, como o Plano de Manejo, os Conselhos Gestores, o Monitoramento Participativo, as Ações de Fiscalização e Proteção, a Regularização e Consolidação Territorial, dentre outros. Neste número de Biodiversidade Brasileira, cinco dessas experiências são relatadas com detalhamento de métodos, resultados, discussão e com um maior aprofundamento teórico e reflexivo sobre a contribuição para a gestão das unidades, além de dois artigos complementares que tratam da sistematização de experiências e da inovação na gestão de forma mais conceitual. Esperamos contribuir para fortalecer a gestão das unidades de conservação, por meio do compartilhamento e valorização de experiências importantes, que têm caráter inovador bem como alto potencial de replicação, buscando ainda fortalecer a memória institucional.

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Publicado

14/07/2015

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