O grande incêndio de Pedrógão Grande (Portugal) e o seu impacto nas estruturas

Authors

  • Luís Mário Ribeiro Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI), Coimbra, Portugal.
  • André Filipe Rodrigues Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI), Coimbra, Portugal.
  • Davi Lucas Soares Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI), Coimbra, Portugal.
  • Domingos Xavier Viegas Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI), Coimbra, Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v9i1.1343

Keywords:

interface urbano-florestal, impacto em estruturas, incêndios florestais, grande incêndio

Abstract

O grande incêndio florestal deflagrado a 16 de junho de 2017, no Concelho de Pedrógão Grande, região centro de Portugal, ficou marcado não só pela extensa área queimada, mas principalmente por ter causado 65 mortes, dentre as quais 47 em rodovias e vias de acesso, mais de 200 feridos e por ter provocado a destruição de centenas de estruturas, tornando-o num dos maiores desastres de natureza mista registado no país e num dos piores da Europa neste século. A descrição do impacto nas estruturas é parte da investigação realizada pelo Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais – CEIF, a pedido do Exmo. Sr. Primeiro-Ministro de Portugal. Durante o trabalho de campo, realizado entre os meses de julho e outubro de 2017, os autores identificaram 1043 estruturas danificadas pelo fogo. A maior parte das estruturas atingidas são de suporte (38.6%), porém verifica-se uma fração expressiva de habitações atingidas pelo fogo (25.2%). Um dos resultados mais importantes do estudo está relacionado ao tipo e à localização da ignição inicial das habitações e estruturas de suporte. A maioria das instalações afetadas tem mais de 30 anos, mas observou-se que a idade avançada das construções não significa redução direta da resistência à passagem de um incêndio florestal, desde que apresentem boas condições de manutenção estrutural, bem como os espaços circundantes estejam limpos e com o combustível florestal devidamente manejado. O facto de haver pessoas no interior das casas também pode ser essencial para a defesa da estrutura e, consequentemente, à resistência da passagem do fogo.

Published

15/05/2019