Advance of Urochloa decumbens (Stapf) R.D. Webster (Poaceae) on remaining native forest in the Serra da BODOQUENA NATIONAL PARK

Authors

  • José Guilherme Dias de Oliveira Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
  • Luiz Fernando Duarte de Moraes Embrapa
  • Tânia Sampaio Pereira Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro
  • Geraldo Alves Damasceno Junior Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v10i2.1481

Abstract

The replacement of native forest by exotic grasses for pasture formation is a process that involves habitat destruction followed by the introduction of invasive alien species. The Serra da Bodoquena National Park covers an area of 77,021.58ha, comprising natural forests and remnants of abandoned pastures, which represent a threat to local biodiversity conservation. This study analyzed the dynamics of Urochloa decumbens–dominated matrix on remnants of native Deciduous Seasonal Forest within the Park, over 35 years, using satellite images, evaluating natural regeneration trend. The Urochloa matrix covers 1,268.9 (36.9%) of the 3,434.50 hectares study area. Our results indicate that the Urochloa matrix expanded over the native forest remnants, likely due to the occurrence of fire close to the forest edges, which may help natural regeneration failing. 8 months after a fire in 2013, the area of the grass-dominates matrix was found to replace 203.1 hectares over the forest. In this context, restoration actions are demanded, especially those that target fire control.

Author Biographies

José Guilherme Dias de Oliveira, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal da Bahia (2009) e  em Engenharia Civil pela Universidade Estadual de Campinas (1995), especialização em Gestão e Manejo Ambiental em Sistemas Florestais pela Universidade Federal de Lavras (2009) e em Economia Baiana pela Universidade de Salvador (2002), mestrado em Ecologia Aplicada, Biodiversidade em Unidades de Conservação pelo Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio do Janeiro (2014). Atualmente é Analista Ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, trabalhando no Núcleo de Gestão Integrada - ICMBio Ibirama, que congrega as gestões da Área de Relevante Interesse Ecológico Serra da Abelha e da Floresta Nacional de Ibirama, lidando com questões relativas à gestão de Unidades de Conservação: fiscalização ambiental; educação ambiental; conservação da biodiversidade; gestão participativa; administração pública; pesquisa científica e monitoramento; uso público; controle de espécies exóticas invasoras e restauração ecológica de ecossistemas naturais. 

Luiz Fernando Duarte de Moraes, Embrapa

Graduado em Engenharia Agronômica pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (1985) com doutorado em Agronomia (Ciências do Solo) pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2005), com a tese abordando o uso de indicadores edáficos e ecológicos para a avaliação de ações de restauração ecológica em Floresta Atlântica (Ombrófila Densa). Enquanto atuava como analista ambiental do Ibama, entre 2007 e 2008, fez o pós-doutorado com o grupo de Química Orgânica da Universidade de Cádiz, na Espanha, investigando o potencial alelopático de espécies presentes na Mata Atlântica brasileira. Em 2010 ingressou por concurso público na Embrapa Agrobiologia, onde trabalha atualmente como pesquisador A. Desde 2011 compõe o corpo docente permanente do Mestrado Profissional Biodiversidade em Unidades de Conservação, da Escola Nacional de Botânica Tropical / Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Sua linha de pesquisa principal é a Restauração Ecológica de Áreas Degradadas em Mata Atlântica, com destaque para a identificação dos atributos funcionais de espécies arbóreas nativas e o uso desses atributos para seleção de espécies visando à restauração ecológica e à composição de sistemas agroflorestais. Investiga também o potencial alelopático de espécies da Mata Atlântica, verificando a possibilidade da atividade alelopática combater espécies invasoras que prejudiquem o avanço da sucessão ecológica em ações de restauração. É membro fundador da Rede Brasileira de Restauração Ecológica (REBRE) e da Sociedade Brasileira de Restauração Ecológica (SOBRE), de cuja diretoria é atualmente o segundo secretário. Desde julho de 2018 faz parte da diretoria da Sociedade Internacional de Restauração Ecológica (SER), na qualidade de representante regional para a América Latina e o Caribe.

Tânia Sampaio Pereira, Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Santa Úrsula (1980), mestrado em Ciências Biológicas (Botânica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1986) e doutorado em Ecologia pela Universidade de São Paulo (1998). Pesquisador Aposentado pelo Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

Geraldo Alves Damasceno Junior, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (1987), mestrado (1997) e doutorado (2005) em Biologia Vegetal pela Universidade Estadual de Campinas e pós doutorado na Universidade de Hamburgo (2014). Atualmente é professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em fitogeografia, florística e fitossociologia, ecologia de comunidades vegetais, atuando principalmente nos seguintes temas: áreas inundáveis, Pantanal, dispersão, florestas estacionais, florestas ripárias, campos inundáveis e suas relações com a inundação, solos e o fogo.

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Published

13/08/2020

Issue

Section

Diálogos entre a Academia e a Gestão de Áreas Protegidas: Programa de Pós-Graduação Profissional