Estudo Etnobotânico e Farmacológico de Aspidosperma nitidum Benth (Apocynaceae) – uma Revisão

Authors

  • Inês Ribeiro Machado Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro/UENF. Avenida Alberto Lamego, 2000, Parque Califórnia, Campos dos Goytacazes/RJ, Brasil. CEP: 28.013-600.
  • Keila Rêgo Mendes Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, EQSW 103/104, Bloco “B”, Complexo Administrativo, Setor Sudoeste, Brasília/DF, Brasil. CEP: 70.670-350
  • Maria Kellen da Silva Moço Tavares Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro/UENF. Avenida Alberto Lamego, 2000, Parque Califórnia, Campos dos Goytacazes/RJ, Brasil. CEP: 28.013-600.
  • Anália Arêdes Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro/UENF. Avenida Alberto Lamego, 2000, Parque Califórnia, Campos dos Goytacazes/RJ, Brasil. CEP: 28.013-600.
  • Homero de Giorge Cerqueira Academia de Polícia Militar do Barro Branco. Avenida Água Fria, 1923, Água Fria, São Paulo/SP, Brasil. CEP: 02.333-001

DOI:

https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v11i3.1716

Keywords:

Atividade farmacológica de Aspidosperma nitidum, propriedades da Apocynaceae

Abstract

 Carapanaúba (Aspidosperma nitidum) é uma árvore com até 25m de altura e 40 a 60cm de diâmetro, reta e com tronco estriado. É uma planta muito resistente, bastante fácil de se trabalhar, utilizada principalmente para fabricar cabos e ferramentas. Além do uso dessa espécie na indústria madeireira, essa planta possui muitas propriedades medicinais. Entre as propriedades farmacológicas estão as atividades antinociceptivas, anti-inflamatórias, antimicrobianas, antioxidantes, atividade inibitória da acetilcolinesterase, gastroprotetiva, antitumoral e antimalárica. Os metabólitos responsáveis pela atividade antinociceptiva não foram encontrados na literatura investigada. Para atividade anti-inflamatória foram encontradas possíveis atividades dos compostos lupeol, sistoterol e estigmasterol. Para atividade antimicrobiana, os alcalóides, esteróides, triterpenos e pentacíclicos podem estar envolvidos no processo. Os alcalóides podem estar relacionados à atividade antioxidante. Em relação à atividade inibitória da acetilcolinesterase, o éster carbonílico talvez possa ser responsável por tal atividade. Para atividade gastroprotetora e antitumoral, os alcalóides também foram encontrados na literatura como possível envolvidos no processo. Quanto à atividade antimalárica, não foram encontradas as substâncias responsáveis pela atividade citada. O presente trabalho revisou as propriedades etnobotânicas e farmacológicas de Aspidosperma nitidum

 

References

Adebayo JO & Krettli AU. Potential antimalarials from Nigerian plants: a review. J Ethnopharmacol, 133: 289-302, 2011.

Adebayo JO, Santana AEG & Krettli AU. Evaluation of the anti plasmodial and citotoxicity potentials of husk fiber extracts from Cocos nucifera, a medicinal plant used in Nigeria to treat human malaria. Hum. Exp. Toxicol. 31: 244-250, 2012.

Andrade-Neto VF et al. In vitro inhibition of Plasmodium falciparum by substances isolated from Amazonian antimalarial plants. Mem Inst Oswaldo Cruz, 102: 359-365, 2007.

Añez RBS. 2009. Análise morfoanatômica das folhas e casca de Aspidosperma nitidum Benth e Aspidosperma marcgravianum Woodson (Apocynaceae) com abordagem farmacognóstica e etnofarmacológica, Tese (Doutorado em Ciências Biológicas) Universidade Federal do Amazonas. 126p.

Bezerra SAS et al. 2011. Cadeia Produtiva de Duas Espécies Florestais de uso Farmacológico: Carapanaúba (Aspidosperma spp.) e Uxí-Amarelo (Endopleura uchi (Huber) Cuatrec.). . Acesso em: 01/07/2020.

Bourdy G, Chavez Del Michel LR & Roca-Culthard AA. A search for natural bioactive compounds in Bolivia through a multidisciplinary approach. Part VI. Evaluation of the antimalarial activity od plants used by Isoceño-Guaraní Indians. Journal of Ethnopharmacology, 93: 269-277, 2004.

Bourdy G, Oporto P, Gimenez A & Deharo E. A search for natural bioactive compounds in Bolivia through a multidisciplinary ap proach. Part VI. Evaluation of the antimalarial activity of plants used by Isoceño-Guaraní Indians. J. Ethnopharmacol., 93: 269-277, 2004.

Brandão MGL, Grandi T, Rocha E, Sawer D & Krettli A. Survey of medicinal plants used as antimalarials in the Amazon. Journal of Ethnopharmacology, 36: 175-182, 1992.

Braz-Filho R. Contribuição da fitoquímica para o desenvolvimento de um país emergente. Quim. Nova, 33(1): 229-239, 2010.

Castro MSA. 2000. Mecanismos envolvidos no efeito antinociceptivo do 3-O-glicosil-dihidrocanferol, flavonóide extraído dos rizomas de Cochlospemum regium (“algodãozinho”). Tese (Doutorado em Farmacologia). Universidade de São Paulo, São Paulo. 200p.

Cointe PL. 1947. Árvores e plantas úteis (indígenas e aclimadas), Companhia Editora Nacional, 2ª Edição ilustrada, 506p.

Coutinho JP et al. Aspidosperma (Apocynaceae) plant cytotoxicity and activity towards malaria parasites. Part I: Aspidosperma nitidum (Benth) used as a remedy to treat fever and malaria in the Amazon. Mem Inst Oswaldo Cruz, 108: 974-82, 2013.

Cragg GM & Newman DJ. Plants as a surce of anti cancer agents. Journal of Ethnopharmacology, 100(1-2): 72-79, 2005.

Dolabela MF et al. Aspidosperma species as sources of anti-malarials: uleine is the major anti-malarial indole alkaloid from Aspidosperma parvifolium (Apocynaceae). Malar J., 14(498): 1-12, 2015.

Dolabela MF, Oliveira SG, Peres JM, Nascimento JMS, Póvoa MM & Oliveira AB. In vitro antimalarial activity of six Aspidosperma species from the state of Minas Gerais (Brazil). An Acad Bras Cienc., 84: 899–910, 2012.

Ferreira ICP et al. Anti-leishmanial activity of alkaloidal extract from Aspidosperma ramiflorum. Mem Inst Oswaldo Cruz, 99(3): 325-327, 2004.

Geetha T & Varalakshmi P. Anti-inflammatory activity of lupeol and lupeol linoleate in rats. Journal of Ethnopharmacology, 76(1): 77-80, 2001.

Gomez MA et al. A Study of the topical anti inflammatory activity of Achillea ageratum on chronic and acute inflammation models. Journal of Biosciences, 54(11): 937-41, 1999.

Guyton A & Hall J. 2004. Tratado de Fisiologia Médica. 11a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1115p.

Horst H. 2012. Investigação fitoquímica e biológica da espécie Esenbeckia leiocarpa Engl. Tese (doutorado em Química). Universidade Federal de Santa Catarina, 250p

WHO - World Health Organization 2011. World Malaria Report 2011, WHO, Geneve, 3 pp.

Willcox ML & Bodeker G. Traditional herbal medicines for malaria. BMJ, 329: 1156-1159, 2004.

Milliken W & Albert B. The use of medicinal plants by the Yanomami indians of Brazil. Economic Botany, 50: 1-16, 1996.

Milliken W & Albert B. The use of medicinal plants by the Yanomami indians of Brazil, part II 1. Economic Botany 50: 1-15, 1997.

Zhou S, Koh H-L, Gong Z-Y & Lee EJD. Herbal bioactivation: the good, the bad and the ugly. Life Sci., 74: 935-968, 2004

Published

03/11/2021

Issue

Section

Fluxo contínuo

Most read articles by the same author(s)